A surpreendente simplicidade das coisas



Ser simples e surpreendente, talvez seja uma das coisas mais difíceis de se ser. A simplicidade num primeiro momento denota modéstia, previsibilidade, ao passo que o surpreendente nos traz à mente algo vultoso, um esforço quase sobre-humano de ser mais ou fazer mais do que o esperado. A junção desses dois conceitos aparentemente tão distintos pode ser vista como uma boa receita de sucesso. Mas como alcançá-lo?
Não há um manual, não funciona como uma bula ou um contrato a ser seguido. O seu mérito está na sutileza, no poder de observação.

Imaginemos algumas ocasiões nas quais sua existência é de rico valor.

Imagine-se no mercado de trabalho propondo soluções simples e surpreendentes ao seu chefe (eles adoram isso) principalmente porque custam pouco. Ou numa entrevista de emprego, se destacando dos outros candidatos por deter características tão importantes numa instituição.

No âmbito pessoal, ao se vestir, ao se comportar numa conversa, ao demonstrar uma habilidade, seja artística, esportiva ou intelectual. Quem não ficaria encantado de compartilhar momentos com pessoas assim, sem exageros, sem excessos, mas com uma capacidade surpreendente de ser simples e completa.

Os relacionamentos anseiam por pessoas simples, que não façam tempestades, que não sejam inconstantes, mas que também não sejam previsíveis.

Que dêem às coisas e às pessoas o exato valor e a atenção que possuem, ou que merecem.

Amar com simplicidade nos dá uma maior percepção do mundo, discernimento das coisas, bom senso sobre idéias e decisões. Não esperamos demais, nem nos damos de menos, há equilíbrio, inteligência, sensatez... Não estou descaracterizando o amor, entenda, apenas enriquecendo-o.

Não precisamos ser medíocres para demonstrar simplicidade, nem muito menos insanos para surpreender. Precisamos apenas conhecer realmente o que estamos fazendo, pensando e dizendo. Pois só assim, conhecendo com honestidade o que nos cerca, teremos meios para extrair de tantas informações o verdadeiro conhecimento, criar uma perspectiva própria e tornar-mos aptos a defendê-la.

E quando isso acontecer, é porque neste momento, surpreendemos alguém, não inventando coisas, mas apenas evidenciando o que já estava diante dos seus olhos.

Ser simples é puramente decodificar, é ensinar a ver com olhos criativos, é ver além sem ver demais; e surpreender, é apenas saber fazê-lo com singularidade, extraindo o mundo, de uma caixinha de papel.


Autor: Sheyla Karla


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