A MAGIA TELEVISIVA NA INFÂNCIA



Este trabalho tem como objetivo investigar as influências que a mídia televisiva exerce no ambiente escolar. Para realizá-lo, utilizei o método de investigação de estudo de caso, numa abordagem metodológica que visa à pesquisa qualitativa, guiada e transcrita através da observação participante e de entrevistas semi-dirigidas. Assim, busco identificar, reconhecer e entender aspectos teóricos e práticos referentes à utilização e apropriação da mídia nas relações pessoais e interpessoais dentro da instituição escolar. Sabendo-se que a criança ao ingressar no ambiente escolar, já traz consigo inúmeras informações do meio social em que se relaciona, e das dimensões que o fenômeno televisivo tem tomado na vida das nossas crianças, é importante que a escola não venha a ignorar estas informações, esta realidade. Acredito que a partir deste estudo monográfico, será possível que professores e responsáveis possam repensar e adequar à utilização desse recurso didático e informativo. A seguir, apresento este trabalho, que está dividido em três capítulos, da seguinte forma: O fenômeno mágico da mídia televisiva invade o mundo escolar e infantil; As implicações da magia no universo infantil; e como adequar a magia para o processo de ensino e aprendizagem.

No mundo globalizado, ao qual estamos inseridos, é impossível negar a constante presença da televisão em nossas vidas. Segundo revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007 (Pnad), divulgada setembro de 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a presença televisiva esta em 94,8% dos lares brasileiros. É através deste meio de informação, que muitas vezes obtemos notícias sobre o que está acontecendo no Brasil e no Mundo.

Desde sua invenção, em 1926, na Escócia, por John Baird, ela tem tomado dimensões extraordinárias e avassaladoras conquistando um grande espaço no mundo inteiro. Através desde instrumento de informação é possível estabelecer valores, comportamentos, conhecer diferentes culturas, religiões, entender da política e da economia.

A televisão faz parte de uma categoria chamada "mídia", ao qual denominamos o conjunto de todos os tipos de meios de comunicação: rádio, cinema, internet, jornais, revistas, outdoors e outros. Segundo o site de enciclopédia Wikipédia, a palavra "mídia", no Brasil, surgiu com o aportuguesamento da palavra inglesa "média". "Média" é um vocábulo latino, que traduzido para nossa língua materna significa "meios". Este termo na área das comunicações designa diferentes significados, entre eles: os meios de comunicação, a comunicação de massa, os veículos de comunicação, uma determinada área da publicidade e outros. Aqui, daremos ênfase à investigação da mídia televisiva frente aos comportamentos infantis dentro do ambiente escolar.

A respeito desse meio de comunicação, em particular, Penteado diz que,

o meio TV é a peça industrial que multiplica o produto cultural"cultura de massa", em escala industrial, para platéias que pretende atingir (e que vem atingindo) de maneira indiscriminada; essa peça é acionada por uma equipe de trabalho que sabe que, na nossa sociedade capitalista de Terceiro Mundo, a platéia é discriminada, segmentada socialmente e distribuída em forma piramidal por uma estrutura social dividida em classes, portanto não igualitária, e considerada essa heterogeneidade no seu trabalho de maneira a conseguir a penetração mais universal possível, o que vem conseguindo através do "espetáculo"; este se apresenta sempre idêntico, onde quer que seja captado ou recebido, posto que é um produto industrial, cujas características possibilitam a reprodução, sempre da mesma forma; (PENTEADO, 1991, P.27).

A mídia televisiva tornou-se uma nova forma de linguagem a qual vem desafiando o ser humano. Com sua linguagem muitas vezes não-verbal, exige do homem um novo exercício mental, diferente do que é necessário para aprender a ler e escrever. Ao invés de traduzir somente as palavras, a criança do século XXI precisa, desde a mais tenra idade, compreender e operar o trabalho com imagens. Estas imagens são atributos da televisão, a qual permite que a criança "veja" antes do que entenda a decodificação das palavras.

É esta mídia televisiva que tem tomado muito do nosso tempo, fazendo com que nossas crianças troquem as brincadeiras saudáveis pelas novas tecnologias, preferindo assim a companhia sedutora das imagens. Esta tecnologia, quando voltada ao entretecimento na infância é responsável pelo desenvolvimento de inúmeros hábitos na vida da criança. Estes hábitos e atitudes denotam dos chamados fenômenos televisivos.

Estes fenômenos têm influenciado significantemente os indivíduos frente a seus comportamentos, atitudes, pensamentos tomados, julgamentos, ora de forma positiva, ora de forma negativa. A mídia televisiva vem interferindo na formação da personalidade e nas atitudes sócio-afetivas das nossas crianças. Sendo assim, é notável que a televisão tenha uma função formadora na aprendizagem infantil. Dentro desse quadro, é inegável que a criança já chega ao ambiente escolar dotada de informações oriundas da mídia televisiva. Através desta, a criança brinca, imagina, fantasia, sonha e almeja objetos e ações do mundo imaginativo que constrói frente ao que assiste na telinha. Portanto, é fato que este meio de comunicação, age e interfere nas ações, pensamentos e ralações pessoais que as crianças estabelecem. Muitas análises e reflexões são feitas por diferentes autores que ora apóiam ora contrariam a utilização deste meio de comunicação.

