Sofrimento Humano e Busca de Sentido: Relato de uma Experiência com o Sofrimento



Resumo: Este trabalho traz um relato acerca da experiência particular de um indivíduo em relação a uma doença grave que lhe traz sofrimento. Partindo do pressuposto básico da busca de sentido e da questão do ser em relação à espiritualidade, objetiva-se trazer um maior esclarecimento acerca da experiência particular de sofrimento.

Palavras-chave: sofrimento, experiência particular, busca de sentido.

Relato de uma experiência particular:

Quando um indivíduo nasce com alguma enfermidade, parece que não há perspectivas para esse mesmo indivíduo. As pessoas ao redor do enfermo não apostam que este consiga se desenvolver. Na verdade, como todo ser no mundo esse indivíduo que sofre consegue se desenvolver e buscar um sentido em sua vida. Para todo e qualquer ser que nasce, espera-se que as melhores condições físicas e psíquicas estejam a favor desse novo ser que acaba de nascer.

Mas quando nasce alguém com alguma necessidade especial, não são esperadas as melhores condições apesar de os pais visarem alcançá-la. Estes se apegam à fé como um refúgio do sofrimento de ter um filho enfermo. Responsabilizam a DEUS por ter trazido um filho com uma deficiência física. O indivíduo com necessidades especiais assim como qualquer outro ser humano, não nasce com um destino pré-estabelecido. Na verdade, deve construir ao longo de suas vivências um sentido para a sua existência com um ser que está no mundo. A esperança de continuar lutando para viver em um mundo em que as condições são desfavoráveis para um indivíduo com uma deficiência faz com que não somente os pais incentivem o seu filho como também o motiva a continuar a sua jornada.

Estando no mundo como um ser que não é dado, o indivíduo sofre vivencia a angústia que lhe possibilita uma abertura. De acordo com esse ponto de vista, não há como supor que o destino desse mesmo indivíduo está dado. Mesmo com a possibilidade de um fim próximo, não se pode afirmar que o indivíduo com deficiência não terá possibilidades de construir a sua essência com um ser aí no mundo. Para que um indivíduo que sofre física e psiquicamente busque algum sentido em sua vida, a fé torna-se um meio de amenizar o sofrimento. Não seria no caso de responsabilizar a DEUS por suas limitações, mas buscar nesse ser superior uma possibilidade de enfrentamento das dificuldades que venham a surgir. Mesmo no caso de doenças terminais, a crença religiosa possibilita o enfrentamento da morte sem que haja prejuízo para o indivíduo que irá partir e para os seus familiares.

Essa crença motiva a continuar enfrentando os desafios e a ter esperanças mesmo em caso de perdas que possam ocorrer. A aceitação do fim da existência faz parte da condição de ser para a morte descrita por Heidegger. De acordo com esse autor, o ser humano mesmo fugindo da possibilidade de morrer, se vê ligado a essa possibilidade (Cf. FERREIRA, s/d.). O cotidiano de uma pessoa com deficiência mostra o quanto há a tentativa de encobrir a possibilidade de que esse mesmo ser venha a morrer. Através de experiências cotidianas de indivíduos que sofrem de doenças graves, percebe-se o quanto a crença está presente. Essa mesma crença se relaciona ao medo de perder esse mesmo indivíduo com deficiência. Independentemente da religião de cada família, há uma crença que se relaciona ao medo de perda de algum ente querido. No caso de momentos difíceis como, por exemplo, uma doença grave que incapacita o indivíduo, a família expressa um desejo de que seu ente querido seja curado e viva vários anos apesar do diagnóstico não ser favorável para o mesmo.

Ao invés de aceitar o que se coloca e procurar continuar a viver apesar das perdas, tanto a família como o deficiente físico se apegam a uma esperança que às vezes não é verdadeira. Acabam por fugir da condição de ser para a morte que todo e qualquer indivíduo apresenta. A crença no transcendente por parte de qualquer indivíduo inclusive o deficiente se relaciona à dimensão espiritual que, de acordo com a fenomenologia, se distingui da dimensão psíquica.

