Vamos demitir o ego!



 

Vamos demitir o ego!

 

 

            No livro “Business Think”, de Dave Marcum, Steve Smith e Mahan Khalsa, há belas lições do que acontece com empresas que mantêm pessoas com ego inflado em cargos de chefia, supervisão, gerência. Assim que puder, leia esse livro, é fantástico.

 

            Quero também dar minha contribuição e pedir que você assine o protesto que promovo agora: “vamos demitir o ego!”

 

            Assinou? Faça um texto numa folha e a guarde com carinho, comprometendo-se a deixar seu ego de fora. Escreva: “eu (nome) comprometo-me a deixar meu ego de fora dos negócios para que a empresa da qual sou (dono, sócio, supervisor, chefe) tenha possibilidades de sucesso”. Não é brincadeira não. Faça isso, se você nunca ouviu falar ou não leu sobre metas, é assim, escrevendo-as, assinando-as que elas têm muito mais chances de serem atingidas. Isto serve para todas as suas metas.

 

            De fato, o ego é um monstro para os negócios. Ele é o maior destruidor de oportunidades e o maior carrasco nas demissões. Chefes, gerentes, supervisores cheios de ego, estourando de tão inflado, tomam decisões absurdas, ignorantes, imbecis, simplesmente para manter a pose, sustentar a arrogância, a empáfia que lhes mantêm “vivos” e “sobre” as pessoas, as quais chama de subordinados. 

 

            O ego é um sentimento destrutivo que faz nascer semideuses (ao menos eles pensam que são) que, a todo o momento, fazem as empresas gastarem fortunas por que tomam decisões unilaterais e, quase sempre, erradas.

 

            Não há qualquer possibilidade de sucesso para empresas que têm à frente, nos cargos de gerência, chefia, supervisão, pessoas com ego inflado. Essas pessoas têm vocação para ser deuses, mas não para se relacionar com outros indivíduos e liderá-los.

 

            Uma pesquisa do “Gallup Institute” demonstrou que 77% das pessoas odeiam o chefe que têm. Pense comigo: você tem 77% de pessoas contra a empresa? Não, claro que não. Elas estão e são contra alguém, algum chefe insano que não lhes ouve, não transmite respeito, consideração, que não está nenhum pouco preocupado com os seres humanos, que são os funcionários (porque para ele, as pessoas são um bando de animais irracionais). É uma pessoa indesejada em todos os lugares, menos naqueles que privilegiam as aparências, ostentam o poder, ou seja, onde a falsidade é bem vinda.

 

            É fácil concluir que, repetidas vezes, os funcionários pedem demissão não porque não gostam de laborar na empresa, mas pelo fato de detestarem o “animal” que as domesticam.

 

            Se você é dono de alguma empresa, muito cuidado com o gerente, chefe, sei lá o que, que escolheu para estar à frente da equipe. Ele pode estar quebrando sua empresa.

 

            Chefes com ego inflado demitem para mostrar quem manda. Contratam pelo mesmo motivo, promovem, rebaixam, aumentam e diminuem remunerações, seguindo o mesmo critério. Não há como negar que durante um pequeno período, eles conseguem êxito, se é que podemos chamar assim. Todavia, em pouco tempo levarão a empresa à decadência completa.

 

            Não permita ou não se permita agir assim. Isto só fará mal à própria pessoa, que não enxerga um palmo à frente, pois o ego não a deixa perceber. Quem age dessa forma, afasta as pessoas que ama e também aquelas que a amam. No trabalho, são pessoas fechadas, que não aceitam opiniões e não ouvem conselhos. Faz imperar a cultura do medo e do achatamento da criatividade dos funcionários. Sentem-se, como chefe, o rei, o príncipe, o herdeiro do trono, o absoluto, o déspota...

            Por que isso tudo? Qual é o objetivo? Aonde chegará agindo dessa forma?  

            Se você está percebendo que é assim que age com seus funcionários e pretende mudar suas atitudes e deixar seu ego do lado de fora da empresa e da sua vida como um todo, este é o momento para agir. Faça uma reunião com todos os colaboradores e ouça as reclamações que eles têm a fazer. Seja humilde, abra seu coração e solicite para que cada um escreva, sem identificação, como vê você, como percebe seus atos. Você poderá se surpreender com o que encontrará.

 

            Se você crê que não é arrogante, prepotente, egoísta, acredito que é melhor fazer o mesmo teste; você pode estar passando uma imagem totalmente adversa da que realmente tem dentro de você. Não há como mentir ou omitir o que somos para nós mesmos.

 

            Quero muito que você conclua que, ser arrogante, prepotente, ter de mostrar poder, tratar as pessoas de modo hostil, não levará você, nem a empresa da qual faz parte a uma posição perene de sucesso e, fatalmente, em pouco tempo, você se verá num canto qualquer, de algum lugar, alguma rua, sem ninguém, descobrindo que conservou um sentimento que o tornou insensível e que as pessoas não suportam ficar próximas a você, e se ficam, é apenas por que, de alguma forma, pelo menos momentânea, dependem única e exclusivamente do emprego.

 

            Dê mais atenção às pessoas, promova debates na sua empresa, cumprimente a todos quando adentrar ao ambiente empresarial. Ouça seus funcionários, deixe que tenham idéias e opinião. Você não faz idéia do quanto os resultados mudam quando passamos a valorizar o ser humano repleto de talentos que é cada colaborador a nossa volta. Permita esta oportunidade a eles e, sobretudo, a você.

 

“O ego é ótimo; para acabar com relacionamentos, destruir amizades, fomentar a ambição doentia, para os imbecis sentirem-se satisfeitos e poderosos e, sobremaneira, para quebrar boas empresas. Vamos demitir o ego agora mesmo!”

 

 

Um abraço e felicidades sempre!

 

 

Professor Paulo Sérgio


Autor: PAULO SERGIO BUHRER


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