Entre prós e contra destaco que as conseqüências negativas, por exemplo, podem estar ligadas a falta de interesse por atividades lúdicas, pela leitura, empobrecimento de vocabulário, isolamento social, maiores possibilidades de doenças psíquicas, físicas como a obesidade, a um aumento de atitudes violentas e agressivas e até mesmo a um medo do mundo real.

A este respeito, muitos professores têm apontado para as mudanças nos hábitos escolares das crianças, mostrando-se elas mais violentas. São as crianças que em muitas famílias, escolhem o que vai ser assistido. Elas reproduzem na vida real as ações e falas dos personagens naturalmente como num jogo infantil, entretanto, apesar de não percebermos a TV e seu conteúdo acaba seduzindo fortemente a categoria infantil.

O seu contraponto, é que não se pode negar que as pessoas sempre aprendem algo ao assistirem televisão, ela é uma fonte de conhecimento e informação, assim como a escola.Penteado (1991, p.08) expõe esse mesmo pensamento, segundo uma concepção de educação democrática embasada em Paulo Freire e Saviani, quando diz que a televisão como corrente da escola e em condições de vantagem, pois que, aparentemente não pretendendo ensinar, ensina, enquanto a escola, aparentemente pretendendo ensinar, não ensina ou ensina muito pouco.Mas como acadêmica do curso de Pedagogia, pergunto-me o que há de tão mágico na televisão, que tem o poder de prender a atenção e o interesse de uma criança? Penso, que a partir deste questionamento e a busca pela resposta da mesma, traz consigo as respostas para este trabalho.

Gutiérrez (1978) analisa que o problema é que em meio a toda esta tecnologia do século XXI, muitas escolas ainda permanecem negando-a, mantendo-se presa ao quadro negro e ao giz. Enquanto a escola mantiver esta postura, a TV continuará sendo considerada um instrumento de alienação e opressão.

Os sujeitos que integram a escola são telespectadores assíduos, que passam a maior parte do tempo frente à TV do que com os estudos. Segundo Penteado (1991, p.97) elas aprendem "modos de falar, slogans, padrões de comportamento, modos e/ou parâmetros de julgamento, informações, padrões de análise". Todos estes conhecimentos são transmitidos com uma linguagem imaginária e sonora ilusória incrível, capaz de seduzir e ludibriar o telespectador. Já a linguagem escrita pouco aparece nesse meio e quando aparece,

(...) fica reduzida, no texto televisivo, as insignificantes proporções. Embora já se saiba que crianças em idade pré-escolar e que ainda não freqüentam a escola são capazes de identificar algumas palavras, como por exemplo, Coca-Cola, a partir de seu consumo televisivo, sabe-se também que o que se deu foi uma mera retenção da "imagem" da palavra através da exposição altamente repetitiva, e não o aprendizado de leitura do código escrito, que supõe muitas outras operações além da mera identificação da imagem da palavra (PENTEADO, 1991, p. 98).

Portanto, além das imagens concretas e da linguagem pouco autoritária e o contraponto muito ilusória que exige da imaginação e raciocínio infantil, é que a TV tem atingido o ápice do interesse e envolvimento das crianças. Segundo Guimarães,

dependendo das práticas discursivas utilizadas, a televisão pode incorrer em processos idênticos ao da escola: discurso pedagógico autoritário cujas relações assimétricas não estimulam a curiosidade das crianças e, com isso, não promovem a reflexão sobre os problemas abordados. (GUIMARÃES, 2001, p.10)

É exatamente o tipo de discurso e de apresentação visual que conquista o universo infantil e é justamente, o oposto, que muitas das propostas escolares vêm sendo embasadas e que consequentemente tem sido um fracasso em relação à expectativa dos alunos. Estas propostas não tem vindo interligadas com a realidade do aluno, sendo que quando propostas o aluno não consegue estabelecer uma razão e/ou sentido para aquilo que deve aprender.

Assim, o aprendizado via mídia televisiva acontece mesmo, através das imagens e de sons que estas reproduzem. O poder que a TV possui de trabalhar com o imaginário do indivíduo é fascinante e deve ser usado de forma positiva no aprendizado.

A rede televisiva possui inúmeras formas atraentes de nos apresentar o que desejam e são produzidos visando um público alvo. Mesmo assim, não há como garantir que será apenas esse público que o assistirá, ou seja, não existe um controle sobre isso. São mais dez canais abertos disponíveis ao público brasileiro, que transmitem uma programação variada, são programas infantis, programas de auditório, novelas, jornais, propagandas, programas religiosos e outros.

