A FALTA DE CUIDADO DO NOSSO TEMPO



A FALTA DE CUIDADO DO NOSSO TEMPO – 02/10/2009

Este título parece chavão, mas não é, é apenas uma observação do tempo em que vivo. Poderia até ter pesquisado o tempo anterior, mas não é esta a proposta.

Fui à igreja e a um shopping este fim de semana, foram duas observações diferentes. Na igreja você não paga para usar o banheiro e as dependências, é um local público construído e administrado com dinheiro dos fieis e freqüentadores, ou seja, a idéia é que é de todos e de ninguém, parecido com prédios públicos, praças. No shopping onde você paga até cinqüenta centavos para usar o banheiro é limpo, mais organizado. Mas não é porque na igreja não é organizado, é também e tem um faxineiro(a) o tempo todo ali dando retoques, fica até com pena deles. A diferença está no preço. Parece que aquilo que pagamos para usar tem valor, o que se torna público fica sem dono e posso detonar sem pena e sem avaliar que eu sou o mais prejudicado nesta história.

Temos que reverter este nosso processo mental de que o público não tem dono. Mas isso depende da família começar cedo dando esta educação. Ao levarmos nossos filhos pequenos não podemos deixá-los brincar na grama, escorregar nas gramas com papelão. Pois ela custou dinheiro SEU, mas do outro também. Ao escorregar na grama ela se deteriora, ela pode até morrer. Mas ficamos ali achando lindo eles caírem, se arranharem e destruir o patrimônio.

Na praça das cidades havia televisão, hoje nem pensar, é roubado, destruída assim como fazem com os orelhões. Eu fico torcendo para que cada destruidor de orelhão (telefone público) tenha um problema urgente na rua e precise daquele aparelho que destruiu. Assim quem sabe aprenderia logo a lição. Outra idéia seriam eles destruírem suas casas como fazem na rua. Imagina se o pai e a mãe não acordariam para a vida.

Esta fase começa muito cedo, alguns trazem brinquedos de amiguinhos para casa, a mãe não os faz devolver, outros pegam escondidos, a mãe e o pai vêem o objeto ali na sua casa e nada faz para saber de onde veio. Isso vai gerando nas crianças um sentimento de poder e de que o erro compensa. Quando éramos crianças se chegássemos em casa com algo que não foi adquirido por eles éramos imediatamente corrigidos e tínhamos que levar de volta. E ainda apanhávamos para aprender a lição, jamais se admitiu isso na nossa casa. Cedo também aprendemos a destruir as coisas alheia. Durante minha infância e adolescência eu tinha colegas que arrancavam orelhões e eles ficavam dentro de seus lotes e os pais riam da ação. Hoje o sorriso se transformou em tristeza por ter que ir visitar o filho em delegacias e penitenciárias.

Abandonamos a reverência do público e privado, o que é do outro também não respeitamos. Quantos jardins são quebrados a noite por puro vandalismos, prédios pichados para mostrar poder de altura, ou seja, quanto mais alto pixar melhor será. Esta semana vimos em todos os telejornais aquela professora que colocou o aluno para pintar onde ele estragou. Onde eu estudava isso era normal, era pegar e lá estava pintando a escola novamente. E não tinha essa de pai se sentir ofendido pelo filho ser repreendido. A vergonha é de o filho ter feito o que fez e não se arrepender. Estamos invertendo as ordens das coisas e acobertando tudo que não deveria ser.

Disseram-me que isso se chama protesto, mas que protesto sem nexo. Como devo dizer aos outros o que está errado se eu estou errando já no protesto. É como se no erro encontrasse a saída.

O que fazer? Devemos e urgentemente começar levar uma mensagem de renascimento de Cristo a todos. A começar dentro de nossos lares e na infância. Não podemos continuar achando que somos quem julga cada ato e pessoas. Se o governo erra, fomos nós quem o colocamos lá, com o nosso descuido pela política. Onde vendemos nossos votos, deixamos nos levar por belas musicas tocadas em palanques. Não importa como votamos, vamos ao local apenas por medo de punições posteriores. Isso é o que interessa aos políticos.

O banheiro sujo da igreja que fazemos questão de não cuidar, é nosso dinheiro assim como o do shopping custando cinqüenta centavos. Não é quantia que determina nosso cuidado, mas o valor que damos a cada trabalho feito.Enquanto formos tão descuidados com tudo e todos a nossa volta, teremos pessoas desajustadas e desorganizadas na vida no trabalho e na profissão de fé.

Não sei se sempre foi assim, mas os de hoje tenho bastante conhecimento, só queremos festa e dinheiro não importando de onde saia. Os pais parecem ter perdido a visão de futuro para suas crianças. Um futuro de batalha, de coragem para vencer as mazelas, não a coragem de enfrentar policia e a lei. O triste do descuido é que estamos descuidando de nós mesmos e em consequência do próximo.

Que Deus em Cristo Jesus tenha misericórdia de nossas vidas e família, que nos ensine a lutar de forma correta, que nos ensine a sermos sábios como educadores e formadores de cidadãos corretos em tudo, inclusive no simples troco da padaria e ao banco futuramente.

Até a próxima...

Silvia Letícia Carrijo de Azevedo Sá

[email protected]

http://www.artigonal.com/find-articles.php?q=silvia+leticia


Autor: Silvia Leticia Carrijo


Artigos Relacionados


Dia Das MÃes (peÇa De Teatro Infantil)

ParÓdia: Tema : O Sol E A Terra ( Os Astros )

Sem Querer Querido!

About Me

Quando Nossos Sonhos Se Acabam

Presos Ao Tempo... Questionamos

Pico E Bico