Alter Ego!



Alter Ego!!

Parei no semáforo o meu carro logo a frente
Toda a minha gordura pelo banco esparramada
Na rua passava um moça esbelta bonita e sarada
Saí de mim e naquele corpo segui em frente

As pessoas olhavam para mim como invejosas
Eu fazia tipo de que não era observada em nada
Mas por dentro eu era as várias obras enganosas
A rua como passarela para uma criatura e um nada

No repente buzinas invadiram minha mente
Não pude definir, as cores misturavam ali na frente
Por instantes era um dautônico, quiçá um demente

O vermelho sumiu o amarelo vazou e o verde veio
Senti um puxão na alma e dentro do corpo feio
Pisei no acelerador, recolhi meu desejo no alheio
(Ademar Oliveira de Lima)
Autor: Ademar Oliveira de Lima


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