Os programas de auditório, em geral, fazem brincadeiras e atividades que chamam a atenção do público, trazendo temas e acontecimentos históricos e também puxam pelo vocabulário, melhorando seus acontecimentos. Também ocorrem debates e entrevistas sobre assuntos políticos, sociais e educacionais, de grande importância. Neste tipo de programa se vê de tudo, e parece que hoje não existem mais limites do que pode ou não ser apresentado, o que tem causado grandes polêmicas e preocupações.

As novelas enfocam assuntos polêmicos como: violência, sexo, preconceitos e outros, cabendo aos telespectadores retirarem apenas o que é benéfico, sendo que para isto, são necessários debates e reflexões.

As propagandas se classificam em duas categorias: As ideológicas que vende idéias, as propagandas eleitorais são um exemplo, e as de comercial que desperta o interesse pelas vantagens de utilizar um determinado produto, serviço ou marca, sendo este muitas vezes, o meio de ser criado modismos e estereótipos na sociedade que hoje é movida pelo capitalismo.

As notícias mantêm as pessoas informadas dos acontecimentos políticos, sociais e culturais do Brasil e do mundo. Muitos telejornais deturpam notícias para que a sociedade não reivindique problemas, para não gerar revolta do povo contra o governo, ou até mesmo informam assuntos polêmicos e logo após benfeitorias, deslocando a atenção da população. Outros jornais trabalham em cima de notícias chocantes, como acidentes, assaltos, assassinatos e aterrorizam as famílias dos parentes, trabalhando com o lado sentimental do povo para aumentar a audiência.

Os programas infantis, por exemplo, despertam o interesse das crianças, pelas formas, cores, jogos e brincadeiras, em que se identificam e aprendem a se relacionarem socialmente. Muitos são violentos, mas cabe a família e também a escola esclarecê-los e/ou proibi-los;

Frente a este tipo de programação, estamos todos os dias, e a primeira tarefa da Educação a ser tomada, segundo Rubem Alves (2004, Coluna Folha de São Paulo – tirar coluna e colocar pagina), é ensinar a ver, no qual seria esta uma das principais funções do professor, que se dedicaria a "apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana" (...) "Sua missão seria partejar olhos vagabundos (...)". O lado ruim da TV está intimamente ligado ao não saber "ver". É preciso que se promova a compreensão da linguagem televisiva, assim como se aplica em sala de aula a interpretação de texto.

De nada adianta propormos uma didática que proporciona apenas o contato com os atributos da mídia televisiva, se não fizermos eles pensarem sobre o que estão vendo. Ver nossos alunos repetirem o que viram ou ouviram na telinha não é, de maneira alguma, sinal de aprendizado, pois eles estão mecanicamente reproduzindo o q observaram. O que realmente pode ser considerado um bom sinal é se o aluno demonstrar capacidade de expressar aquilo que viu em palavras, dialogando sobre o assunto em questão.

É preciso que ensinemos nossos alunos que os meios de comunicação servem-nos para comunicar, e para que aja comunicação é preciso que se estabeleça um diálogo. Certamente, o leitor agora deve ter se perguntado: mas como conversar com uma televisão? Não é nada disso, a idéia é que se estabeleçam reflexões e diálogos sobre o que nos é informado pela televisão e seus programas. É exatamente este o papel que deve ser exercido por educadores do futuro, preocupados com uma educação voltada à era tecnológica.Gutiérrez (1978, p. 31) diz que "a educação deve proporcionar técnicas de aprendizagem, auto-expressão e participação. Este será, sem dúvida, um passo seguro que obrigará a sociedade a modificar os meios de informação em meios de comunicação".

AS IMPLICAÇÕES DA MAGIA NO UNIVERSO INFANTIL

Em linhas gerais, posso dizer que a televisão apresenta-nos informações extremamente educativas, entretanto, seu uso indiscriminado é o que tem preocupados estudioso e pesquisadores da área, pois inúmeras são as implicações oriundas desta mídia. Neto (2001, p.15), afirma que a meta da televisão é justamente comunicar, ou seja, transmitir alguma coisa a alguém. Para que o que foi transmitido torne-se um aprendizado é preciso que se reflita sobre o assunto e não o receba passivamente, este é o princípio da aprendizagem. Segundo Williams (1954 apud NETO, 1971, p. 16) "para alguém se fazer compreender, é preciso antes que se faça conhecer, ou seja, que se faça antes comunicar". Sendo assim, penso que a TV cumpre seu papel, o que falta neste processo é o mediador, que fará com que o diálogo se estabeleça.

Percebo, como educadora, que vivencio inúmeros momentos dentro da escola, que a televisão com sua técnica de informação impressionam mais a criança do que os ensinamentos proporcionados pelos pais. Sendo assim, penso que é fundamental voltar nossos olhares para as implicações que são exercidas na criança, a qual recebe as informações vinte quatro horas por dia, geralmente, sem nenhum acompanhamento significativo.

