Retalhos...
Quando o fim chegar
Quero me sentir satisfeita
Sem sombra de qualquer lamento
Talvez por isso seja intensa
Essa minha geografia
Verbalizando a dor
Nessa metamorfose ambulante
Passeio pela vida
Num compasso de dança
Despertando a alma
Que se expande e transborda
Transpira por todos os poros
Alimentando-se de prazer.
O corpo muda e se reiventa
Imagem que por si só não é densa
Para viver como uma onda
Na natureza generosa
Fazer uma releitura diferente
Embalando coisas preciosas
Tendo olhos que se aguçam
Na imensidão azul
Para mergulhar sem medo
Encontrar a calma
Num céu tingido de anil
São pedaços de mim
Numa moldura antiga,
Imagem despretensiosa
Em nenhuma forma de textura.
Autor: lucia czer
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