CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS RELACIONADOS À COMUNICAÇÃO



CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS RELACIONADOS À COMUNICAÇÃO

 

Andresa de Sena Silva

Glauber Vinicius Santos de Oliveira

Pós-Graduação em Docência no Ensino Superior

- Faculdade Fase -

 

RESUMO

 

Este artigo remete a uma reflexão sobre a Criação e Desenvolvimento de Projetos Relacionados à Comunicação. Procuramos, pois centrar nossa exposição na problematização encontrada ao criar um projeto relacionado com a comunicação estamos certos de ser perdoados por este novo apelo as fontes bibliográficas que se tornam indispensáveis para justificar a interpretação proposta.

 

Palavras chaves: Ética, Criação, Conceito, Desenvolvimento de Projetos.

 

INTRODUÇÃO

A oportunidade de escrever este artigo sobre Criação e Desenvolvimento de Projetos, de modo a poder expor o texto a uma pesquisa de um modo decididamente empírico, embasado em um referencial teórico, informações e opiniões disponíveis sobre o objeto de estudo. Quanto ao objetivo principal vem ser aguçar e revelar oportunidades a partir da necessidade dos espectadores comuns, como nós mesmos a importância de se ter uma direção em um momento de criação e execução de projetos.

O problema investigado baseia-se em definirmos parâmetros éticos, criativos, educacionais, contemporâneos para um desenvolvimento projetual. Consequentemente existe uma relevância cientifica do tema proposto, portanto muito simples expor que a criatividade de cada um esta diretamente ligada a sua maneira de encontrar saídas para um ou mais problemas.

O pesquisador propõem proposições lógicas e suposições (hipóteses) para explicar certos fenômenos e observações, e então desenvolver experimentos que testam essas hipóteses. Integrando-se hipóteses de certa área em uma estrutura coerente de conhecimento contribuí na formulação de nova hipótese, bem como coloca a hipótese em um conjunto de conhecimento maior que são as leis e teorias reconhecidas consensualmente pela comunidade científica.

 

INFORMAÇÃO E CONCEITO NA CRIAÇÃO

Segundo Wolfgang Herbst a informação é energia e cada vez que é transmitida, perde-se algo dela. Levando em conta essa afirmação a velocidade das informações nos força a absorvê-las de maneira mais rápida, e muitas vezes sem filtros e muito artificialmente, sendo primordial saber reservar tempo para a sua absorção. Uma elaboração de um projeto requer um roteiro, um conceito, pois não tendo conteúdo, não se tem organização de informações, que tornam-se essenciais para o desenvolvimento.

Com efeito, todo conceito, tendo um numero finito de componentes, bifurcará sobre outros conceitos, compostos de outra maneira, mas que constituem outras regiões do mesmo plano, que respondem a problemas conectáveis, participam de uma cocriação.(DELEUZE,2004,p. 30).

Apresenta-se em geral essa solidariedade inicial entre informação, conceito e criação. As informações adquiridas tornam-se um ponto de partida assim como um vocabulário. Não pense que o vocabulário adquirido teoricamente ou em fontes periódicas se igualam às experiências vividas na própria carne. A teoria é importante, mas não sem a prática e experiências de outros que nos soma. A junção dos três tópicos já nos dão uma capacidade de visualização de tudo de uma forma diferente.

A procura do saber é muito bem quista para o crescimento intelectual do indivíduo, sendo acrescentada pela capacidade de absorção e sensibilidade de cada um exatamente aquilo que abala, nossa falsa sensação de segurança, destruindo nossa rigidez e nos fazendo chorar sorrir, ver os nossos defeitos. Nunca o homem se escondeu tanto dentro de si mesmo, tentando sobreviver do trabalho para casa e esquecendo das coisas simples da vida. Procure observar o exemplo: Num dia chuvoso você já parou por alguns instantes e olhou para as gotas de água atingindo a superfície de um lago? Elas somem com a igual velocidade com que aparecem, contudo elas se tornam o lago rapidamente e depois o ciclo volta a se repetir (a água do lago vira nuvem que logo vira chuva). É importante aprender a observar para ver como as coisas acontecem. Saia da rotina e saiba que fazendo coisas que geralmente você não faz, poderá ajudá-lo a crescer e a adaptar-se às situações inusitadas.  

