Produção Massal de Cotésia Flavipes



PRODUÇÃO EM MASSA DE AGENTES BIOLÓGICOS PARA CONTROLE DE Diatraea saccharalis EM CANA-DE-AÇÚCAR

DOUGLAS MARTINS SANTOS

Monografia apresentada ao Curso de Tecnologia em Agropecuária da Faculdade de Ciências Exatas e da Terra, como pré-requisito para obtenção do título de Tecnólogo em Agropecuária.

Orientador: Prof. Drª. Karlla Barbosa Godoy

Dourados 2009

Dedico aos meus professores e a minha esposa Juliana, por me compreenderem e estarem sempre ao meu lado, não seria possível sem eles.

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a colaboração, o apoio, a paciência e a confiança que algumas pessoas tiveram para comigo.

À minha orientadora, professora Drª. Karla Barbosa Godoy, que esteve sempre à disposição para resolver qualquer tipo de dúvida, vencendo a barreira da distância e me apoiando quando precisei; meus sinceros agradecimentos.

A todos os funcionários da AFOCAN (Associação dos Fornecedores de Cana-de-açúcar da Alto Noroeste ), que me ajudaram, permitindo que eu acompanhasse em campo todo o processo do controle biológico, também permitiram em laboratório o acompanhamento da produção em massas desses agentes.

Aos meus pais e a todos os professores, do curso que deram o máximo de si, para que eu pudesse não somente ser um bom aluno, mas me tornasse um profissional brilhante.

Muito obrigado.

“...A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.”

(Nicolau Copérnico) astrônomo/matemático

RESUMO

Com o crescente consumo de biocombustíveis houve a necessidade de um aumento significativo na produção destes, e conseqüentemente foram desenvolvidos pesquisas nas áreas de entomologia e controle biológico para diminuir as infestações de insetos-pragas que concorrem com o ser humano em relação a matéria prima cana-de-açúcar, quando se fala em controle biológico falamos em controle com responsabilidade social e consciência ambiental, e a entomologia nos traz conhecimentos suficientes necessários para uma eficiente produção de agentes, e controle de pragas na lavoura sucroalcooleira, e é de fundamental importância conhecermos estes benefícios e estudá-los a fundo para poder reduzir as perdas anuais causadas pela broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis).

Palavras-chave: Pragas; entomologia; controle.

ABSTRACT

With the growing use of biofuels was the need for a significant increase in their production and thus were developed research in the areas of entomology and biological control to reduce the infestation of insect pests that compete with humans for raw cane sugar, when it comes to talk about biological control control with social responsibility and environmental consciousness, and entomology brings sufficient knowledge necessary for efficient production and control pests in sugarcane crops, and is fundamental knowledge of these benefits and study them thoroughly in order to reduce annual losses caused by the borer cane sugar (Diatraea saccharalis).

Keywords: Pests; entomology; control.

1. INTRODUÇÃO

A cana-de-açúcar como é comumente conhecida é um híbrido interespecífico de espécies do gênero Saccharum, da Ásia de disseminou ao longo dos séculos para várias ilhas do sul do Oceano Pacífico, Arquipélago da Malásia, Indochina, sendo cultivada como planta para a produção de açúcar na Índia tropical. Por meios das técnicas usadas ao longo dos anos pelos Persas para fabricação de açúcares, ficou estabelecidas as chamadas rotas do açúcar entre asiáticos e africanos (LANDELL et al.,2006)

Com as conquistas árabes, a cana-de-açúcar foi disseminada pelo mediterrâneo, e os portugueses e os espanhóis, a introduziram na África ocidental, nas ilhas do Atlântico, e posteriormente nas Américas, Cristóvão Colombo introduziu na América Central a variedade crioula, resultado de uma hibridação das variedades Saccharum officinarum e Saccharum barberi (BREMER, 1932). Martin Afonso de Souza introduziu a cana-de-açúcar no Brasil em 1532 iniciando assim a construção dos primeiros engenhos de cana-de-açúcar.

Hoje o Brasil é uma potência mundial quando se tratando de cultivo de cana-de-açúcar e produção de açúcar e álcool, ele se encontra como o maior produtor da cultura no mundo, também o maior produtos de açúcar e álcool provenientes dessa cultura, com uma área que supera os sete milhões de hectares e a produtividade brasileira que não passava de 50t/ha em 1970, hoje chega a ultrapassar 75t/ha (MAPA, 2008)

Um dos fatores responsáveis pelo aumento da produção é o controle de pragas, em especial o controle biológico da broca da cana-de-açúcar Diatraea saccharalis (Lepdoptera: Crambidae) que reduziu a intensidade de infestação de 10 para 2% em apenas dez anos.

Quando um organismo compete com o ser humano por alimento, habitação, fonte energética ou medicinal é considerado como praga, porém o manejo integrado define como praga apenas os organismos que causam prejuízos à partir de um limite de densidade populacional (Quantidade de indivíduos por área) definindo assim o limite de dano. Jamais conseguiremos um resultado perfeito, e O nível de controle sempre será inferior ao nível de dano. O nível de controle é definido pela ciência e porém é muito confiável.

