A CONRIBUIÇÃO DA ESCOLA PARA AFORMAÇÃO DE BONS HABITOS ALIMENTARES



A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA PARA AFORMAÇÃO DE BONS HÁBITOS ALIMENTARES

 

 

Gabriella Maciel Fekete




RESUMO

A escola é um espaço bastante significativo e privilegiado que influencia diretamente a promoção da saúde, se tornando, com isso, um veículo fundamental na formação de valores, hábitos e estilos de vida, entre eles o da alimentação, que se estenderá pelo resto da vida. A escola deve proporcionar um ambiente favorável à vivência de saberes e sabores, contribuindo para a construção de uma relação saudável do educando com o alimento. Considera-se de grande importância que o educando, já na Educação Infantil, compreenda e assimile as transformações que ocorrem no ambiente em que vive e que possa contribuir na conservação da natureza e da sua saúde, por meio de uma alimentação saudável e nutritiva.

 

Palavras-chave: Alimentação; Escola; Saúde; Vida; Cultivo; Qualidade.

 

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho pretende mostar como a escola pode contribuir para  a formação de bons hábitos alimentares em seus alunos, pois a escola ocupa praticamente  um terço da vida ativa do aluno.

 

2 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR SAUDÁVEL

A Alimentação Escolar requer consciência e responsabilidade e para atender esses requisitos básicos a escola deve fornecer uma alimentação adequada sob o ponto de vista nutricional, higiênico e sanitário.O segredo da boa alimentação está na variedade dos alimentos e na combinação entre eles. A partir dos seis meses de vida, com a introdução de novos alimentos, a criança começa a formar seus hábitos alimentares e aprende a comer vários tipos de alimentos. O ideal é que a criança faça seis refeições diárias. O lanche da escola esta entre estas refeições.

Sabemos que as crianças gostam de salgadinhos, refrigerantes, biscoitos recheados etc., no entanto, eles estão muito longe representar uma alimentação saudável e entre um lanche  e outro a criança pode estar dando um passo rumo à obesidade. Lembrando que esses alimentos não são proibidos, mas seu excesso poderá prejudicar a saúde porque são ricos em gordura e sal.E para evitar problemas atuais e futuros com abalança a merenda que o aluno leva para a escola e a oferta tentadora da cantina, a única solução é substituir o cardápio calórico, que faz sucesso entre a criançada, por alimentos que sejam nutritivos e, ao mesmo tempo, atraente, variados e coloridos. Lima (2003, p. 43) afirma que “Alimentação saudável é alimentação naturalmente colorida”.A manutenção de uma alimentação saudável é importante desde a infância, justamente por formar melhores hábitos alimentares. Os familiares e a escola são muito importantes nessa idade, pois é por meio deles que a criança passa a conhecer novos alimentos. Turano (apud MAGALHÃES, 2004, p.14) afirma que “é na infância que se fixam atitudes e práticas alimentares difíceis de modificar na idade adulta”. Nesse mesmo sentido, Sayeg (apud MAGALHÃES, 2004, p.14) afirma que “o indivíduo terá uma melhor ou pior qualidade de vida na velhice, em virtude do que come e de quanto come ao longo da vida”.

 

2.1 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

A deficiência de alimentos e de seus nutrientes em qualquer etapa da vida exerce profundas repercussões no crescimento, no desenvolvimento, na diferenciação, na atividade e em todas as manifestações da vida. Krause (apud CHAVES, 1978, p. 4) define nutrição como “A combinação de processos através dos quais o organismo vivo recebe e utiliza os materiais (alimentos) necessários à manutenção de suas funções e ao crescimento e renovação dos seus constituintes.” Exatamente por seus nutrientes, os alimentos são indispensáveis ao desenvolvimento dos seres humanos. Uma alimentação correta e equilibrada busca suprir as necessidades de nutrientes que o organismo precisa para ter uma boa condição de saúde.Da Resolução nº 15, de 25 de agosto de 2000, Capítulo III, Do Cardápio da Alimentação Escolar, artigo 5º, consta que o cardápio deverá ser programado para que forneça, no mínimo, por refeição, 15% das necessidades nutricionais diárias dos alunos, que corresponde a um valor nutricional de 350 Kcal e 9 gramas de proteínas por preparação servida. (BRASIL, 2000 apud ALVES; GALEAZZI, 2001). Faz-se necessário que os cardápios existentes nas Unidades de Ensino sejam elaborados e balanceados por um profissional em nutrição, que conheça os nutrientes e suas funções no organismo, atendendo, assim, ao especificado em lei. Para modificar os hábitos alimentares incorretos dos educandos, pode-se trabalhar a importância dos alimentos, conscientizando-os de que nem sempre o que é atraente e aparentemente mais “gostoso” é o que faz bem à saúde.

