JONAS O FUGITIVO



Sou Jonas, recebi certo dia um convite para que fosse a cidade de Ninive e lá falasse de Deus e sua misericórdia, deveria dizer a ela que seu pecado já cheirava mal diante de Deus. Eu me achava um conhecedor da vontade de Deus. Devido a isso eu sabia o que Deus faria áquele povo. Quando a palavra de Deus veio a mim me dispus logo, só que a fugir de sua presença.

Porque eu iria sair do aconchego de minha casa se Deus é misericordioso, eu sabia que Ele iria perdoar e salvar aquela cidade. Achei então que poderia fugir de sua presença. Imagine a cena, eu fugindo de Deus. Comprei passagem, meio cabreiro, olhando de um lado para o outro, como se alguém estivesse a me perseguir. Embarquei e com o balanço das águas foi dando aquele sono. Deitei ali mesmo e apaguei. O sono me roubou até sem eu ver e perceber os acontecimentos lá fora.

Deus tocou o mar, ele começou a se agitar, o vento trouxe tempestade, todos a bordo começaram a se desesperar. Não sabiam o que fazer e muito menos de onde vinha tamanha surpresa marítima. Começou a bordo um festival de deuses. Cada um clamava o seu deus ao mesmo tempo. Até aqueles que julgavam não crer em nada ali entendeu a necessidade de ter um ajudador.

Tudo que havia de embarcação foi lançado ao mar para que não viéssemos a morrer em pleno mar. Porém de nada ajudava. A fúria marítima continuava. Meu sono era profundo mesmo com essa confusão toda. "Todos os marinheiros ficaram com medo e cada um clamava ao seu próprio deus. E atiraram as cargas ao mar para tornar o navio mais leve Enquanto isso, Jonas, que tinha descido ao porão e se deitara, dormia profundamente." (Jonas 1:5)

Quando já não sabiam mais o que fazer chegaram até a mim. O mestre ficou horrorizado de me ver dormindo em meio a tormenta. Me pediu quefalasse ao meu Deus já que o deles nada pode fazer. Queriam saber por meio de quem o mar estava tão bravio. Acordei do sono espiritual e humano, ali entendi que Deus estava era bravo comigo e que de nada adiantara o que estavam fazendo. A sorte quando jogada caiu sobre mim, eu sabia do meu erro.

Correram todos para cima de mim, em uma só voz disseram o que fez? Porque causou tanto furor ao seu Deus. Parecia simples fugir da presença de Deus. Mas não era como eu havia imaginado mesmo estando escondido aos olhos humanos de Deus eu não fugira.

Me perguntaram então o que fazer, quem eu era. Contei minha história ""Eu sou hebreu, adorador do Senhor, o Deus dos céus, que fez o mar e a terra"."(1:9) houve um grande temor naquele lugar, para que o mar se acalmasse eu deveria ser entregue a ele. "Visto que o mar estava cada vez mais agitado, eles lhe perguntaram: "O que devemos fazer com você, para que o mar se acalme?" Respondeu ele: "Peguem-me e joguem-me ao mar, e ele se acalmará. Pois eu sei que é por minha causa que esta violenta tempestade caiu sobre vocês". (Vv 11, 12)

Tentaram de tudo para que isso não ocorresse, mas não adiantava, sendo assim me lançaram ao mar. "Em seguida pegaram Jonas e o lançaram ao mar enfurecido, e este se aquietou." (v.15)

Um grande peixe me engole. Fio ali três dias "Dentro do peixe, Jonas orou ao Senhor, o seu Deus. E disse: "Em meu desespero clamei ao Senhor, e ele me respondeu. Do ventre da morte gritei por socorro, e ouviste o meu clamor. Jogaste-me nas profundezas, no coração dos mares; correntezas formavam um turbilhão ao meu redor; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim. Eu disse: Fui expulso da tua presença; contudo, olharei de novo para o teu santo templo. As águas agitadas me envolveram, o abismo me cercou, as algas marinhas se enrolaram em minha cabeça. Afundei até chegar aos fundamentos dos montes; à terra embaixo, cujas trancas me aprisionaram para sempre. Mas tu trouxeste a minha vida de volta da sepultura, ó Senhor meu Deus! "Quando a minha vida já se apagava, eu me lembrei de ti, Senhor, e a minha oração subiu a ti, ao teu santo templo. "Aqueles que acreditam em ídolos inúteis desprezam a misericórdia. Mas eu, com um cântico de gratidão, oferecerei sacrifício a ti. O que eu prometi cumprirei totalmente. A salvação vem do Senhor". " (2: 1-9)

O peixe por ordem divina me retorna em terra firme, eu estava fedido e sujo pelo meu pecado e com uma certeza, teria que cumprir as ordens recebidas de Deus. Dispus-me fui a Ninive, mas minha teimosia e descontentamento não pararam ai. Irava-me fácil, mesmo sendo com Deus. "orei ao Senhor: "Senhor, não foi isso que eu disse quando ainda estava em casa? Foi por isso que me apressei em fugir para Társis. Eu sabia que tu és Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que prometes castigar, mas depois te arrependes. Agora, Senhor, tira a minha vida, eu imploro, porque para mim é melhor morrer do que viver". O Senhor me respondeu: "Você tem alguma razão para essa fúria?" Saí e sentei-me num lugar a leste da cidade. Ali, construí para mim um abrigo, sentei-me à sua sombra e esperei para ver o que aconteceria com a cidade." (4: 2-5)

Deus em sua infinita misericórdia, salvou aquele povo, claro que Deus não dependia de mim para que aquele povo fosse salvo. Eu seria ali um instrumento, alguém que falaria a eles na mesma língua e experiência. Eu preferi fugir de Deus e você?

Não importa onde esteja agora, o que esteja fazendo Deus te vê e deseja que você acorde deste profundo sono espiritual antes que ele tenha que te acordar com a dor. Não seja teimoso e cheio de pequenice como fui. Disponha-te hoje para fazer a vontade de Deus, para cumprir seu chamado. Não deixe a idade chegar e olhar para trás ver todas as águas agitadas e não entender o que as causou.

Ainda é tempo de acordar. Desperta tu que dormes hoje Deus quer te usar para falar ao amigo de trabalho a família. Tantos já foram jogados ao mar para aliviar a embarcação e nada resolveu. Não importe com quem esteja ao seu lado, nem com a vergonha. Se disponha a obedecer e verá como é fácil. Fugir só atrasa os planos de Deus na sua vida. E não terá o prazer de ver pessoas se rendendo ao perdão divino. ACORDA, as águas estão bravias esperando por você. Somente se acalmará quando você despertar deste sono espiritual.

Até a próxima...

Silvia Letícia Carrijo de Azevedo Sá

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Autor: Silvia Leticia Carrijo


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