As pragas que ocorrem com freqüência e causam prejuízos anuais milionários se levado em conta a área de cultivo da cana-de-açúcar são a broca da cana-de-açúcar D. saccharalis e a cigarrinha das raízes Mahanarva fimbriolata (Hemiptera: Cercopidae) sendo discriminadas como Pragas-chaves sendo as maiores causadoras de prejuízos.

Para se conseguir um eficiente controle-biológico são necessários conhecimentos avançados em entomologia agrícola, além das técnicas de produção em massa, lembrando que as mudanças climáticas influenciam os resultados e por este fato devemos buscar soluções e, constantemente estudar as possibilidades de possíveis modificações genéticas nos agentes entomopatogênicos procurando adaptá-los ao ambiente de sua aplicação.

O objetivo deste trabalho é fazer um resumo de como produzir e utilizar os agentes biológicos no controle da broca da cana-de-açúcar considerada praga chave na cultura da cana-de-açúcar.

2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1Cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar é uma gramínea de clima tropical, cultivados em regiões de climas quentes com solos férteis e bem drenados, A cana-de-açúcar foi descrita por Lineu em 1753 no livro Species Plantarium que a classificou como Saccharum officinarum e Saccharum spicatum , atualmente a classificação mais aceita é a de Jeswiet, citada por Calvíno (1925) divisão Embryophyta siphonogama; subdivisão Angiospermae; classe Monocotyledoneae; ordem Glumiflorae; família Gramineae; tribo Andropogoneae; subtribo Sacchareae; gênero Saccharum;espécies: S. barberi, Jeswiet; S. edule Hask, S. officinarum, L.; S. robustum Jeswiet, S. sinensis, (Roxb) Jeswiet, S. spontaneum, L.

O Brasil é líder mundial inconteste na produção de cana, segundo dados da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) das Nações Unidas, com 568.958.809 toneladas processadas segundo dados parciais da ÚNICA.

Principalmente cultivada como matéria prima a ser fornecida, por esmagamento dos seus colmos para extração do seu caldo, à um complexo industrial com a finalidade de produzir açúcar, fermento, álcool e inúmeros outros derivados tanto para utilidades alimentícias como para a indústria químico-farmacêutica .

As primeiras notícias sobre a cana-de-açúcar encontram-se nas escrituras mitológicas dos hindus, onde se declara que ela foi criada por Viswamitra, para o paraíso de RajaIkkhakhu, que posteriormente foi destruído pelos demônios, sendo assim permito o uso da cana pelos mortais na terra (Mitra, 1954). As sagradas escrituras também fazem referência sobre a cana em Isaias, 43:24, e Jeremias, 6:20 (Bíblia sagrada, 1989).

A cana-de-açúcar, porém foi considerada como remédio e como artigo de luxo até o século 18. Neste período onde ocorreram as grandes navegações costumava-se antes de se iniciar a travessia do oceano Atlântico colocar cana-de-açúcar junto com suas provisões, esta era plantada nas terras abordadas, para posteriormente servirem de provisão para os navegadores. Sua crescente valorização como adoçante deve-se ao costume antigo de se adoçar chá, chocolate, e café com mel, sendo que cana-de-açúcar é uma planta nativa das regiões de clima tropical, cujo cultivo estende-se atualmente, aos dois hemisférios. A teoria mais aceita de sua origem considera que ela seja nativa das ilhas do arquipélago da Polinésia, sendo S. robustum uma espécie botânica que se originou no centro da Nova Guiné. (Melhoramento da Cana-de-açúcar EMBRAPA 2004).

A produção de açúcar denominada de “sarkara” existia na índia desde 3000 a.C. e durante muito tempo o cultivo da cana-de-açúcar ficou limitado aos países do Oriente Médio, no vale do rio Eufrates. A partir de 500 a.C., os persas guardavam o segredo da fabricação do açúcar que era comercializado com os romanos, mas as conquistas árabes no Ocidente disseminaram o cultivo da cultura nas margens do Mar Mediterrâneo, a partir do século VIII.

No Brasil as primeiras mudas foram introduzidas em 1502 (CORRÊA, 1926; COSTA, 1958). Oficialmente fora introduzida proveniente da ilha da Madeira, por Martin Afonso de Souza, existe um documento de D. Manoel, rei de Portugal, datado de 1515 ordenando ao feitor e aos oficiais da Casa da Índia que: “dessem machados, enxadas, e outras ferramentas às pessoas que fossem povoar o Brasil, e que elegessem um homem prático e capaz de ali dar início a um engenho de açúcar, e que dessem também ajuda de custo e todas as demais coisas necessárias (Grande 1933). Há também registros alfandegários de entrada de açúcar brasileiro em Lisboa datados de 1520 e 1526 (Lippmann, 1942).

