A arte de comer



Como pode algo tão prazeroso provocar desconfortos que muitas vezes nos fazem pensar se valem à pena?
Quando comemos algo que desejamos muito, o nosso organismo libera Endorfina, que é um neuro-hormônio produzido pelo próprio organismo na glândula hipófise, causando com isso aquela incomparável sensação de bem estar jogando por terra qualquer stress.
Mas por que então me culpar?
A culpa é do organismo que, vale salientar, eu não escolhi para ser meu... Deram-me sem direito a troca.
Mas deixando esse “indivíduo” lento e insaciável de lado, não podemos negar a satisfação que temos em irmos a um restaurante e vermos aquele desfile de beldades assadas e cheirosas passando por todos os lados, que fica ainda melhor, acompanhado daquela “promoção relâmpago” que nos permite comer de tudo por um só preço. Não... Nada se compara a isso!
O nosso êxtase só é interrompido quando nossos olhos, hipnotizados pelo porco assado no espeto, cruzam com o olhar curioso e muitas vezes reprovador do meu vizinho de mesa. Que coisa irritante! Pronto, o mal amado consegue nos fazer pensar que a gordurinha que sai inofensiva do pobre porquinho poderá nos fazer mal... vê se pode!
O fato é que essas pessoas parecem que saem de casa com o firme propósito de nos constranger como se com isso pudessem nos fazer comer menos. Mas como?........ Posso comer o que eu quero por R$15,00!!!!!!!! Tenho que aproveitar.
Injustiças a parte, pessoas assim deveriam trabalhar no IMETRO, pois conseguem a olho nu, saber exatamente as gramas que comemos e o quanto o inocente porquinho pesou no meu prato. Que canalhice!
Deveria ser criada uma Lei proibindo pessoas que comem pouco de entrarem em churrascarias. Querem comer saladinha com filezinho grelhado acompanhado do insosso molho de iogurte? Vai acampar na horta... Fica em casa! Mas não vem sentar ao meu lado e criticar o meu pernil enquanto colocam na boca aquela folhinha de alface sem gosto como se tivessem comendo picanha. Olha lá hem... Alface está matando... Estão cheios de Salmonella.
O importante é que sempre saímos desses lugares com a sensação de dever cumprido, mesmo que a noite seja preciso usar nossa velha e amiga cinta para entrarmos no vestidinho básico.
Mas que mal há nisso? Se existem é para serem usadas!"

Geórgia Câmara
Autor: Geórgia Câmara


Artigos Relacionados


Sítio Do Pica-pau Azul

Após Alguns Anos De Casados...

Preferências Estranhas

Os Nós Do Eu

Expediente Saudável

Alimentação Saudável E Emagrecimento Confiável!

Revelação Do Ter