Ao questionar meus alunos quanto a quem os acompanha durante o tempo em que eles ficam em frente à TV, não tive outra resposta que não fosse os irmãos. Os pais não têm acompanhado o que seus filhos vêem assistindo na telinha. As crianças recebem um vasto leque de informações todos os dias, mas não exercitam nenhuma reflexão sobre eles, pois não existe um mediador. As crianças assistem qualquer coisa, a qualquer hora, sem nenhum responsável que possa filtrar o que eles vêm assistindo. A relação da TV e da criança é válida quando o indivíduo pode pensar sobre as informações que são dadas, pois ela deve servir como comunicante apenas.

Dento de minha pesquisa, e durante as realizações de minhas entrevistas percebi claramente três grandes implicações da TV para com as crianças, as quais são causadas justamente por esta falta de orientação, são elas: o gosto estético (impulsionando a escolha por um determinado tipo musical, estilo visual, jeito de falar, andar e vestir), o consumismo (impregnado nos pedidos das crianças, bem como nos materiais escolares, brinquedos e roupas) e a violência (observada na escolha de programas preferidos, bem como os mesmos sendo reproduzidos dentro da escola em atitudes diárias de rotina).

Sobre esta realidade, é comum observar no cotidiano infantil, crianças dançando ao som de ritmos modernos veiculados pela TV, representando personagens televisivos com seus respectivos bordões e encantados em frente à telinha com uma nova propaganda.Esses dias mesmo, enquanto almoçava em um restaurante da cidade, pude perceber claramente o fenômeno televisivo. Durante meu almoço, eu observava em uma mesa ao lado da minha, um menino que almoçava enquanto olhava a tv. Sempre que aparecia algo muito interessante ele chamava a atenção da mãe e mostrava. De repente um novo comercial de refrigerante se inicia e o menino fica vidrado com todo aquele espetáculo a sua frente. Ao fim do comercial ele gritou para a sua mãe: quero um guaraná mãe, da Antártica.

O consumo de bens é também um fenômeno bastante forte na mídia televisiva. Gutierrez (1928, p.18) afirma que "a imagem se nos apresenta carregada de uma intenção, com possibilidades de comunicar uma mensagem". Esta mensagem no caso das propagandas voltadas a produtos infantis, são as que impulsionam fortemente as crianças ao consumismo. Meus entrevistados quando questionados da seguinte forma: O que tu traz para escola da tv? Você traz alguma brincadeira para a escola? Alguma música que você goste ou você já viu alguma coisa na televisão que você quis comprar? Todos foram enfáticos na resposta, sim!

Hoje as crianças querem ter brinquedos, materiais escolares, roupas, acessórios que sejam do momento. A última influência nesse sentido que se estabeleceu aqui no Brasil foi o fenômeno "RDB" "Os Rebeldes", um seriado internacional que se transmitiu aqui e as crianças amavam. Tudo que eles consumiam tinha que ter a cara dos rebeldes. Durante meu diálogo com a aluna entrevista, eu perguntei: O que tem essa bicicleta? É de algum desenho animado, ou alguma coisa assim? Sim, eu já vi nos padrinhos mágicos, uma bicicleta bem legal rosinha e daí minha mãe comprou uma pra mim. Tu lembra de mais alguma coisa? Sim um caderno dos rebeldes. Tu olhou muito essa novela? Não porque só passa na outra tv. Só quando eu ia à minha irmãzinha daí a gente olhava.

Outra última influência que se tem percebido é a do Filme: Tropa de Elite. É um filme extremamente violento, entretanto, as crianças ficaram fascinadas por ele. Elas sabem cantar toda a letra da música do filme, falam bordões do filme, e muitas vezes brincam de ser os atores do filme exprimindo atitudes violentas em suas brincadeiras. As crianças vêm alterando seus valores refazendo-os ou então criando novos, ocasionando uma mudança de comportamentos. Querendo ou não a mídia tem influenciado as crianças a agirem negativamente. Segundo Giancaterino,

de uma forma geral, as pessoas interessam-se pela violência e, mesmo repugnando essas informações, querem estar em contato com elas. Esse sentimento pode vir de uma simples curiosidade, como uma autodefesa, ou até mesmo pelo instinto de vingança (GIANCATERINO, 2007, p.112).

Dentre os inúmeros tipos de programação, os desenhos animados ganharam destaque maior durante minhas entrevistas, pois todos os entrevistados citaram-nos. Guimarães (2001, p. 112), pode justificar esta escolha quando diz que tudo indica que a narrativa lúdica abre um espaço maior para o envolvimento, não só racional como também emocional, do aluno com o objeto de estudo. Meus entrevistados, quando questionados aos programas preferidos, apontaram os seguintes programas: Homem Aranha, Dragon Ball Z, Power Rangers,todos estes envolvem o enfrentamento das partes, mostrando o mal versus o bem, os quais utilizam da força e golpes de luta para tal. De acordo com Giancaterino,

a divulgação da violência pela mídia pode acarretar grandes mudanças de antigos valores ou até mesmo induzir que outros sejam criados, resultando na mudança de comportamento das pessoas. Pode ocorrer um condicionamento ou até mesmo uma aprendizagem negativa do que é exposto pelos meios de comunicação (GIANCATERINO, 2007, p.112).