Hoje no Brasil o cultivo e industrialização da cana-de-açúcar se tornaram parte integrante da economia movimentando milhares de empregos efetivos e temporários todos os anos, com acentuado crescimento anual em especial na região centro-sul, se tornando um ícone na produção de combustíveis ecologicamente corretos, pois o aumento da área verde plantada e o uso de álcool como combustível diminuem significativamente a poluição do ar,

Com os crescentes investimentos em pesquisa, a produção canavieira vem aumentando ano a ano, além do investimento em pesquisas genéticas, variedades resistentes, o setor também investe em pesquisas na área de controle biológico, que atualmente se tem destacado na cultura canavieira, pois as percas se não controladas podem alcançar margens altíssimas como 20% da produção segundo CTC (Centro de Tecnologia Canavieira, 2007) e existem hoje conhecimentos avançados para controlar os mais variados tipos de pragas, principalmente aquelas consideradas pragas-chave em se tratando da cultura da cana-de-açúcar (broca-da-cana e a cigarrinha das raízes).

2.2A PRAGA.

A broca da cana-de-açúcar, D. saccharalis ocorre em todo território brasileiro, se alimentando não só de cana-de-açúcar, mas também de milho, sorgo, arroz e de plantas selvagens com caules grossos, ocorrendo também no Brasil a D. flavipennella, tendo sido registrado no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Estados do Norte e Nordeste.

Os Ovos são postados, geralmente na face dorsal das folhas, agrupados como escamas de peixe, possuem coloração amarelo-pálida quando novos, e marrom-escuros quando mais velhos; sendo de 5 a 50 ovos por ninhada e a fêmea pode colocar de 300 a 600 ovos durante toda a vida, valores estes influenciados pela época do ano. A duração desta fase é de 4 a 12 dias, dependendo da temperatura, e os ovos são muito sensíveis ao ressecamento em URA inferiores à 70%.

Postura da broca da cana. Foto: Ivan Cruz - Embrapa

Ovos próximo da eclosão da broca. Foto: Ivan Cruz - Embrapa

Sintomas de podridão. Foto: Heraldo Negri. Embrapa

Dano da broca - orifício no colmo. Foto: Ivan Cruz - Embrapa

As largatas da broca-de-cana-de-açúcar são de coloração branco-amarelada e cabeça com pontos e manchas em tons de marrom-escuro, podem atingir até 2,5cm de comprimento. Inicialmente as largatas se alimentan-se das folhas do cartucho, raspando-as, depois se abrigando e se alimentando da nervura central, fazendo pequenas galerias nas bainhas das folhas, seguindo em direção ao colmo. Após este período, elas penetram no colmo pela parte mais mole e abrem galerias acendentes na região do palmito; durante esta fase abrem galerias, verticais e tranversais; A largata perto da fase de pupa abre ourifícios que permanecem fechados com serragem e excrementos, posteriormente estas saídas servirão para os adultos.

As pupas são de coloração marrom e ocorrem no interior das galerias abertas pela largata; A fase pupal dura de 20 a 79 dias, dependendo da temperatura, passando a largata por 5 ou 6 ecdises (troca de pele)

http://insects.tamu.edu/extension/bulletins/images/mp-1777_04.jpg

Os adultos são mariposas com asas anteriores de coloração amarelo palha, com manchas de tonalidades escuras semelhantes a dois “V” invertidos. Elas medem cerca de 2,5cm de envergadura, sendo que as fêmeas são maores que os machos e têm abdómenes mais volumosos, as asas das fêmeas são menos pigmentadas, os machos possuem grande quantidade de cerdas (pêlos) no último par de pernas; A fêmea atrai o macho para o ato da cópula pela liberação de uma substância quimica chamada feromônio. A longevidade dos adultos é de 2 a 9 dias.

http://www.ars.usda.gov/is/kids/weirdscience/story5/borer.JPG

A broca-da-cana ocorre durante todo o desenvolvimento da cultura, porém quando a planta é nova e não possui entrenós formado, a incidência é menor comparada à planta adulta, a cana-planta é mais suscetível à broca que a cana-soca pela mesma possuir maior vigor e baixa atuação de inimigos naturais; em alguns estados do Brasil e em certas variedades de cana-de-açúcar a broca é quase constante o ano todo, com apenas um possível declínio no inverno.

2.3Sintomas e Danos

Os danos causado pela broca são divididos em danos diretos que são caracterizados pela morte da gema apical, quebra da cana, encurtamento de entrenós e perca de peso; e danos indiretos como o complexo broca-podridão; os danos indiretos são causados por micro-organismos que geralmente são fungos Colletotrichun falcatum e Fusarium moniliforme que penetram nos orifícios abertos pela broca e causam inversão de sacarose armazenada na planta, que por sua vez causa perdas na produção, devido o aumento da dificuldade de cristalização e a contaminação do caldo, implicando em uma má fermentação alcoólica.