De acordo com Nietzsche, em sua busca de se tornar o super-homem, cada indivíduo busca superar a sua condição de homem com base em nova tábua de valores. O mesmo ocorre com o indivíduo que sofre que deve superar a sua condição anterior para que, buscando novos valores que correspondem ao super-homem (C.f VIGANÓ, 2003). O sofrimento é essencial para a natureza do homem como diz Nietzsche e mais ainda, representa uma criatividade por parte de cada indivíduo (idem, idem). No caso do indivíduo com sofrimento, lidar com o sofrimento envolve o reconhecimento acerca daquilo que é essencial no sofrimento de cada pessoa.

Quando uma pessoa que sofre um acidente em seu auge da força e vigor físicos, parece que o mundo terminou para esse mesmo indivíduo. Mesmo alguém que tenha uma doença degenerativa que progride com o tempo, parece que não há possibilidades de continuar vivendo. O corpo não responde mais a aquilo que cada indivíduo espera. Em muitos casos, esquece-se que o indivíduo tem um corpo que mesmo sendo defeituoso não perde a sua importância. As perdas são interpretadas como sendo maiores do que se imagina e em muitos casos não há interesse por este corpo. De acordo com Merleau-Ponty, há um corpo-consciência que ao se relacionar perceptivamente com o mundo, se envolve pelo mesmo (C.f.VIVIANI, 2007). O corpo da pessoa que sofre também se relaciona com esse mundo, fazendo com que mesmo com as perdas motoras e físicas não impeçam que esse indivíduo se envolva com o mundo. A mente não funciona separadamente do corpo. Este deve ser valorizado da mesma forma que outros corpos que apresentem vida.De acordo com a experiência de um indivíduo que sofre de uma doença degenerativa, percebe-se que muitas vezes a questão corporal não é devidamente considerada.

Mesmo que a deficiência não permita a mesma eficiência em termos de realização de atividade, a experiência mostra que o corpo ainda pode ser valorizado pelo indivíduo. Uma das questões mais difíceis de serem trabalhadas se relacionam à sexualidade. Há uma dificuldade referente à aceitação de um corpo com marcas de uma deficiência ou de uma perda. Outro aspecto não mais importante corresponde ao campo das relações entre o deficiente físico e outros sujeitos.

Ao se considerar os relacionamentos interpessoais que a pessoa que sofre estabelece ao longo de sua existência no mundo, percebe-se que não são todos os indivíduos que estão preparados para lidar com as particularidades do deficiente. Não são apenas particularidades referentes ao cuidado do dia-a-dia, mas também ao convívio com esse ser humano. Não há uma consideração que não passe pela questão da diferença física entre o indivíduo que sofre e um indivíduo que é considerado "normal" para padrões estatísticos. As relações não são suficientemente profundas ao ponto de haver um maior entendimento acerca das dificuldades, dos desafios, das preferências e de quaisquer outras manifestações inerentes ao ser-no-mundo que é a pessoa com deficiência.

Esse indivíduo é visto com olhos de pena pelos outros ao seu redor. Sentimento esse que não auxilia na superação das dificuldades e dos desafios do dia-a-dia.O sofrimento com algo que caracteriza toda e qualquer pessoa, não pode ser encoberto muito menos retirado da condição de ser humano de cada um. Principalmente como uma manifestação única no caso de doenças graves que possam acometer todo e qualquer ser humano. Não permitir a expressão de tristeza e determinar que apenas se deva demonstrar felicidade, faz com que não se assuma uma condição de aceitação da própria condição de cada indivíduo. Nem sempre, as pessoas têm que demonstrar apenas a felicidade.Momentos de solidão, raiva, desgosto devem ser possibilitados para que cada pessoa consiga lidar com as perdas. A experiência de ser deficiente envolve não somente momentos de felicidade, mas também raiva, tristeza, perda e outros sentimentos que fazem parte de qualquer indivíduo.