Quando George Bernard Shaw relata que o poder da observação cuidadosa é comumente chamado cinismo por aqueles que não o possuem. Nesta etapa é importantíssimo analisar os detalhes que compõem o projeto. O amadurecimento de todo o tipo de idéia proposta deve ser levado em conta na observação. Dois receptores olhando o mesmo objeto e então é possível um conflito, pois talvez seja impraticável dois olhos distintos observarem a mesma lua pálida. Não por falta de tentativas, mas pela representatividade que o objeto tem para cada indivíduo.

O testemunho nos torna modificadores do que vemos podendo interagir ou não com o observador. A recusa artística de copiar a realidade nos leva a perceber propostas de uma “utopia realizável”. Aquilo que hoje chamaríamos de negativo, mais adiante, esse prisma poderá mudar e chamarmos de positivo. Saber observar é trabalho de percepção intelectual ao mesmo tempo de percepção visual. Um grande número de pessoas não consegue enxergar o que se passa em torno de si, esse tipo de ser humano deixa de crescer profissionalmente e culturalmente deixando que os fatos passem despercebidos. Já os indivíduos que consegue observar tudo ou quase tudo absorvem muito mais.

No estudo de alguns projetos, o projetista não pode se dar ao luxo de andar sempre em linha reta e infinita. As barreiras e os desafios são sempre crescentes e curvilíneos. A criatividade de cada um está diretamente ligada a sua maneira de criar saídas para um ou mais problemas. Assuma todos os riscos necessários para se diferenciar no mercado sem romper com os seus princípios de ética e caráter.Aquela cena que você viu numa apresentação teatral pode servir para o seu desenvolvimento em uma próxima campanha ou peça produzida.

São muitos os conceitos, os caminhos a serem percorridos, os erros e acertos. São diversos os talentos as personalidades criativas, as necessidades transformadas em desafios pelos projetistas. Este é o ponto de partida do processo criativo. Transformar em imagens e palavras, com fins práticos ou não, tudo o que se relaciona à criação é uma arte, e esta se utiliza de uma linguagem projetada pelo artista, então é necessário compreender isso, repensar conceitos, desmistificar teorias, redesenhar caminhos. 

Nitzsche, diz Jaspers, “corrigia ele mesmo suas idéias, para constituir novas, sem confessá-lo explicitamente; em seus estados de alteração, esquecia as conclusões às quais tinha chegado anteriormente”.(DELEUZE,2004, p. 34.)

 

ÉTICA

A ética é a teoria, investigação de um tipo de experiência humana ou forma de comportamento dos homens. (VÁSQUEZ,2001,p. 21).

 

Neste Plano fala-se muito em ética no nosso cotidiano, mas nem sempre ela é seguida, cabe a cada um decidir as suas atitudes se a favor ou contra o que o seu caráter segue. Não se deve expor a ética sem analisar também por outro prisma a moral.

A moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção intima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal. (VÁSQUEZ,2001,p.84.)

 

Sobre esta afirmação Adolfo Vasquez revela que Não basta julgar determinado ato segundo uma norma ou regra de ação, mas é preciso também examinar as condições concretas nas quais ele se realiza a fim de determina se existe a possibilidade de opção e de decisão necessária para poder imputar-lhe uma responsabilidade moral. Baseado nesta afirmação podemos dizer que o comportamento moral não é a manifestação de uma natureza humana eterna e imutável, dada sempre sujeita ao processo de transformação que constitui precisamente a historia da humanidade.

O bom e o mau se encontram numa relação recíproca e constituem um par de conceitos axiológicos inseparáveis e opostos. Definir o bom implica, pois, em definir o mau. Toda concepção do bom acarreta necessariamente, de um modo explícito ou implícito, uma concepção do mau. Mas não se trata de uma concepção puramente lógica, e sim histórica e real: de uma época para outra, ou de uma sociedade para outra, mudam as idéias de bom e de mau.(VÁSQUEZ,2001,p. 156).

 

O caráter não é, pois, algo constitucional ou invariável, mas algo adquirido, modificável e dinâmico. Em seus traços, destaca-se algo que é muito importante do ponto de vista moral: a relação do indivíduo com os outros. Como a moral tende a regular o comportamento dos homens e, do outro lado, realiza-se sempre nos atos individuais que se referem – pelas suas conseqüências – aos outros, o caráter reveste uma grande importância tanto para a moralização dos indivíduos quanto para a moralização da comunidade.(VÁSQUEZ,2001,p. 213).