2.4Controle

Existem práticas que auxiliam na diminuição da população da broca, tais como uso de armadilhas de feromônio para captura de machos, o controle químico dificultado pelo fato das largatas da broca ficarem dentro dos colmos, além dos impactos ambientais como eliminação de inimigos naturais da broca, o controle cultural que é o planejamento das reformas dos canaviais com variedades resistentes associado a práticas agrícolas benéficas aos predadores naturais, e também o controle biológico que nada mais é que a liberação de predadores naturais da praga nos mais diversos estágios (ovos, larvas e pupas ou crisálidas)

Atualmente a melhor opção de controle é um criterioso e eficiente programa de controle biológico em função da disponibilidade dos organismos nas unidades industriais, a Cotésia flavipes é o método mais utilizado no Brasil alcançando resultados surpreendentes associado à liberação de parasitóides de ovos Trichogramma Galloi. Valendo ressaltar que a utilização do controle biológico juntamente com eficiente programa de controle cultural, é o método mais eficaz usado atualmente no Brasil.

2.5Inimigos Naturais

Como inimigos naturais da broca da cana-de-açúcar predadores de larvas temos a vespas Lydella minense, Paratheresia claripalpis , Cotesia flavipes, Agathis sp, Hypobracon sp, Como inimigos naturais da broca da cana-de-açúcar predadores de ovos temos a vespinha T. galloi; Como predadores de pupas temos o Xanthopimpla stemmator, Trichospillus diatraeae, Palmistichus elaeisis,porém os mais utilizados atualmente no Brasil são a vespinha C. flavipes e o T galloi.

A C. flavipes importada da Ásia em 1970 para o controle da broca-da-cana no Brasil, vem sendo utilizada em larga escala, criada e liberada em grandes áreas principalmente na região centro-sul, e tem resultados tão benéficos no Brasil que hoje o Brasil tem o maior programa biológico do mundo PARRA et al 2002. Os adultos são pequenas vespas de 3 a 4 mm de comprimento e vivem por, aproximadamente, 34 horas a 25°C, se alimentados. É uma espécie de endoparasitóide gregário, ou seja, as fêmeas depositam ovos múltiplos na cavidade do corpo do hospedeiro. Em média, uma fêmea coloca aproximadamente 40 ovos em cada larva da praga. Dentro de três dias, nasce dentro do corpo da praga a larva do parasitóide que imediatamente começa a se alimentar, passando por três instares larvais dentro do corpo da larva hospedeira. O período de ovo à larva do parasitóide dura aproximadamente 14 dias a 25°C. Depois de sair do hospedeiro, as larvas de último instar tecem um casulo e transformam em pupa dentro da planta hospedeira da praga. O período de pupa leva aproximadamente seis dias a 25°C, terminado este período surgem os adultos. Outro inimigo natural da broca da cana-de-açúcar comumente utilizado no Brasil é o T. galloi, uma pequenina vespa com menos de 1mm de comprimento que coloca seus ovos dentro dos ovos da D. saccharalis sendo fator chave no processo de crescimento populacional da Broca-da-cana, e portando deve neste trabalho ser levada em consideração. A T. galloi, parasita os ovos da broca-da-cana colocando 2 ou 3 larvas em cada ovo de D. saccharalis, sendo que após parasitado os ovos de broca apresentam uma coloração escura.

T. galloi parasitando ovos de D. saccharalis e ovos parasitados. Foto:Ivan Cruz

2.6Produção de Cotésia flavipes

Para produzir inimigos naturais da broca da cana-de-açúcar em massa (Produção em Laboratório), é necessário se ter um conhecimento avançado de entomologia, conhecer todas as características da praga e do agente entomopatogênico. Primeiro precisamos produzir a própria praga, isto é, em um laboratório biológico deve-se além de conhecer todas as características do agente, deve-se entender e conhecer totalmente a praga, isto é, teremos que ter a produção do hospedeiro em escala industrial. Para a produção do hospedeiro separa-se uma sala denominada Sala de Postura, onde se mantém as câmaras com adultos para acasalamento e obtenção de postura em laboratório. As câmaras são tubos, geralmente de PVC de aproximadamente 6 polegadas de diâmetro e 20 cm de altura, revestidas com papel umedecidos com água destilada, são colocadas aproximadamente 40 casais de mariposas de broca-da-cana em cada unidade de câmara, as câmaras são colocadas em uma mesa coberta por um tecido tipo feltro ou TNT umedecidos também com água destilada.

Tubos de PVC (câmaras) utilizados como gaiolas para o acasalamento Fonte: NARDIN, 2004.