Foi durante a realização do meu estágio, no qual observei meus alunos do 2º ano de uma escola municipal de Santa Maria, que presenciei inúmeras situações nas quais meus alunos representavam personagens dos desenhos animados em que eles se confrontavam, representando golpes e gestos violentos. Além disso, as falas eram agressivas as quais intimavam o seu oponente para enfrentá-lo numa disputa. Ressalto ainda que não foram situações repentinas, mas sim diárias que fazem parte do cotidiano escolar infantil. Tempos atrás eram visíveis situações como estas principalmente entre os meninos, entretanto, já é possível perceber as mesmas atitudes entre meninas.

O que me deixou bastante preocupada, foi que muitos professores ainda consideram apenas brincadeira, este espelhamento dos alunos em personagens que assistem pela telinha. Entretanto, o problema vem em longo prazo, pois os alunos começam a se digladiarem fisicamente por qualquer outro motivo banal. Essa é uma das bases da origem da violência. Assim como nos professores e responsáveis servem para a criança como um exemplo, a TV também tem transmitido valores e exemplos a serem seguidos. As crianças, sem a presença do mediador, apenas tem seguido os exemplos que vêem.

Dessa maneira, aos poucos a violência vai se fazendo presente dentro do espaço escolar, não só entre os alunos, mas também entre professores e funcionários. É claro que muito dessas influências não é causada somente pela exposição a TV, o ambiente social que hoje se estabelece, onde poucos têm muito e muitos não têm praticamente nada, também contribui significantemente para o agravamento deste problema social.


COMO ADEQUAR A MAGIA PARA O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Embora, como já mencionei no capítulo anterior, impossível negar as influências negativas que a TV pode causar as crianças, é inegável também que ela utilizada de forma coerente, pode sim, ser um rico instrumento pedagógico. Em estudos recentes, Guimarães (2001, p.10) confirma esta realidade, e aponta a televisão como instrumento contribuinte efetivo no processo de socialização do conhecimento.

Quando me refiro a utilização da mídia televisiva, não me refiro somente a usar a televisão como recurso didático, mas também apropriarmos-nos de suas técnicas de persuasão em nossas atitudes e práticas educativas.Sendo assim, é necessário que os educadores vão se atualizando frente às novas propostas de ensino, não ficando presos apenas aquele caderno que há anos vem sendo aplicado. Vale lembrar como Guimarães (2001, p.5) "que o único compromisso do educador é com a dinâmica e que uma postura estática é a garantia do não crescimento daquele a quem se propõe educar".

Acredito que para entendermos qual a magia usada pelas telinhas, a qual torna um programa de TV mais interessante do que uma aula, se deve primeiramente descobrir e analisar qual o mecanismo de sedução utilizado por ela. Como Guimarães (2001), penso que certamente este tem faltado na escola. Segundo ele (2001, p.16), é preciso que se repense "não só as práticas de linguagem nas escolas, mas também o próprio papel na TV no tocante à educação", pois só assim poderemos entender e utilizar este mecanismo em prol de pedagogia das comunicações.

Guimarães (2001) em seus estudos sobre a TV e sua relação com a escola, aponta que a escolha da criança por um ou outro programa, está intimamente ligada ao discurso e apresentação visual que é utilizado por ele. Sendo assim podemos comparar a TV com a escola, se passarmos a utilizar em nossas metodologias o mesmo tipo de discurso que a TV utiliza, será possível prender a atenção dos nossos alunos. De posse dela, bastará complementar o trabalho informante da televisão, que é de fazer com que os alunos se posicionem criticamente frente ao que lhe é proposto. Isto não serve somente para a questão da mídia televisiva, mas para qualquer situação cotidiana. A posição crítica é fundamental para que possamos crescer intelectualmente.

Assim como os alunos preferem mais um programa a o outro, como educadora que sou, percebo que ora eles demonstram-se interessados pela atividade que proponho e outras não. Assim como para os programas de televisão, eles optam pelas preferências de atividades. Portanto, é nestes momentos que devemos agir, buscando adaptar as atividades a uma forma e discursos tal qual aos utilizados pela televisão.

