MISSIONÁRIO (Soneto)



 

Pela cidade, ou região deserta,
adentrando palácios e favelas,
sob a brasa de apupos e querelas,
levas o verbo santo que liberta.

O sol abrasador, chuvas, procelas,
nada te impede a caminhada certa.
E, no final da trilha, a descoberta:
a ovelha desgarrada, por quem zelas.

És, para muitos, um visionário,
um insensato, ingênuo e descortês,
porque não passas de um missionário.

Mas, quem te conheceu alguma vez,
faz de tua palavra um relicário,
louva e bendiz a tua insensatez!

Autor: Antônio Manoel ALVES RANGEL


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