Resenha Sobre o Manifesto Comunista



Centrando o olhar sobre esta rica obra literária, que foi escrita a partir das reflexões e da visão critica de Marx e Engels, pude perceber os meandros que envolviam a questão do capitalismo, a luta e a necessidade de união dos proletários contra a burguesia dominante. Este documento que trazia como eixos norteadores a luta de classes e a base econômica teve como principio fundamental por seus autores o "nascer de uma sociedade sem classe e sem exploração", esta sociedade surgiria somente com a união dos proletários.

Este documento de altíssimo valor histórico que hodiernamente é evocado por muitos, embora tenha sido publicado em 1847, ainda consegue mobilizar e sensibilizar para as concepções e ideais que pregava, influenciando gerações que ainda estão alicerçadas no movimento operário e na luta pela libertação do homem e conquista de seus direitos.

Inicialmente abordarei sobre a luta de classes, que faz parte de toda sociedade. O homem livre e escravo, barão e servo, opressores oprimidos, erguidos uns contra os outros numa oposição constante, travam uma luta quase que ininterrupta. Estas classes denominam-se burguesia e proletariado, a burguesia surgiu com a decadência dos feudos e ao "perderem seus poderes", substituem esta liberdade conquistada pela exploração brutal das pessoas menos favorecidas, resumindo todas as suas relações em valor monetário. O proletariado são os operários das fabricas, que eram cotidianamente "massacrados" pela ganância dos burgueses, e não possuía qualquer direito quanto ao seu trabalho e ao seu simples modo de vida.

O acumulo de capital primitivo derivou-se das inúmeras expedições para fins de exploração e colonização de outros territórios, um exemplo deles e a África, Ásia e América. Por conta desta acumulação, teve-se a necessidade de trocar e depois estabelecer relações de interesse, ou seja, troca e venda de mercadorias, para se obter lucro.

No segundo capitulo, trata-se a respeito do comunismo cujo objetivo era derrubada da supremacia burguesa e a conquista do poder publico pelo proletariado, que os mesmos deveriam formar grupos organizados na lutacontra o Estado, em detrimento aos ideais socialistas.

Fica nítido que a luta contra a burguesia, é fator essencial para a libertação do proletariado, e decorre deste fato a clássica "divisão de classes" devido também as desigualdades econômicas e sociais que separavam burgueses e operários.

Para obtenção do lucro, não se respeitava nada e nem ninguém, para o sustento da família, mulheres e crianças também trabalhavam nas fabricas, mas recebiam menos que os homens, pois eram considerados mão de obra barata, e dever-se-ia refletir sobre isto, pois tais praticas "dilaceravam" as relações familiares e não dava oportunidade de igualdade para as mulheres,embora também sofressem nas fábricas.

No terceiro capitulo, Marx nos fala sobre os tipos de socialismo vigentes naquele período: o reacionário, o conservador – burguês e o critico – utópico. Dentre estes, pode-se atentar para o fato de serem correntes socialistas que tiveram significado pelos ideais que traziam como o fim da exploração, da reprodução social, e a vitória da classe operaria.

Diante dos fatos aqui apresentados, posso concluir que esta obra em questão constitui muitos benefícios para a humanidade, pois as reflexões pressupostas representam um forte apelo contra o processo mecânico e alienante do homem trabalhador, contra a ditadura do capitalismo, em luta pelo resgate de sua cidadania e humanidade, deixando de ser um "objeto explorado" para enfim obter todos os direitos que lhe foram negados durante tantos anos.


Autor: tatiane andrade


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