Segundo Sampaio (1989 apud GUIMARÃES 2001, p.20 e 21) "a escola cultiva apenas uma forma abstrata de inteligência, que atua fora da realidade viva, fixada na memória por meio de palavras e idéias", já a televisão se apropria da imagem e a utiliza como instrumento de apoio, muito instigante, pois torna o que é abstrato em algo visualmente real. Além disso, percebo que muitas escolas e professores ainda exercem uma didática pedagógica tradicional, a qual utiliza um discurso pedagógico autoritário, que considera o aluno apenas receptor de informações. Já a televisão utiliza um discurso totalmente oposto, aparentemente, ela conversa e troca idéias com o telespectador. Desta forma, penso que podemos adaptar nossos discursos pedagógicos com os mesmos artifícios utilizados pela TV e assim, atingiremos os alunos tanto quanto a televisão.

O papel do professor frente aos programas da televisão e suas conseqüências que são vistas em sala de aula é de fazer com que seus alunos problematizem e reflitam sobre a temática em questão. É a partir das vivencia e atitudes dos alunos que o professor deve atuar. Não adianta levar, por exemplo, um documentário para que o aluno assista se o professor não fizer com que seus alunos problematizem sobre ele, refletindo sobre o que foi dito e afirmado naquilo. Segundo Penteado (1991, p.112) "ensino é comunicação. Não qualquer tipo de comunicação. Mas uma comunicação dialógica. Não meramente reprodutora, mas reelaboradora do conhecimento. Aprendizagem é a descoberta."

Os estudos de Guimarães (2001) bem, como minhas entrevistas e observações para a realização deste trabalho serviram-me para evidenciar a importância que cabe aos educadores contemporâneos de refletir quanto as nossas didáticas pedagógicas, bem como utilizar de forma correta a televisão como recurso pedagógico.

Podemos e devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, como educadores, para transformar os meios de informação em meios de comunicação; temos que estimular e promover a perceptibilidade, criticismo e criatividade através desses próprios meios de comunicação (GUTIÉRREZ, 1978, p.20).

É claro que a tarefa de educar deve ter base na família, mas cabe ao educador complementá-la, usando da criatividade, iniciativa e do seu conhecimento para ensinar os educandos a terem um olhar crítico em cima de toda a informação que recebem em seu meio cultural. Nossas "identidades" são constituídas culturalmente, através de conceitos e definições, no qual para isto é necessário desenvolver em nossas crianças a reflexão.

Portanto, o fenômeno televisivo se faz presente dentro do processo de socialização, que se dá com o resultado de interações do indivíduo e o meio ambiente em que está inserido.

O processo de socialização é o espaço privilegiado da transmissão social dos sistemas de valores, dos modos de vida, das crenças e das apresentações, dos papéis sociais e dos modelos de comportamento. Este processo de aprendizagem varia de acordo com o universo de socialização (...) (BELLONI, 1991, p. 33).

Assim como a TV, a escola também possui um caráter comunicativo, tendo importante papel na socialização dos indivíduos. Muitas vezes, os reflexos do que se assiste na TV são percebidos na escola pelas relações que se estabelecem entre os alunos, alunos e professores, alunos e funcionários. Belloni diz que,

a escola e a mídia desempenham o papel de guardiãs e difusoras de uma espéciede síntese dos valores hegemônicos que formam o consenso indispensável à vida social. Neste sentido elas podem ser consideradas como instâncias reprodutoras das estruturas dominantes na sociedade e como produtoras de hegemonia (BELLONI, 1991, p. 33).

Dentro do processo de socialização a TV, exerce um papel de fornecedora de significações que interam o universo simbólico da criança com imagens irreais. Além disso, ela repassa informações e conhecimentos sobre a atualidade, munindo a criança de uma representação de mundo. A respeito disto Penteado diz que

o símbolo é um modo de conhecer a realidade. Todos nós, ao aprendermos a língua materna, nos iniciamos no símbolo. Já o desenvolvimento da consciência simbólica requer um domínio dos símbolos que vai além do seu conhecimento utilitário, um domínio que se adquire também na escola (e não em seus primeiros degraus) ao qual, portanto, muito poucos em nossa sociedade têm acesso (PENTEADO, 1991, p. 65).

As informações repassadas pela TV, não são absorvidas passivamente, as crianças reconstroem essas significações a partir de experiências vivenciadas por elas. E este processo não para, a cada nova informação obtida e/ou resignificação a criança reelabora um novo significado.

Quando a recepção das informações se estabelece passivamente, é quando surge minha preocupação desta pesquisa. Não é porque os telespectadores, aqui propostos, são crianças que elas não são capazes de serem educadas para a crítica. Realmente observamos hoje, que muitas crianças assistem TV como num estado de êxtase, sem que elas possam refletir e dialogar sobre o conteúdo visto. É nesse ponto que devemos como pedagogos nos preocupar. Não tanto quanto ao conteúdo transmitido, mas o que pode ser feito a partir dele.