Segundo Kant é levado como ponto de partida da sua ética o factum (o fato) de moralidade. È um fato indiscutível, certamente, que o homem se sente responsável pelos seus atos e tem consciência do seu dever. Isto é o ponto principal se remete a um construção ética e mora de cada individuo no seu momento criativo e profissional.

 

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS

O verdadeiro projeto se faz com experiência, prática e teorias. Essa é a medida ideal para a receita dar certo, é claro não esquecendo de um bom conceito, e de uma boa metodologia do projeto ou ficara um projeto fraco e vazio. Talento boa formação e prática muita prática, são essenciais! 

É necessário atenção na hora das opções do seu projeto, pois devemos separar pensamento, razão, sentimento e comportamento. Verifique o que você pensa sobre a criação e o que os outros pensam também. Analise com a razão. Esta pode ser a etapa mais difícil para as pessoas mais emotivas, pois estarão bem mais envolvidas sentimentalmente com o projeto. Observe se no projeto há algo ligado intimamente à sua personalidade. Isso tanto pode ser prejudicial, como pode ser um trunfo, dependendo do seu cliente. Saiba que todas as decisões são em certo sentido, um enigma. Talvez todas às escolhas permitam supor a proposição de perguntas e respostas diversificadas. A escolha é sua.

Você recebe uma ligação perguntando o quanto você cobraria para fazer um certo projeto de identidade visual07 para uma clínica. E agora?  O que fazer se nem sei quanto cobrar. Nesta situação deve entrar em contato com o mercado, para saber quanto os seus colegas de profissão estão cobrando, a fim de conseguir um parâmetro ou uma base para a negociação. Procure analisar o porte do seu cliente, pois é claro que o valor não será o mesmo, entre uma grande clínica médica e uma pequena farmácia. Tente negociar valores e, se possível, proporcionar a divisão do pagamento para facilitar. Não se torne mais um no mercado; procure se destacar! A sua assinatura visual será o seu trunfo no valor do projeto.

Quando se rouba de um autor, chama-se plágio; quando se rouba de muitos, chama-se pesquisa. (Wilson Mizner).

 

Quando se trata de atividade criativa, qualquer tipo de proposta que possa causar idéias diferentes merece a devida atenção, pois em uma dessas possibilidades pode estar um dos mais importantes ingredientes do bolo que está assando. O inconveniente de ver muitas vezes o seu projeto sendo executado por outra pessoa é realmente irritante.

O artista tem às vezes a impressão de ser um cavalo de corrida que ganhou o grande prêmio. De qualquer forma, os marchands são sempre nossos associados, com % sobre a venda. (Vicente Rego Monteiro).

 

Em toda a nossa vida é necessário “saber vender o nosso peixe”. A solução é transmitir muito bem as suas idéias e seus projetos, conquistando a confiança e a simpatia do seu comprador. Os resultados serão impressionantes!Não se vende o que não se compra. É extremamente necessário que quem esteja vendendo um produto acredite nele em primeiro plano ou não conseguirá vender o que ele está propondo.

O desenvolvimento da sua venda será potencializado na medida em que a comunicação positiva for mais utilizada. Aplicar melhor a sua comunicação, seja ela falada, escrita ou visual, o ajudará a ser mais convincente e persuasivo. A comunicação deve ser trabalhada cada vez mais para que com isso torne-se algo natural e espontâneo.

 

CONCLUSÃO

A principal questão que se coloca, ao final de um trabalho como este, cuja pretensão é apresentar uma forma de como se trabalhar com projetos de comunicação, é justamente, se ele tem alguma prática, ou seja, se é possível, afinal, praticar um “bom” projeto, atribuindo sentido aos trabalhos propostos.

E por fim, para a finalidade a que se propõe este trabalho, seria um instrumento para o estudo de projetos de comunicação e de como se tiver uma base para a sua criação além de dicas como desenvolver um do zero. Para uma conclusão do desenvolvimento teórico, em que firmamos nossa proposta de abordagem sobre a apresentação de comunicação e criação de projetos.

 

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Autor: Glauber Oliveira


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