Diariamente durante 3 dias são recolhidos os papéis que revestem o interior das câmaras, estes papéis contém os ovos, após a retirada dos papéis, as mariposas adultas são colocadas em uma nova câmara com novos papéis de revestimento para nova postura de ovos. Os papéis retirados das câmaras são então levados para desinfecção dos ovos, que é o processo de imersão por 2 minutos em solução de NaClO em concentração de 0,05% e posteriormente em uma solução de sulfato de cobre CuSO4 a 17%, ou segundo o Boletim Técnico Biocontrol, em uma solução aquosa de (HCHO) a 40 %, em massa, com densidade de 0,92 g/mL (formol) em 0,5% posteriormente passando por uma solução de sulfato de cobre CuSO4 a 17%. Após a desinfecção das folhas de papel, as mesmas são colocadas para secarem e passam por um processo de seleção, os ovos principalmente aqueles que apresentam alguma anormalidade, são separados em duas categorias, uma para a produção de T. galloi, e outra para a produção de C. flavipes. Após a classificação os ovos destinados à produção de C. flavipes são colocados em potes que são mantidos em sala climatizada em temperaturas entre 20º±2º C dependendo da necessidade e emergência da produção. Após aproximadamente 5 dias as larvas já estão bem definidas e prestes a eclodir, neste estágio as posturas são novamente vistoriadas e as melhores são selecionadas, os papéis contendo os ovos são cortados em pedaços deixando 30 ovos em cada pedaço, estes pedaços de papéis são colocados em tubos de ensaios contendo a dieta artificial (alimento da broca) que, é uma ração balanceada, preparada à base de levedura, farelo de soja, germe de trigo, açúcar, vitaminas e anticontaminantes.

Ovos de D. saccharalis (F.) em papel sulfite (no laboratório).Fonte: NARDIN, 2004

No momento em que está se cortando o papel são escolhidos os ovos que não contém imperfeições (aparentando que eclodirão e não eclodirão de forma irregular). Os ovos viáveis são de coloração amarela, já os inviáveis são amarronzados. Depois de algum tempo, os ovos aparentemente viáveis ficam com um amarelo mais intenso e em seu interior é possível visualizar um ponto preto indicativo dos olhos das lagartas (NARDIN, 2004).

Placas de Petri montadas com ovos da D. saccharalis (F.). Fonte: NARDIN, 2004.

São escolhidos os melhores ovos para se preparar as posturas que virarão crisálidas e posteriormente mariposas que servirão de matrizes. Geralmente, são montadas duas placas de Petri pequenas, mas este número pode variar em função da necessidade de mariposas, assegurando-se uma margem de segurança de acasalamento. Em seguida, são preparadas as posturas utilizadas para a produção de lagartas que serão inoculadas pela vespa, escolhendo-se sempre as melhores que sobraram. A preparação de placas para a produção é feita em placas de Petri maiores em número de três placas de cada dia (NARDIN, 2004).

A preparação das placas é realizada com máscara, pois se trabalha com o sulfato cúprico que é tóxico se inalado. Também é necessário que se lave as mãos com água e sabão e passe-se álcool para minimizar a possibilidade de contaminação dos ovos por microrganismos. Todos os materiais (placas de Petri, tesouras e pinças) utilizados para esta prática são previamente esterilizados (NARDIN, 2004).

Um papel filtro do tamanho da placa é colocado sobre a mesma, onde se adiciona uma solução de 0,01 g/ml de sulfato cúprico. Em outra placa sem filtro que fica inclinada também é aplicado um pouco de sulfato para molhar os ovos e estes serão colocados nas placas com filtro. É necessário montar as placas de forma que os ovos fiquem expostos. Não se pode colocar um ovo em cima do outro, se não eles não eclodem. Se as placas estiverem com pouco Sulfato, joga-se mais um pouco, para não ressecar os ovos, senão os córios dos ovos ficarão duros e as largatas não conseguem rompê-los. Porém, não se deve jogar muito sulfato para não proporcionar o desenvolvimento de patógenos (NARDIN, 2004; PARRA, 2000).

As placas já montadas são colocadas em bandejas e permanecem na sala da dieta. É necessário observar quando os ovos ficarão com um ponto preto (este é a cabeça da broca). Caso os ovos fiquem com pontos pretos e não se possa usá-los naquele momento, eles são colocados em uma geladeira para atrasar o processo de eclosão. Os ovos, só podem permanecer na geladeira por até dois dias. Depois disso, as placas devem ser retiradas da geladeira e deixadas ainda na sala da dieta mesmo que ainda não sejam usadas. Se por algum motivo os ovos demorarem a ficar com um ponto preto, as placas são translocadas para uma sala quente (a sala da broca) a fim de acelerar o processo de eclosão (NARDIN, 2004). Os ovos que estão nas placas são retirados com uma pinça e transferidos para tubos de ensaio contendo dieta. É feito um corte com uma faca na dieta para se colocar a postura em pé. Colocando-se a postura desse jeito, depois de as lagartas eclodirem, estas comerão a dieta até o fundo. Os tubos são tampados com algodão. É inserido um número de aproximadamente 30 ovos por tubo de ensaio para não sobrecarregá-lo com muitas lagartas (NARDIN, 2004).

Esses ovos permanecem nos tubos de 19 a 21 dias que é o tempo de eclosão das lagartas para seu posterior crescimento (NARDIN, 2004).

