Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire



FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia saberes necessário à pratica educativa 36 ed. São Paulo: Paz Terra, 2007.

Segundo Paulo Freire, ensinar é algo de profundo e dinâmico onde a questão de identidade cultural que atingi a dimensão individual e a classe dos educandos, é essencial à" pratica educativa".A idéia de coerênciaprofissional, indica que o ensino exige do docente comprometimento existencial,do qual nasce autêntica solidariedade entreeducador e educandos

Porque em virtude ensinar por essência, é uma forma de intervenção no mundo, uma tomada de posição, uma decisão por vezes até uma ruptura com o passado e o presente, referindo-se á mudanças reais na sociedade: no campo da economia, das relações humanas, da propriedade, do direito ao trabalho, a terra, a educação à saúde.

Portanto para ele o ensino é muito mais que uma profissão, é uma missão que exige comprovados saberes no processo dinâmico de promoção da autonomia do ser de todos educandos. "Devo esclarecer aos prováveis leitores e leitoras o seguinte: na medida mesma em que está vem sendo uma temática sempre presente a minha preocupação de educador, alguns dos aspectos aqui discutidos não têm sido estranhos a analises feitas em livros meus anteriores." (p.13)... "O tom de raiva legitima raiva que envolve o meu discurso." (p.14)... "não aceito, porem, em nome de nada, ações terroristas, pois que delas resultam a mortes de inocentes e a insegurança de seres humanos." (p14)... "A ética de que falo é a que se sabe traída e negada nos comportamentos grosseiramente imorais como na perversão hipócrita da pureza em puritanismo." (p.16) "Não tenho raiva de quem assim pensa. Lamento apenas sua posição: a de quem perdeu seu endereço na Historia."(p.19)..."E isto que este texto espera de você,que acabou de ler estás "primeiras palavras"."(p.20)..."Estou convencido, porem . é legitimo acrescentar,da importância de uma reflexão como está quando penso a formação docente e a pratica educativa critica."(p.21)..."Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.Quem ensina ensina alguma coisa a alguém."(p.23)..."E exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no "tratamento"do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga
à produção das condições em que aprender criticamente é possível."(p.26)..."A leitura verdadeira me compromete de imediato com o texto que a mim se dá e a que me dou e de cuja compreensãofundamental me vou tornando também sujeito."(p.27)"O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de está no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de,intervindo no mundo, conhecer o mundo."(p.28)..."Educar é substantivamente formar."(p.33)... "A mim me dá pena e não raiva, quando vejo a arrogância com que á branquitude de sociedade em que se faz isso,em que se queimam igrejas de negros, se apresenta ao mundo como pedagoga da democracia."(p.36)..."O próprio discurso teórico, necessário à reflexão critica, tem de ser de tal modo concreto que quase se confunda com a pratica."(p.39)..."Nunca me esqueço na historia já longa de minha memória de um desses jeitos de professor que tive na adolescência remota."..."Não posso apenas falar bonito sobre as razões antológicas,epistemológicas e políticas da teoria."(pp47/48)"Como professor critico,sou um "aventureiro"responsável, predisposto à mudança,à aceitação do diferente."(p.50)"Gosto de ser gente porque,como tal percebo afinal que a construção de uma presença no mundo que não se faz no isolamento, isenta da influencia das formas sociais, que não se compreender fora da tensão entre o que herdo geneticamente e o que herdosocial, culturalhistoricamente tem muito a ver comigo mesmo."(p.53)..."Mulheres e homens se tornam educáveis na medida em que se reconheceram inacabados."(p.58)..."Como educador,devo está constantemente advertido com relação a este respeito que implica igualmente o que devo ter por mim mesmo."(p.59)..."Está é a tarefa daciência que , sem o bom senso do cientista, pode se desviar e se perder ."(p.63)..."O pior juízo é o que considera o professor uma ausência na sala."(p.65)"..."O meu respeito de professor à pessoa de educando,à sua curiosidade,à sua timidez, que não devo agravar com procedimento inibidores exigente de mim o cultivo da humildade e da tolerância."(p.67)..."A nossa capacidade de aprender,de que decorre a de ensinar,surge ou,mas do que isso,implica a nossa habilidade de aprender a substantividade do objeto aprendido.(p.69)..."Se trabalho com criança, devo está atento à difícil passagem ou caminhada heteronomia para á autonomia, atento responsabilidade de minha presença que tanto pode ser auxiliadora como pode virar perturbadora da busca inquieta dos educandos;se trabalho com jovem ou adultos ,não atento devo está com relação a quemeu trabalho possa significar como estimulo ou não a ruptura necessária com algo defeituosamenteassentado e á espera de superação".(p.70) ..."O meu papel, ao contrario, éo de quem testemunhas o direito de comparar, de escolher, De romper, de decidir é estimular a assunção deste direito por parte dos educandos."(p.71)..."Tenho direito de ter raiva,de manifestá-la, de tê-la como motivação para a minha briga tal qual tenho o direito de amar, de expressar o meu amor ao mundo,de tê-lo como motivação de minha briga porque,histórico, vivo a História como tempo de possibilidade é não de determinação."(p.75)..."No próprio mundo físico minha constatação não me leva á importância."(p.77)..."Em favor de quem estudo?Em favor de quem?Contra que estudo?Contra quem estudo?"(p.77)..." Como educador preciso de ir "lendo" cada vez melhor a leitura do mundo que os grupos populares com quem trabalho fazem do seu contexto imediato e do maior de que o seu é parte."(p.81) ..."Enquanto se sentirem assim,pensarem assim e agirem assim,reforçam o poder do sistema."(p.83)..."Como professor devo saber que sem a curiosidade que me move,que me inquieta ,que me insere na busca,não aprendo nem ensino."(p.85)"O exercício da curiosidade a faz mas criticamente curiosa, mas metodicamente"perseguidora" do seu objeto"( p.87)"minha presença de professor,não pode passar despercebida dos alunos na classe e na escola,é uma presença em si política."(p.98)..."Falo da resistência, da indignação,da "justa ira"dos traídos e dos enganados."(p.101)..."Há situações em que a conduta da professora pode parecer ao aluno contraditória."(p.104)..." A liberdade sem limite é tão negada quanto a liberdade asfixiada ou castrada."(p.105)..."A qualidade de ser política,inerente à sua natureza." (p.110)..."O educador que escuta aprende a difícil lição de transformar o seu discurso, às vezes necessário,ao aluno,em uma fala com ele."(p.113)..."É preciso que quem tem o que dizer saiba,sem duvida nenhuma,que,sem escutar o que quem escuta te igualmente a dizer,termina por esgotar a sua capacidade de dizer por muito ter dito sem nada ou quase nada ter escutado."(p.117)..."A importância do silencio no espaço da comunicação é fundamental."(p.117)O professor com ser político, emotivo,não pode ser imparcial em suas atitudes,deve sempre mostrar o que pensa,apontando diferentes caminhos,evitando conclusões,para que o aluno procure o qual acredita,com suas explicações,se responsabilizando por sua conseqüência e construído assim a sua autonomia,de modo que, somos capazes de fazer a diferença.


Autor: Almenir Paz


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