O processo de ensino-aprendizagem dentro do espaço escolar se dá mediante ao estabelecimento de diálogos, ou seja, é por meio da comunicação entre os indivíduos que ele se estabelece. A TV também pode estabelecer esse mesmo processo, entretanto, a maneira na qual essa "comunicação" se estabelece é bem mais instigante ao aluno. Se compararmos o recurso didático utilizado na escola como o livro didático composto por textos escritos, a um trabalho com apresentação de documentários e vídeos transmitidos pela TV, possuidora de imagens fascinantes, ao passar do tempo perceberemos que o mais significante dos dois métodos será a mídia televisiva. Através da utilização da imagem ela consegue atrair e envolver o telespectador, de tal forma, que o aprendizado acontece de uma forma que nem se percebe. Entretanto, não podemos deixar-nos ludibriar por esse sistema, que muitas vezes nos impõe verdades que não são absolutas e muitas vezes errôneas.

A propósito Penteado diz que, a televisão mobiliza

a consciência icônica do educando através da representação de situações de sua experiência de vida. A consciência simbólica, que é lógica e permite raciocinar além do sentir imediato, é a meta. O diálogo a partir da consciência icônica, o questionamento, a indagação, a informação fundamentam o método, que deverá levar o educando de um ponto a outro. "Ver" uma imagem representando uma situação não é a mesma coisa que "ler sobre a situação". A palavra dá margem à construção da representação mental ao sabor do receptor. A figura delimita-a em grande parte, posto que a circunstancializa a imagem. Garante que emissor e receptor da mensagem centrem suas atenções sobre a mesma circunstância. Quando o signo utilizado para trazer à situação de ensino a realidade considerada é a palavra, há a possibilidade de que o professor esteja destacando um determinado recorte da realidade e que o aluno esteja focalizando outro. Isto ocorre porque ambos tomam como referencial as suas experiências, quase sempre diferentes. A figura traz a consciência icônica, baseada no sentimento e na intuição, construída cotidianamente nas relações com as coisas (PENTEADO, 1991, p. 106).

O que se pretende não é banir a mídia televisiva da vida das crianças, mas sim que ela seja selecionada e acompanhada por um responsável que possa dirigir as idéias que forem sendo transmitidas. Segundo Belloni,

é preciso, porém, não exagerar a importância da televisão na vida das crianças. Propiciando uma comunicação unilateral, onde a criança é espectador – mais ou menos passivo, mas de qualquer modo nunca participante, isto é, podendo interferir no discurso da telinha – a televisão não substitui a comunicação intersubjetiva presente nas relações entre a criança e as pessoas que fazem parte de seu universo (BELLONI, 1991, p. 34).

A mídia pode sim, auxiliar o desenvolvimento infantil, para isso basta sermos mais cuidadosos e impormos limites ao que nossas crianças podem assistir, direcionando a elas programas que sejam mais educativos.

Esse trabalho, acima incumbido à família, deve ser feito também junto a escola, onde os professores deverão formular metodologias que trabalhem diretamente com a mídia, educando seus alunos, pois os pais que trabalham fora, com a vida corrida que vem tendo, não têm tempo para observar o que seus filhos vêm assistindo, tornando-se a escola um importante aliado não à busca do fim ao consumo televisivo, mas sim a busca de uma re-educação televisiva.

A parceria da escola e da família torna o processo educativo mais completo e eficaz. Os professores trabalhando com a cultura dos seus alunos, com aquilo que eles já têm de conhecimento, tornam a prática pedagógica mais atraente. Desta forma é possível atingir todas as necessidades de ensino-aprendizagem dos alunos e ao mesmo tempo esclarece assuntos apresentados pela mídia, como: a violência, a educação sexual, a diversidade cultural e outros.

Deve ser também do interesse da escola, passar para o educando a importância do enfoque social, cultural e político da mídia, usando-a como objeto de estudo. Os professores, também possuem um papel dentro deste processo, o de utiliza - lá como instrumento pedagógico. Segundo Guimarães

É necessário haver mediação do professor, que estará sempre entre o aluno e o meio de comunicação, promovendo e incentivando leituras críticas do próprio meio, das práticas de linguagem e dos conteúdos por ele vinculados, posição esta com a qual estamos inteiramente de acordo. (GUIMARÃES, 2001, p. 108)

Dentro desta perspectiva o professor deve ser um mediador desse instrumento de informação, buscando trazer para os alunos o que há de bom, é claro que sem esconder as coisas ruins que fazem parte da realidade do educando.

Assim como Penteado, proponho uma Pedagogia da Comunicação,

que considere a realidade da vida de nossos alunos, hoje profundamente marcada pela experiência televisiva; que distinga ponto de partida de ponto de chegada, no trabalho escolar; que recorra á utilização da imagem e do processo dialógico, para a construção da consciência crítica do aluno; que conceba ensino como comunicação que conduz à aprendizagem, esta entendida como produto de um processo de busca, de pesquisa, e ambos, ensino e aprendizagem, como aspectos interdependes de um mesmo processo, e complementares (PENTEADO, 1991, p.09).

