Educação para Prevenção



Dados das Nações Unidas (ONU) informam que mais de 200 milhões de pessoas foram afetadas pelas secas, inundações, ciclones, terremotos, incêndios e outras ameaças. Além da crescente densidade demográfica e da degradação ambiental, o aquecimento global torna as ameaças naturais ainda mais graves.

Os acontecimentos dos últimos anos alertaram para o fato de que as ameaças naturais podem afetar a todos, em qualquer localidade. Desde o Tsunami do Oceano Indico ao terremoto no sul da Ásia; desde a devastação que produziu os furacões e ciclones nos Estados Unidos ao estado de calamidade publica que provocaram os deslizamentos e inundações que ocorreram no Brasil.

Neste contexto, diante do agravamento e do aumento de desastres provocados por estes eventos adversos, 168 países membros nas Nações Unidas se comprometeram a adotar medidas para reduzir o risco de desastres, adotando o Marco de Ação de Hyogo, que é um importante instrumento para a implementação de medidas que visam a redução de risco de desastres, objetivando o aumento da resiliencia das nações e comunidades diante de desastres, visando para 2015 a redução considerável das perdas ocasionadas por desastres, de vidas humanas, bens sociais, econômicos e ambientais.

A Federação Internacional da Cruz Vermelha afirma que a freqüência dos desastres está chegando a um ritmo tão alarmante que muitas populações vulneráveis não tem oportunidade de recuperar-se de um desastre antes de ser assoladas pelo seguinte e, portanto, estar preparado será cada vez mais importante no sentido de minimizar o efeito destas catástrofes.

Neste sentido, os governos, as agencias da ONU e as Organizações Não Governamentais (ONG’s) estão empreendendo processos para definir planos e estratégias nacionais que visam ações concretas na redução dos impactos causados pelos desastres.

A psicóloga da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Daniela Cunha Lopes destacou no Encontro Nacional de Prefeitos de 2009, a necessidade de informação e prevenção para enfrentar desastres naturais, afirmando que o maior risco que existe hoje no Brasil é o de não se perceber o risco. Assim, a Secretaria Nacional de Defesa Civil coloca que conscientizar a comunidade sobre a importância da sua participação ativa na identificação e solução dos seus problemas e no implemento de políticas publicas voltadas para a prevenção em defesa civil é o desafio que precisa ser enfrentado por todos os cidadãos, pois prevenir significa evitar custos econômicos e sociais gerados pelos riscos da concretização dos desastres.

O Art. 205 da Constituição Federal de 1988 afirma que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, e será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Tendo em vista que a Defesa Civil somos todos nós, para que as implicações de uma situação de emergência sejam minoradas é indispensável que cada um e todos conheçam os riscos que correm, os meios de que dispõem e a forma correta de atuação em situações adversas.

Assim, no âmbito escolar, os professores podem ser um canal importantíssimo no ensino de Defesa Civil, atuando como multiplicadores responsáveis pela mudança cultural e comportamental e pela divulgação de conteúdos relacionados com a redução de desastres, com o aumento da segurança global e com a valorização da vida humana.

A Secretaria Executiva da Justiça e Cidadania do Estado de Santa Catarina (SJC), por meio do Departamento Estadual de Defesa Civil, em parceria com o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal de Santa Catarina (CEPED/UFSC) desenvolveram o Projeto PERCEPÇÃO DE RISCO, A DESCOBERTA DE UM NOVO OLHAR, que tem por objetivo aumentar a percepção de risco de adolescentes e adultos frente aos desastres ocasionados por fenômenos naturais e pela ação humana, através de uma campanha educativa para cultura de prevenção de desastres, nas escolas públicas estaduais de Santa Catarina, comunidades em situação de vulnerabilidade social em Florianópolis, e a sociedade em geral.


Autor: Maite Vargas


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