O FUTURO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS NO BRASIL



Marshall Mcluhan  , o visionário da comunicação disse que o mundo se tornára uma aldeia global por que os meios eletrônicos seriam as extensões dos homens, o jornalista americano Thomas L. Friedman completou que por causa desses tecnologias de comunicação e informação, o mundo se achatou, acabaram as barreiras e as distancias.

Que as tecnologias encurtaram distancias e derrubaram barreiras já é de conhecimento amplo, todos já sabem, mas como isso afeta diretamente a profissão de Relações Públicas no Brasil? Certamente a construção de novos entendimentos e a geração de novas habilidades, mas algo muito maior ainda estar por vir. O escopo desse pensamento está na nova tendência administrativa que as empresas do mundo todo estão adotando, na verdade há muito mais tempo que imaginamos. Para qualquer um que acompanha essas tendências, sabe do que estou falando. A hiper valorização do intangível, do abstrato como maior riqueza e propriedade empresarial, a diminuição de empenhos em bens moveis e imóveis, estoques, etc. e o olhar estratégico sobre a imagem corporativa como verdadeiro valor concreto, ou seja, o que diferencia uma empresa de sucesso das outras é sua imagem de próspera, sólida e solidária também, de ética, de empregadora exemplar para seus colaboradores, que pratica o ecoempreendedorismo, que respeita a natureza e a sociedade, que tem suas atividades legitimadas e admiradas pelos seus stakehollders. Mas qual é a ligação dessas novas tendências e as tecnologias encurtadoras de distancia? Simples, o conceito é uma informação, que quando foi desenvolvida e aplicada com sucesso nos países provedores dessa idéia, instantaneamente estava disponíveis para serem percebidas e internalizadas pelas empresas do mundo todo. O problema ou a única barreira que a tecnologia encurtadora não consegue romper com facilidade é a cultural. E esse fator que torna complexa a inserção de um novo modelo, ainda mais tão radical como este, que inibe a ampla utilização do Executivo de Relações Públicas, que é o pivô desse novo modelo empresarial, que nutre, embasa, direciona e realiza todas ações para que a empresa moderna atinja esses novos ideais. O fator cultural é muito forte, ainda mais em regiões tradicionalistas e porque não provincianas, como Minas Gerais por exemplo, onde as empresas aparentemente rejeitam tal concepção administrativa e a única comunicação utilizada é a da propaganda para divulgar preços, prazos, etc. Pois através de um olhar imaturo ou retrogrado, não faz sentido uma empresa que tem como único motivo o lucro, investir em imagem e Responsabilidade Social, pois estes não prometem retorno financeiro aparentemente,

Porém essa realidade de resistência ao novo, não poderá ser sustentado para sempre, as empresas que já se mostram interessadas e adeptas a esses novos conceitos, vem mostrando incrível aceitação pública e crescimento acima da média.

O que poderá acontecer? Ou o que certamente irá acontecer, é que a demanda de Relações Públicas se tornará muito maior que a oferta. Hoje em Belo Horizonte, apenas 6 IES oferecem o curso superior de Relações Públicas. Acontecerá como foi com os engenheiros civis, que por falta de oferta de emprego, sumiram das faculdades e com o bum da construção civil, não tinha mais ninguém, e os poucos valiam ouro.

Não há nenhuma alucinação em relação a este ensaio, procure uma atualização, cursos, especialização, MBAs, sites, livros ou artigos atuais, sobre administração de empresas. Se você for um Relações Públicas, vai parecer que você voltou para seu curso de origem na faculdade, tudo gira em torno das ações, técnicas, conceitos e atividades da profissão de Relações Públicas.

Se você é um Relações Públicas e se enveredou por alguma nova área por falta de opções, volte correndo para uma cadeira de escola e recicle suas habilidades como RP, pois daqui a pouco as empresas vão estar pagando qualquer coisa para te ter ao lado da direção, pois a forma de se administrar um empresa lá na Noruega, Japão, EUA, etc. será idêntica aqui no Brasil e em Minas Gerais também.


Autor: Frederico Fonseca Soares


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