Contudo, a televisão não é somente um meio de comunicação negativo, como já falei anteriormente, mas também possui muitos pontos positivos. De acordo com Gentile (2006, p.44) "tudo na TV pode ser aproveitado, basta saber fazer uso dela, estudando-a e debatendo-a também, em sala de aula".

Para isso, o docente deve criar metodologias que englobem a mídia e seus aspectos para trabalhar com seus alunos, de maneira que traga uma mudança na percepção deles frente à TV, educando-os frente ao que é transmitido pela televisão.

Por fim, acredito que a utilização, não só da televisão, como das mídias em geral, deve ser visto como um desafio aos educadores, uma questão de prioridade que propiciará ao educando estar preparado para enfrentar a realidade tecnológica na qual está inserido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dentro do período de quatro anos aos quais realizei minha graduação, percebo que muitas são as debilidades do curso. Uma delas justamente voltada às tecnologias. Apenas duas disciplinas comportaram em suas metodologias a temática das mídias. Acredito que isto já seja um sinal para voltarmos o nosso olhar para as tecnologias. Se em nossa preparação acadêmica não temos o preparo adequado, certamente em nossa prática não iremos utilizá-las. Sendo assim, é visto que não só a escola, mas também as universidades vêm negando uma parte muito importante da nossa realidade que são as tecnologias voltadas à comunicação de massa.

Como Guimarães (2001), Penteado (1991) e muito outros estudiosos defendo a utilização da TV e suas técnicas como didáticas de sala de aula,

com a ressalva de que é necessário haver a mediação do professor, que estará sempre entre o aluno e o meio de comunicação, promovendo e incentivando leituras críticas do próprio meio, das suas práticas de linguagem e dos conteúdos por ele vinculados (GUIMARÃES, 2001, p.108).

Entretanto, se não tivesse tido o interesse de ir com mais profundidade em meus estudos sobre o assunto, certamente em minhas aulas eu não daria tanto respaldo a parte tecnológica, ou então, não utilizaria de forma adequada este recurso.

Em resumo a este estudo, verificou-se primeiramente que não podemos negar a presença dos meios de comunicação, e que eles precisam ser mediados quando propostos as crianças em meio escolar, pois a elas serão transmitidos inúmeras informações sem qualquer tipo de discernimento. Em segundo lugar, nós professores precisamos colocar a temática da televisão e sua utilização como desafio nos cursos de formação, pois como bem coloquei, não tem tido um enfoque que considero significativo. E por fim, estabelecer um trabalho conjunto entre família e escola, as quais irão mediar todo este trabalho.

Penso que este trabalho servirá para que os educadores vejam a utilização do recurso televisivo com outros olhos, não mais como apenas um via de mão única, a qual apenas informa. Mas uma via de mão dupla, a qual necessita de um mediador, que segundo Guimarães (2001, p.108) "estará sempre entre o aluno e o meio de comunicação, promovendo e incentivando leituras críticas do próprio meio, das suas práticas de linguagem e dos conteúdos por ele veiculados."


REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem. A complicada Arte de Ver. Jornal Folha de São Paulo, São Paulo, 26 out. 2004. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha:sinapse/ult1 063u947.shtml>. Acesso em: 01 nov. 2008.

BELLONI, Maria Luiza. O que é Mídia-Educação. São Paulo: Autores Associados, 1991.

CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2006.

GENTILE, Paola. Revista Nova Escola. Escola e família. Todos aprendem com essa pareceria. ed.193. São Paulo:Abril, 2006.p. 32.

GIANCATERINO, Roberto. Escola, professor, aluno: os participantes do Processo Educacional. São Paulo: Madras, 2007.

GUIMARÃES, Glaucia. TV e escola: Discursos em confronto. São Paulo: Cortez, 2001.

GUTIÉRRES, Francisco. Linguagem total uma pedagogia dos meios de comunicação. São Paulo: Summus, 1978.

NETO, Pedro Torres. Educação pela TV. Guanabara: O Cruzeiro, 1971.

PENTEADO, Heloísa Dupas. Televisão e escola: conflito ou cooperação. São Paulo: Cortez, 1991.

POSTMAN, Neil. O desaparecimento da infância. Tradução de Suzana Menescal de Alencar Carvalho e José Laurenio de Melo. Rio de Janeiro: Graphia, 1999.

* Textos em meio eletrônico:

WIKIPÉDIA. In: A ENCICLOPÉDIA livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Mídia >. Acesso em: 07 mai. 2008.

GLOBO.COM. In: ECONOMIA e negócios.Fogão, geladeira e televisão prevalecem nos lares brasileiros, revela Pnad. São Paulo, 2008. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL764514-9356,00- FOGAO+GELADEIRA+E+TELEVISAO+PREVALECEM+NOS+LARES+BRASILEIROS+REVELA+PNAD.html >. Acesso em: 10 mai. 2009.


Autor: Fernanda Brum Martins


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