Direito de Voto! Poder do Cidadão ou Movimento Cultural?



Direito de Voto! Poder do Cidadão ou Movimento Cultural?

Venho aqui a esta comunidade fazer um desabafo feito de um eleitor frustrado. Apendi com meus pais que numa democracia o voto é uma força, força que pode mudar o destino político de um povo. Aprendi que o voto é uma arma poderosa contra as oligarquias ditatoriais, evitando que o povo tenha que se submeter a um domínio arbitrário. Imaginava o voto como algo de suma importância, como uma arma revolucionária. O Próprio parágrafo único, do art. 1º, da CF/88, é enfático ao descrever que "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". O povo é soberano e a ele pertence o poder. Mas há uma pergunta que não me sai da cabeça: Será que o povo, esse ente possuidor de tamanho poder, tem consciência e sabe se utilizar de seus meios para modificar sua própria realidade?


Há tempos que já não acreditava na eficácia revolucionária da política, mas a causa para mim tinha outro motivo: os políticos. Mas pelo que tenho visto nas ultimas eleições não só a falta de ética e comprometimento para com os seus eleitores, por parte dos políticos, da causa a esse fim. O povo também não possui consciência da força que o voto representa. Não critico aqui aqueles que não têm nem o que comer, nem aquele que nem ao menos tem onde morar, porque esses têm muitas outras coisas mais importantes, como a busca pelo seu sustento básico, mas critico aqui a classe média que apesar de possuir toda infra-estrutura básica, não se preocupa em construir uma política sólida, baseada no comprometimento nem na consciência do direito de voto. Vejo pessoas de famílias estruturadas, que tem acesso a informação que só se “preocupam” com política de dois em dois anos, que nem ao menos sabe em quem votou na última eleição ou que propostas lhe foram apresentadas. Não existe a cobrança social a estes políticos. Será este um dos motivos para a nossa política esta caótica desta forma? To cansado de ver as eleições como movimento cultural, onde leva-se toda a família para “apertar os botãozinhos” onde a descrença social está tamanha que vota-se até por brincadeira, por arruaça, pra ver o senado, e a câmara dos deputados um verdadeiro circo. Nada contra aos possíveis candidatos, mas, vota-se em cantor, em apresentador de televisão, em atriz pornô, comediante, muitos sem nenhuma preparação para tal.


Senhores... fazemos parte da massa pensante, então, vamos fazer por onde fazer valer nossos direitos. Fazer valer nossa opinião. O estado é nosso! Nós damos poderes aos políticos. Temos que parar de culpá-los unicamente pelas mazelas sociais. Nós também somos responsáveis solidários pela forma caótica que anda nossa política. Ao mesmo tempo que os xingamos, e não sabemos em que votamos, nem suas propostas, nem os cobramos nada, deveríamos nos autoxingar também.


Ano que vem tem mais! Tomara que não veja mais a palhaça que tenho que presenciar todo ano!


Autor: Claudyvan Silva


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