À Jussara




À  Jussara

A você que me ensinou (sem pretensões) o amor singelo.

A você que chorou comigo as dores da ingratidão.

A você que sem nada em troca,

estendeu seus braços que me confortaram



Uma nuvem cobriu meu sol por um tempo.

Sua voz rouca chamava-me à vida.

Sua presença fraterna fazia me sentir num açude calmo.

Era uma fada?Era uma rainha?Quem jamais o saberá?



Sua ausência é doçura,

que cultuarei nas minhas meditações.

Em vão, tentei alcançar outra vez sua alegria.

Restou tua poesia num ressoar de aves e angústia.



Criou assim com teu exemplo,

O pensamento solidário que se traduz em ligação perene.

Da saudade dos anjos nesta lágrima sentida.

Uma saudade que transcende qualquer tempo.




Saudade-eu digo- e floriu esta rosa,

perfumando a tarde melodiosa.

Uma rosa que contém a pura essência

do amor que distribuiu e agora perdura.


Por ter sido profundamente humana,

Reservou para nós a hora do crepúsculo

para a plenitude de nosso encontro.

Num recanto sublime da eternidade.


Deixo o luar pousar em meus versos tristonhos.

Acompanho a dor dos que ficaram. Em silêncio,

transporto minha oração pelas mãos dos santos e arcanjos.

Deus a recebe de braços abertos .Sinto o seu sorriso estampado.


Esteja com Ele amiga!

Não é um lamento.

Apenas um brinde nestes versos repletos de saudade.


Autor: id� RBB


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