Cão Lobo - Rede de Filhotes



Conheça Agora o Cão Lobo:
O termo “Cão-Lobo” é utilizado para se referir a mestiços entre cães e lobos ou a algumas raras raças de cães que são descentendes destes cruzamentos com lobos. Embora sejam de espécies diferentes, cães e lobos são tão próximos geneticamente que podem cruzar entre si e produzir descendentes férteis ( os cães são os animais vivos mais assemelhados com os lobos, ainda mais que o coiote e o chacal ou que quaisquer outros cães selvagens). Cães e os lobos são tão parecidos geneticamente que a American Societty of Mammalogistis (ASM) tentou mudar o nome científico do cachorro (Canis familiaris) para Canis lupus familiaris, dessa maneira o cão passaria a ser considerado, cientificamente, como uma subespécie do lobo e não mais como uma espécie a parte. Essa classificação , embora aceita pela ASM não é aceita por todos.

Os resultados desses cruzamentos diretos são chamados de cães-lobo e são muito populares em alguns países (principalmente EUA e Canadá).

Como não constituem uma raça propriamente dita, os cães-lobo que existem atualmente apresentam uma grande diversidade de tipos físicos (porte, coloração, pelagem, etc.) e comportamentais, dependendo do lobo e do cachorro envolvidos. Na maioria dos casos os proprietários cruzam lobos de parques ou zoológicos com cães de raças que se assemelhem com o lobo, como o pastor alemão, malamute do Alasca e o husky siberiano (embora em teoria todos os cães, independente de seu tamanho, sejam tão parecidos geneticamente com os lobos quanto os demais), a idéia é manter ao máximo o aspecto selvagem e a aparência lupina.

Os cães-lobo resultantes destes cruzamentos não são cães para qualquer dono, é preciso estar ciente da alta necessidade de socialização que um cão-lobo precisa. Além disso, alguns consideram que os cães lobos são perigosos, mas esta opinião não é partilhada por todos. É mais provavel que, alguns cães-lobo de primeira geração, por falhas de socialização ou de criação, ou até mesmo dependendo de seus pais, no caso de um acasalamento acidental, possam de fato, dependendo do grau de sua herança lupina, representar algum risco para as pessoas, mas atualmente o que os criadores de cães-lobos procuram, através de acasalamentos controlados e de intensa socialização é tornar o cão lobo um bom animal de companhia, tipicamente norte americano ( isso não significa que os cães lobos sejam exclusividade da América do Norte, mas devido a sua popularidade nesta região é que muitos criadores se referem ao cão lobo como um “animal americano”) .

Aqueles que consideram o cão lobo um animal perigoso afirmam que, devido aos seus instintos de lobo, ele pode vir a atacar estimulado por determinadas situações como, sentir-se encurralado ou ameaçado, caso o animal detecte sinais de fraqueza ou ferimentos nas pessoas, ou em todas as ocasiões que levariam um lobo selvagem a atacar. O assunto ainda é bastante controverso e alguns países optaram por proibir cães híbridos de seus territórios.

Os defensores dos cães-lobo por sua vez os consideram grandes animais de companhia, fieis ao dono e a família, e que afirmar que os cães-lobos atacam da mesma maneira que lobos selvagens é apenas sensasionalismo. Atualmente os cães-lobo de primeira geração, embora ainda existam, já foram substituídos, em sua grande maioria, por exemplares criados e selecionados por várias gerações em ranchos e fazendas especializados em sua criação, desta maneira o controle que o ser humano tem sobre o comportamento e a aparência do cão-lobo aumenta consideravelmente. O controle da reprodução de uma espécie é o principal pré-requisito para a domesticão da mesma.

Mas todos concordam que os cães-lobo precisam ser muito socializados para não desenvolverem desvios de comportamento. Este não é um cão recomendado para donos inexperientes.

Em geral os criadores de cães lobos são pessoas que possuem fazendas ou disponibilidade de grandes espaços, isso porque os cães-lobo podem ser incômodos para alguns. Eles são, em geral, podem ser muito “destrutivos” do tipo que roem móveis, cercas e arrancam as plantas do jardim, isso ocorre porque, como herança dos lobos, têm a tendência a exercitar as mandíbulas. Um outro inconveniente podem ser os uivos, cães-lobos uivam muito devido também a sua herança lupina. Estes animais também apresentam um comportamento marcado por uma forte expressão corporal. Os lobos usam estes sinais para se comunicar e o candidato a dono de um cão-lobo deve conhecê-los bem para melhor entender o comportamento de seu cão. Entre estes sinais estão diversas posturas da cauda e das orelhas, além do pêlo e da maneira como o cão mostra as gengivas quando se sente ameaçado ou na sua interação com outros cães. O comportamento destes animais também tende a ser mais independente que o dos demais cães e portanto precisam de um dono experiente e firme que saiba impor limites.

Os principais atrativos do cão-lobo são sua maior resistência ao clima e às doenças. São realmente animais mais rústicos que os outros cães e também possuem sentidos muito apurados, mas o fator determinante é, com certeza, sua aparência selvagem. Aparentemente saber que seu bichinho é “meio-lobo” constitui um grande fetiche para muitos donos.

Algo que certamente ajudou a divulgar o cão-lobo no mundo foi o romance “Caninos Brancos” de Jack London e o filme homônimo, que trata de um cão-lobo que abandona a floresta para viver com os homens. No caso tratado no livro o personagem em questão era fruto de um acasalamento acidental que também são comuns em regiões com incidência natural de lobos. Vendo que estes filhotes começaram a fazer certo “sucesso” entre o público americano, surgiram criadores especializados em cruzamentos com animais de zoológicos e que constituem a maioria atualmente.

Quanto as raças de cachorro também denominadas de cães-lobo, existem atualmente duas. Ambas são originárias de cruzamentos entre lobos e pastores alemães e foram criadas na Europa. O cão lobo de Saarloos ou Saarloos Wolfhound e o cão lobo Tchecoslovaco. O primeiro foi produzido por um holandês, Leendert Saarloos, que pretendia dotar seus pastores alemães de sentidos mais aguçados e maior resistência, ele cruzou seus cães com lobos e selecionou a cria de modo que os Saarloos de hoje não são mais considerados cães-lobo e sim uma raça de cães com tipo físico e temperamento próprios reconhecidos pela FCI - Federacion Canina Internacional, os criadores dizem que são muito dóceis, inclusive com crianças. Os cães lobo tchecoslovacos por sua vez foram resultado de um projeto militar que pretendia deixar os cães do exército mais resistentes. Novamente pastores alemães foram cruzados com lobos ( desta vez lobos dos Cárpatos ) e selecionados de acordo as características desejadas, originando assim uma outra raça, que não é um cão-lobo, e também não é um Saarloos, contudo o projeto militar foi abandonado porque os novos cães demoravam muito mais tempo para serem treinados que os pastores alemães puros, atualmente o cão lobo tchecoslovaco está sendo treinado para busca e rastreamento devido a seu incrível faro. Muitas gerações já separam esses cães dos lobos selvagens e mesmo sendo descendentes de lobos, a seleção feita pelo homem e a criação organizada da raça transformaram-nas em animais diferentes dos cães-lobos americanos. Contudo, ainda são considerados raças uivadoras e que roem móveis e plantas.

 

Apesar de sua aparência selvagem e comportamento mais adequado ao convívio humano as raças européias de cães-lobos são pouco populares, atualmente existem cerca de 3 mil exemplares das duas raças juntas, enquanto os cães-lobo de primeira geração somam mais de 300 mil apenas nos EUA.


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Autor: REDE DE FILHOTES


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