Com relação aos sentimentos expressos pela pessoa com sofrimento, há certa dificuldade por parte das outras pessoas com relação ao entendimento acerca das necessidades emocionais que esse mesmo indivíduo expressa. Lidar com o sofrimento do outro requer que cada pessoa lide com os seus próprios sentimentos, o que não é fácil para qualquer indivíduo. A experiência como uma pessoa com deficiência mostra o quanto é difícil demonstrar os verdadeiros sentimentos para as outras pessoas. Assim como é difícil para qualquer ser humano se desvencilhar dos valores e convicções, para uma pessoa com deficiência há a dificuldade de fazer a redução. Valores familiares e convicções pessoais que o indivíduo que sofre assume ao longo de sua jornada como ser no mundo, podem tornar-se um obstáculo ao relacionamento com outra pessoa, principalmente no caso de se manter um relacionamento afetivo e amoroso com o outro.

A questão da crença em Deus se relaciona com os sentimentos do indivíduo com deficiência na medida em que há a esperança de que esse mesmo Deus possa facilitar a conquista de um relacionamento afetivo e amoroso por parte do deficiente. Este por possuir essa crença, não se empenha em fazer a sua parte para que tenha um relacionamento com outra pessoa. Através da experiência de ser um indivíduo que sofre, pode-se perceber que há uma dificuldade referente ao fato de ter que se relacionar com outras pessoas, principalmente indivíduos aos quais se tenham maiores sentimentos. A crença deveria possibilitar que a pessoa com deficiência se empenhasse mais para conquistar aquilo que deseja alcançar. Através do fato de que há uma entrega à Deus, percebe-se que há pouco esforço por parte do deficiente para conseguir realizar os seus desejos. Não é o simples fato de que a deficiência visível impeça a aproximação entre duas pessoas, mas o fato de que também o deficiente não possibilita uma oportunidade de aproximação por parte do outro.

Através da experiência de convívio com a deficiência, nota-se que não há apenas conflitos com pessoas que não fazem parte do convívio familiar do deficiente. Há também tensões dentro da própria família. Tendo consciência da finitude a qual todo e qualquer ser humano se encontra, os pais do indivíduo que sofre de enfermidades não aceitam a idéia de que possam perder a qualquer momento o seu amado filho. Não o preparam para ter que lidar com esse fato. Na verdade, o preparam para lutar contra a finitude sem que haja um trabalho voltado para a aceitação da morte. A vida torna-se mais importante para os pais do que para o próprio indivíduo com deficiência.

Outra questão relevante acerca do indivíduo que sofre diz respeito às dificuldades de inserção no meio social. O meio físico impõem uma série de barreiras não somente arquitetônicas, mas também psicológicas. Escadas, degraus de grande altitude e passeios sem rebaixamento são exemplos de barreiras arquitetônicas, mas o que mais aflige o deficiente são o preconceito e as atitudes das outras pessoas ao seu redor. Diversas formas de tratamento mascaram o que na verdade é o preconceito e o desrespeito para com o deficiente. Através da experiência de ser um deficiente, sente-se que apesar de ter havido uma melhora referente ao espaço físico, ainda há muito a ser feito para que haja uma maior inserção social do deficiente físico de forma geral.

A inserção social pode ser considerada uma forma de estabelecer contato com o mundo ao seu redor. Apesar de haverem escolhas pessoais e livres, qualquer indivíduo estabelece vínculos com as pessoas ao seu redor. Não há como se considerar o desenvolvimento psicológico de qualquer pessoa com deficiência sem que haja uma inserção desse mesmo indivíduo no meio social ao qual está inserido.

O reconhecimento do deficiente por parte dos outros indivíduos da sociedade é possibilitado apenas quando o próprio deficiente consegue superar as dificuldades impostas pela sociedade. A criatividade e a genialidade são possibilitadas a partir do momento em que o indivíduo busca entender quais habilidades podem ser desenvolvidas após a deficiência ter progredido. Não que ele apresente dons mágicos ou desenvolva habilidades superiores. Apenas se dá conta de quais aspectos possam ser trabalhados já que perdas foram ocorrendo.

Através da experiência particular com uma deficiência, percebe-se que a sociedade ainda não está completamente preparada para lidar com o fato de que o indivíduo com doenças graves devam ter acesso aos recursos básicos de uma inserção social como os demais cidadãos. Mesmo que sejam recursos que para a maioria da outras pessoas possam ser tidos como dispensáveis. Não são apenas leis relacionadas com questões do espaço físico, mas leis que visem destinar dentro daquilo que é permitido uma parcela de participação do indivíduo com deficiência.