2.6.1Inoculação de Cotésia flavipes na Broca

Logo após os 20 ou 21 dias em que as lagartas ficaram dentro do frasco, as lagartas que chegaram ao quarto ínstar podem ser inoculadas (BIANCHINI, 2004). Se as lagartas de um frasco não estiverem muito grandes (não chegaram ao quarto ínstar), elas podem permanecer durante mais alguns dias para continuar o seu crescimento (NARDIN, 2004).

A inoculação começa com o preparo dos materiais que serão usados: três lixos, luva de procedimento cirúrgica, contador, tampas com um furo no centro, pavios feitos de fita crepe, copos tampados contendo vespas, papéis toalha, frascos contendo lagartas da broca da cana-de-açúcar e bandejas com dieta (NARDIN, 2004).

São colocados papéis toalha na bancada e é jogado em cima destes um pouco de lagartas que estão dentro do frasco. Cada larva individualmente é pega com uma mão utilizando luva de procedimento cirúrgico enquanto a outra mão segura o contador. As lagartas que estiverem muito pequenas, esbranquiçadas (estão anêmicas ou virarão crisálidas) ou amarronzadas (virarão crisálidas) não devem ser inoculadas, porque as que virarão crisálidas, a vespa até ovoposita sobre elas, mas seus ovos não nascerão, pois o corpo das pupas já não é igual ao da fase larval. E se as vespas ovopositarem em lagartas pequenas e anêmicas, como estas não possuem uma grande fonte de alimento, os ovos que nascerão não se desenvolverão muito bem. Então, as lagartas que não serão inoculadas, são jogadas em um lixo juntamente com a dieta que se encontra nos frascos. Essas lagartas serão queimadas para que não vão ao campo. Em outro lixo são colocados os papéis toalha utilizados ou qualquer outro tipo de lixo, sendo então levados pelo lixeiro. E em um terceiro lixo são colocadas as tampas dos frascos que posteriormente serão levadas para higienização e serão sanitizadas (NARDIN, 2004).

Pegando a lagarta com cuidado para não feri-la ou matá-la, esta é colocada perto de uma vespa fêmea e com isso, a vespa sobe na lagarta ovopositando sobre a mesma. As vespas se encontram dentro de copos de plástico tampados e para que elas saiam de pouco a pouco são trocadas as tampas dos copos por tampas com um furo no centro e coloca-se um pavio para tampar o furo. Então, quando precisar que as vespas saiam para ovopositar na lagarta tira-se o pavio e quando já estiverem muitas vespas para fora é só inserir o pavio de novo (NARDIN, 2004). Só deve-se inocular uma vespa por lagarta, pois foi realizada uma pesquisa no INSTITUTO BIOLÓGICO (2004) para saber se o número de ovos, prole e razão sexual da C. flavipes é interferido pelo tamanho da broca. Observou-se que a viabilidade dos parasitóides que se desenvolveram em lagartas superparasitadas foi menor, ao contrário das que foram parasitadas só uma vez.

Sala das lagartas “inoculadas”. Estas ficam em bandejas com dieta. Fonte: NARDIN, 2004.

2.6.2CONTROLE DE QUALIDADE

Depois de passados os 14 dias, as bandejas são levadas para a revisão que é a retirada e a conta das massas (pupas) que se formaram (NARDIN, 2004). As crisálidas de mariposa que se formaram são separadas, levadas à sala de postura para se juntarem as outras virando mariposas e acasalando. Posteriormente será feita uma conta expondo a eficiência de cada inoculação do funcionário. O fato de nessas bandejas ocorrer a formação de crisálidas, provavelmente se dá porque a lagartas não foi inoculada ou talvez pelo fato de alguns ovos que a vespa colocou não serem viáveis (já que são todos aparentados). Às vezes, a vespa pára na lagarta parecendo que está ovopositando, mas na verdade não é o que está ocorrendo e como ela é muito pequena, não dá para ver com precisão se ela realmente está fazendo isso. Podem ocorrer também lagartas que não foram inoculadas e ainda assim não formaram crisálidas. Estas possuem um tamanho maior do que o tamanho considerado normal para que elas possam se transformarem crisálidas (NARDIN, 2004).

As pupas de C. flavipes que se formaram são removidas com ajuda de uma pinça, quebrando-se a dieta e retirando-as. Cada massa é colocada em uma placa onde há 30 separações marcadas à tinta. Essas separações servem somente para a funcionária não ter o trabalho de ficar contando as massas para colocar nos copos. São separadas as massas de coloração azul e branca (cada cor coloca-se em uma placa). As massas de cor branca são mais novas, ou seja, ainda não estão prontas para emergir. Já as massas azuis estão prontas para emergir. Quando encher a placa de massas, estas são colocadas em copos plásticos. Cada vespa oviposita uma massa (que possui de 50 a 60 pupas), e são colocadas 15 e 30 massas em cada copo de plástico que continuarão no laboratório e irão à liberação, respectivamente. São inseridas somente 15 massas no laboratório, pois se houver muitas massas em um copo elas ficam estressadas por não terem muito espaço e a maioria não acasala. Os copos possuindo 30 massas em cada copo é que serão liberados em campo, depois de escolhidas as massas que estiverem “melhores” e colocadas em copos de 15 para produção e uso no laboratório (NARDIN, 2004).

