Capacitação de porta-vozes deve ser prática contínua



É comum em grandes empresas a contratação do treinamento de mídia para a capacitação de porta-vozes com foco no gerenciamento de crises. Por iniciativa dos departamentos de Comunicação e Recursos Humanos, profissionais do alto escalão são submetidos ao processo de aprendizado do media training, principalmente quando alguma ameaça começa a se fazer presente: seja pela percepção de riscos iminentes na empresa ou por pressão do mercado, através da mídia, que relembra o tema ‘reputação’ como um valor corporativo que deve ser preservado.
Os grupos de executivos passam por uma imersão que pode durar até uma semana para conhecer ou relembrar e até aprender conceitos como: imagem, gerenciamento de crises, bastidores da imprensa, prática de conceder entrevistas, etc. “Até aí, a empresa só somou pontos positivos”, conclui a jornalista Aurea Regina de Sá, especialista em Media Training. “O problema começa depois do treinamento, caso não haja um programa contínuo de capacitação”, adverte a consultora que tem 22 anos de experiência.
Para a eficácia do aprendizado, é necessária a continuidade, a prática repetitiva para que o aprendizado seja internalizado e sólido. O risco da dispersão de informações acontece principalmente nos casos em que o porta-voz não é muito requisitado e, portanto, não está em permanente contato com os jornalistas da imprensa. Segundo Aurea Regina de Sá, o ideal para manter os porta-vozes preparados é um programa prolongado de capacitação com oportunidades de reciclagem e revisão dos conceitos estudados. Os resultados são claros: maior percepção sobre a importância das mensagens repassadas à imprensa e reforço no aprendizado das habilidades requisitadas para o trato com os jornalistas.

Autor: Aurea Regina de Sá


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