A questão da crença no transcendente pode ser aplica no contexto social na medida em que através dessa mesma crença é que o indivíduo com deficiência conseguirá superar as barreiras correspondentes à inserção social. A partir desse ponto de vista, o indivíduo com deficiência não se sente isolado na luta por sua inserção na sociedade. É um motivo a mais para que o deficiente não se sinta sozinho em sua existência com ser no mundo. Apesar de depender em grande parte de suas próprias escolhas que o levam à inserção social, o indivíduo com sofrimento não o faz individualmente. Há uma necessidade de estabelecer um relacionamento social adequado e que possibilita trocas entre os indivíduos. Não há como se considerar um ser humano sem que haja um contato com outros humanos.

Em sua busca por melhores condições, e pessoa com deficiência se depara com escolhas ou caminhos a serem traçados. Diante de uma deficiência que se instala, cada indivíduo se vê diante de escolhas. Pode sentir-se inibido diante de seu problema ou ir em frente para continuar a sua trajetória existencial. Em muitos casos, o indivíduo com deficiência se integra a uma vida voltada para o atendimento de suas necessidades básicas. A questão mencionada anteriormente se opõe à busca de sentido.

De acordo com Victor Frankl, o ser humano busca alcançar não uma situação de equilíbrio com redução de tensão imediata, mas um sentido. Esta não se resume a apenas a satisfação de necessidades biológicas, mas se relaciona à identificação de qual necessidade apresente um sentido para a vida de cada indivíduo. No caso do deficiente, o que motiva a continuar a sua trajetória existencial é muito mais do que apenas satisfazer necessidades diárias de alimentação, necessidades fisiológicas entre outras. A vontade de sentido subjaz a toda e qualquer ação que o humano venha a desempenhar em sua vida como um todo.A experiência mostra que a vida de um deficiente não pode se resumir ao dia-a-dia. Há um direcionamento para que sejam alcançados objetivos que estejam relacionados às possibilidades do deficiente. Dentro de uma gama de possibilidades de escolha, há objetivos que podem ser alcançados e outros que estão situados fora das possibilidades do deficiente. Apesar disso, não se deve perder de vista a condição de abertura que corresponde à existência do ser no mundo.

A perspectiva de futuro não pode ser considerada como inexistente. Se fosse dessa forma, a condição humana seria negada por completo. Não é o fato de se ter uma deficiência que impede o estabelecimento de uma perspectiva de futuro por parte do deficiente e de seus familiares. Na verdade, a perspectiva de futuro é que subjaz a toda e qualquer ação que o deficiente venha a desempenhar. A perspectiva de cura e de tratamento para a enfermidade por parte do deficiente desempenha um papel importante em relação aos objetivos que o próprio deficiente visa alcançar.

Através do contato com uma deficiência, nota-se que o esforço de impedir que uma deficiência traga mais prejuízo físico e mental que o deficiente desenvolve por si só corresponde a uma construção de sentido para a vida desse mesmo deficiente. A dor e o sofrimento físico e psíquicos podem ser interpretados de diferentes modos por parte do indivíduo. A questão acadêmica também se torna relevante ao longo desta discussão.

A perda da força física que a deficiência traz ao indivíduo faz com que o mesmo se empenhe em atividades que não envolvam esforço físico. As atividades intelectuais e profissionais preenchem o espaço destinado ao esforço físico que um indivíduo em sua plena forma física pode realizar. Mas há casos em que o deficiente sente-se inibido diante do fato de ter que continuar com os estudos. O fato de ter que superar as dificuldades referentes aos exames, às provas e aos assuntos acadêmicos pode se tornar, na maioria dos casos, uma barreira diante do deficiente.

Lidar com as responsabilidades que um meio acadêmico impõe ao indivíduo pode fazer com a pessoa com deficiência fique inibida e passe a não buscar superar as dificuldades. O ser humano, estando em condição de liberdade e sendo responsável por aquilo que escolhe para a sua vida, depende apenas de si mesmo para construir a sua existência no mundo. Sendo assim, o indivíduo com deficiência ao fazer uma escolha de entrar em uma faculdade ou passar em um concurso para conseguir um cargo deve se responsabilizar por sua escolha, dependendo apenas de si mesmo para continuar a sua trajetória existencial. Mesmo diante de um obstáculo que o mundo acadêmico e o mundo profissional lhe impõem, o deficiente deve ter responsabilidade após decidir entre continuar lutando ou desistir de enfrentar as dificuldades.