O controle de qualidade é fundamental, pois os insetos produzidos devem ser competitivos e/ou comparáveis àqueles da natureza. Características biológicas, morfológicas e bioquímicas da população de laboratório devem ser comparadas a um padrão de um inseto selvagem (de campo). As características de qualidade (mobilidade, atividade sexual, adaptabilidade, reprodução e colonização) devem ser analisadas em função do objetivo da criação (PARRA, 2000).

Na natureza o agente biológico deve também se reproduzir naturalmente, parasitando hospedeiros, aumentando sua população até que a quantidade de hospedeiros seja reduzida, reduzindo assim também a população do agente.

3.Características do Parasitóide Cotésia flavipes

C. flavipes (Cameron, 1891) (= Apanteles flavipes) se encontra dentro da ordem Hymenoptera e da família Braconidae. Ela é uma vespa parasitóide microhimenóptero gregário, haplodiplóide, onde as fêmeas do parasitóide originam-se de ovos fertilizados, enquanto que os machos são produzidos por partenogênese arrenótica, ou seja, de ovos não fertilizados (VETORELLI et al., 1999).

É uma vespa endoparasitóide originária da Índia e do Paquistão que foi introduzida no Brasil em 1974, para ser utilizada no controle de lagartas da broca da cana. Obtém maior sucesso em áreas em que a lagartas já se encontram dentro dos colmos da cana (BUG Agentes Biológicos, 2004). Segundo RICKLEFS (2003), vespas parasitóides desenvolvem-se dentro das larvas ou das pupas de outros insetos. No caso da C. flavipes, esta tem seu desenvolvimento dentro das lagartas da D. saccharalis. A fêmea possui antenas menores que as do macho e se colocada perto da lagarta, irá ovopositar (sentará em cima da broca e curvará as antenas, já o macho somente ficará andando sobre ela.

Conforme ARRIGONI (1996) apud PERTICARRI (2002), no ano de 1995, no estado de São Paulo, houve o emprego do controle biológico em 424 mil hectares de canaviais, enquanto o controle químico (inseticidas) foi utilizado em apenas cinco mil hectares em áreas de alta infestação com variedades suscetíveis. Dos parasitóides liberados, C. flavipes tem se mostrado mais eficiente, sendo atualmente, o produzido em maior número, em 38 laboratórios do Estado de São Paulo. Essa eficiência é demonstrada em trabalhos como os de BOTELHO (1992) e MACEDO (2000). BOTELHO (1992) realizou um trabalho no período de 1978 e 1989 na região de abrangência da COSUL – IAA/PLANALSUCAR comparando a eficiência de vários parasitóides de D. saccharalis: Metagonistylum minense Towns, Apanteles flavipes, C. flavipes) Cameron, Paratheresia claripalpis Wulp. e outros. Foi constatado que A. flavipes surgiu como principal inimigo natural da broca, com uma participação de 76,64% no parasitismo total obtido no ano de 1989. Outro trabalho envolvendo a porcentagem de parasitismo da C. flavipes (Cameron) e outros parasitóides (principalmente Metagonistylum minense Towns. E Paratheresia claripalpis Wulp.) foi desenvolvido por MACEDO (2000) durante 22 anos (entre 1975 e 1997) nos canaviais da Usina da Barra, Barra Bonita, SP. Esse trabalho também abordou a Intensidade de Infestação (I. I. %) pela D. saccharalis (Fabricius). MACEDO (2000) obteve os seguintes resultados: a C. flavipes apresentou maior porcentagem de parasitismo e a Intensidade de Infestação pela broca da cana se tornou cada vez menor.

Mesmo a C. flavipes sendo muito eficiente na redução da Intensidade de Infestação (I. I.) da broca acima descrita, a eficiência só é observada em locais onde são feitas liberações constantes do parasitóide (BUG Agentes Biológicos, 2004).

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS

As vantagens de se utilizar o controle biológico são o baixo custo, menor risco ao meio ambiente, ao aplicador e à saúde da população em geral, não causa desequilíbrio, fácil aplicação e geração de empregos (NARDIN, 2002). E a adoção desse único método, acompanhado de um controle intensivo, soluciona os diversos problemas envolvidos na redução populacional da praga. São utilizadas juntamente com o controle biológico mudanças no padrão de plantio, plantas geneticamente modificadas para que se tornem mais resistentes e o uso cuidadoso e seletivo de agrotóxicos para manter o nível de produção agrícola e a saúde humana (THE GLOBAL TOMORROW COALITION, 1990 apud BRAGA et al., 2003).

Conforme PARRA (2000) é importante ressaltar que o Controle Biológico sofreu modificações com os avanços tecnológicos apesar de ser um fenômeno natural que consiste na regulação de plantas e animais por inimigos naturais (agentes de mortalidade biótica). Assim, enquanto no passado, ele era considerado uma medida de controle cujos resultados seriam obtidos a longo prazo e somente em culturas perenes, pois as liberações eram "inoculativas" e dependiam da permanência e adaptação do parasitóide ou predador na área, hoje já pode ser considerado uma medida emergencial, em alguns casos, semelhante a inseticidas. Houve essas mudanças porque no passado, só se falava em Controle Biológico Clássico, e, pela falta de domínio de técnicas de criação de insetos, eram produzidas pequenas quantidades de inimigos naturais. Hoje, com o domínio destas técnicas (especialmente com dietas artificiais), aumentaram as possibilidades de criações massais de inimigos naturais para posteriores liberações em grandes quantidades. Tais liberações reduzirão os danos às culturas, pela diminuição da evolução populacional da praga, de uma forma rápida e sem prejuízos ao ambiente. E porque a comparação anteriormente feita com inseticida? Porque o agricultor se acostumou a usar produtos químicos que matam rapidamente as pragas, e somente irá substituí-los por algo equivalente. Com tais liberações inundativas, a mudança de estratégia é mais facilmente visualizada pelo agricultor e, rapidamente aceita.

Entretanto, para se alcançar à produção massal é preciso que se desenvolva uma tecnologia indo desde o conhecimento básico de biologia, fisiologia, nutrição, genética, relação hospedeiro/inimigo natural, até outros aspectos que envolvam custos, automatização da criação, controle de microrganismos da dieta, controle de qualidade, etc., à medida que se aumenta o número de insetos criados (PARRA, 1992).

Hoje no Brasil a demanda é menor que a procura, e há a falta de agentes no mercado; Segundo estudos realizados o Brasil possui laboratórios suficientes para atender a demanda, mas existe a necessidade de aprimoramento das técnicas e continuação de pesquisas relacionadas à área, pois houve uma diminuição destas pesquisas nestes últimos dois anos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BELLOTTI, A. C. Controle biológico no contexto da agricultura sustentável. In: SIMPÓSIO DE CONTROLE BIOLÓGICO, 3., 1992, Águas de Lindóia. Anais... Jaguariúna: EMBRAPA-CNPDA. 1992. p. 3.

BOTELHO, P. S. M. Controle biológico da broca da cana-de-açúcar. In: CICLO DE PALESTRAS SOBRE CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS, 3., 20 a 22 de Julho 1993, Campinas, Anais... Campinas: Instituto Biológico. 1993. p. 26

BUG Agentes Biológicos. Disponível em: http:/www.bugagentesbiologicos.com.br/eng/indexcana.htm. Acesso em: 10 jul. 2009.

COPERSUCAR. Guia prático ilustrado para identificação e controle de contaminantes em insetários. Boletim técnico COPERSUCAR, São Paulo, Edição Especial, p. 5, jun. 1987

MACEDO, N. Método de criação do parasitóide Cotesia flavipes (Cameron, 1981). In: BUENO, V. H. P. (Ed.). Controle biológico de pragas: produção massal e controle de qualidade. Lavras: UFLA, 2000. cap. 9, p. 161-166 e 172.

MACHADO, L. A. Criações de insetos de laboratório para utilização em pesquisas de controle biológico. In: CRUZ, B. P. B. (Coord.). Pragas das culturas e controle biológico. Campinas: Fundação Cargill, 1988. p. 8.

NARDIN, R. R. Treinamento do setor de entomologia de Grupo Virgolino de Oliveira açúcar e álcool. In: GRUPO VIRGOLINO DE OLIVEIRA, 2002, Itapira. p. 2,

3 e 6.

NARDIN, R. R. Protocolo de laboratório para a produção de Cotesia flavipes e Diatraea saccharalis. Itapira. 2004.

ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. p.184, 185 e 244.

PARRA, J. R. P. Criação massal dos inimigos naturais. In: CRUZ, B. P. B.; FILHO, A. B.; LEITE, L. G. (coord.). Ciclo de palestras sobre controle biológico de pragas. 2, Campinas, Fundação Cargill, mar. 1992. p. 5 e 6.

PARRA, J. R. P. A biologia de insetos e o manejo de pragas: da criação em laboratório à aplicação em campo. O controle biológico e o manejo de pragas: passado, presente e futuro. In: GUEDES, J. C.; COSTA, I. D.; CASTIGLIONI, E. (coord.). Bases e técnicas do manejo de insetos. Santa Maria: UFSM/CCR/DFS, 2000. cap. 4, p. 59-61, 63-68.

J. R.P. Parra, P.S.M. Botelho, B.S. Correa-Ferreira & J.M.S. Bento (eds.), Controle biológico no Brasil: parasitoides e predadores. Manole, Sao Paulo.

Autor: Douglas Martins Santos


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