A forma como o deficiente físico lida com mundo ao seu redor e com as pessoas também é importante. O deficiente por se sentir diferente dos demais indivíduos e por ter enfrentado perdas ao longo da convivência com a deficiência, recorre ao que se poderia chamar de uma "couraça" que o protege dos perigos do mundo que passa ser visto como sendo perigoso e prejudicial pelo mesmo. Os outros ao seu redor entendem que essa atitude do deficiente se constitui como uma forma de timidez. Na verdade, não seria uma forma de timidez, mas uma maneira que o indivíduo com sofrimento encontra para se relacionar com o mundo que lhe impõe barreiras e obstáculos.

A solidão que o deficiente vivencia se relaciona às perdas que esse mesmo indivíduo enfrenta ao longo da convivência com a sua deficiência. De acordo com SEEWALD (1995), a dor e o sofrimento que o indivíduo experimenta se originam a partir das perdas que vão ocorrendo. Ainda de acordo com esse autor, a solidão pode ser analisada através da capacidade de o indivíduo estar sozinho a partir da ausência de outra pessoa. Em termos ontológicos, a solidão pode ser considerada como própria da condição do ser humano. Nesse sentido, para o deficiente e para qualquer indivíduo há momentos em que há uma necessidade de entrar em contato consigo mesmo.

Mesmo que a experiência particular que cada indivíduo com deficiência vivencia, pode-se considerar que a estrutura da qual essa mesma experiência ocorre é a mesma que a de um indivíduo que não apresenta deficiências. Apesar dos modos de se viver o sofrimento ser distintos para cada indivíduo, considera-se que há uma estrutura comum que não torna o indivíduo que sofre como sendo inferior ou superior a todo e qualquer ser humano.

CONCLUSÃO:

A experiência de convivência direta com o sofrimento e com a deficiência é única para cada indivíduo. Não há como deduzir toda e qualquer vivência relacionada ao sofrimento a um único modelo pré-concebido. Assim como qualquer ser no mundo, o deficiente se constitui a partir de sua relação como o mundo que lhe cerca. Primeiro vive para posteriormente construir a sua essência. O sentido da experiência de sofrimento está nas emoções e nas alegrias que a vida pode trazer para cada indivíduo. Sentimentos, afetos, relacionamento entre outras manifestações que incidem sobre o deficiente estão presentes ao longo de toda a existência nesse mundo.

Sentimentos, emoções, afetos entre outras manifestações humanas estão presentes também no caso da deficiência. Mas o que as distinguem daquilo que os outros indivíduos experimentam é o impacto que essas mesmas manifestações são vivenciadas pelo indivíduo com sofrimento. A crença religiosa também é vivenciada de forma diferente, sendo mais um motivo para que o indivíduo com deficiente continue a sua trajetória nesse mundo. Dentro da perspectiva dos autores que foram abordados, questões como a valorização do corpo que apresenta marcas de uma deficiência, a busca de uma condição e sentido e a liberdade com responsabilidade devem ser destacada quando se considera um indivíduo com sofrimento físico e psíquico.

BIBLIOGRAFIA

FERREIRA, Acylene Maria Cabral. Culpa e angústia em Heidegger. Cogito, vol.4, p.75-79, 2002.

SEEWALD, Frederico et.al. O tema da solidão: Klain e Winnicot revisitados. R Psiquiatria, RS, v.XVII, n.1, p.29-37, 1995.

VIGANÓ, S. A idéia de sofrimento em Nietzsche. Cientefico, Salvador, v.I, Ano III, 2003.

VIVIANI, A.E.A., O Corpo Glorioso: um diálogo entre Merleau-Ponty e Michel Serres. E-compós , Brasil, p.1-20, Agosto de 2007.

TITULAÇÃO DO ESCRITOR DESTE ARTIGO:

O referente autor do artigo em questão é um aluno da graduação em Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais.

Uberlândia MG.


Autor: Otávio Naves Micheloto


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