Existem várias formas de trabalhar os alimentos com os alunos. Os educadores devem, usando sua criatividade, oportunizar teatros, músicas, degustação, trabalhos de pesquisa, horta escolar, enfim, é possível fazer uma série de atividades para que os educandos conheçam melhor cada alimento, sua função e importância na sua formação total como ser humano.

 

3 HORTA ESCOLAR OU RESIDENCIAL DE CULTIVO ORGÂNICO

As hortaliças produzidas na escola ou residência se transformam em alimentos sadios, e oportunizam grande economia no orçamento escolar e familiar. Além disso, a tarefa de cultiválas proporciona momentos agradáveis de descontração, participação coletiva dos alunos e confiança nas suas próprias capacidades. Com isso, eles desenvolvem o trabalho: confeccionam canteiros, sementeiras e viveiros, usam a criatividade, empenham esforços e se mantêm perseverantes no preparo do solo, na semeadura e nos tratos à cultura e à colheita de hortaliças, sob orientação de um coordenador.Caso não haja condições dos educandos abraçarem essa causa, cabe à direção da escola encontrar alternativas, como, por exemplo, por meio da Associação de Pais e Professores (APP). Alimentação Escolar Saudável é um direito da criança e responsabilidade de toda a comunidade escolar. (ALVES; GALEAZZI, 2001). Um hábito alimentar saudável é comer alimento de qualidade, e nada melhor que uma horta na escola, colaborando para a melhoria da qualidade da Alimentação Escolar Saudável, servida com produtos orgânicos (sem agrotóxicos). O hábito do consumo de hortaliças pode ser desenvolvido na escola com a participação dos alunos. Além da satisfação de poder aproveitar na alimentação escolar as hortaliças que ajudou a cultivar, o aluno aprende o seu valor nutritivo, bem como seus benefícios para a sua saúde.

 

4 RECOMENDAÇÕES

 Aqui estão algumas recomendações para tornar mais efetiva a Educação Alimentar da criança em casa e na escola.

 • Dar exemplo em casa.

• Cobrar da escola a mesma excelência na cantina que exigem na qualidade do ensino.

• Visitar a cantina da escola ou informar-se sobre as medidas sanitárias tomadas para garantir aos alunos um lanche sem riscos.

• Observar as condições higiênico-sanitárias dos alimentos.

• Conhecer o cardápio e os preços.

• Pressionar pelo banimento das gorduras trans, as mais prejudiciais à saúde.

• Cuidar para que o filho coma sem exageros de três em três horas, o que acelera o metabolismo e é mais saudável.

• Recomendar aos filhos um balanceamento entre os alimentos industrializados e os naturais.

• Ensinar os filhos a lerem os rótulos de embalagens na escolha dos produtos industrializados a serem consumidos.

• Mandar a criança para a aula com café da manhã tomado; além de ter um melhor aproveitamento, ela sentirá menos fome e vai comer moderadamente no intervalo.

• Controlar os gastos dos filhos na cantina.

• Incentivar jovens e crianças a optar por alimentos com menos embalagens e produzidos na região.

• Ensinar as separar os rejeitos antes de jogar no lixo, para separar o resíduo orgânico do reciclável.

• Orientar a lavar as mãos antes de qualquer refeição, mas sem largar torneiras abertas por muito tempo.

• Orientar a reduzir o uso de materiais descartáveis.

 

 Para os pequenos que levam lanche

 

 • Negociar com a criança a montagem da lancheira, isso a desperta para a nutrição balanceada e para a escolha de alimentos saudáveis e sustentáveis.

• Lancheiras devem estar sempre limpas, lavadas com detergente biodegradável e  cujos resíduos não sejam poluentes.

• Ter o mesmo cuidado com as garrafas térmicas, que devem ser lavadas como mamadeiras, usando escovas que alcancem o fundo.

• Os alimentos mais indicados são frutas, frutas secas, sucos de frutas, barras de cereais, pães integrais, sanduíche de queijo branco e água de coco.

• Mandar frutas inteiras e já lavadas. Não cortar ou descascar para evitar o processo de oxidação que escurece as frutas, como maçãs, peras e bananas.

• Preferir bolos e bolachas simples e menos calóricos, com o mínimo possível de gorduras saturadas e sem gordura trans.

• Bolos recheados e com cobertura têm mais risco de contaminação, sobretudo em dias quentes.

• Bolachas recheadas têm mais gordura, e muitas vezes têm gordura trans.

• Cuidado com frituras, salgadinhos industrializados, refrigerantes, sucos artificiais, balas, pirulitos, chicletes. Além de baixo valor nutricional, contêm gorduras em excesso, e deixam mais lixo proveniente das embalagens.

 

 

5 CONCLUSÃO

 

Vimos, que ter uma alimentação saudável é um dos pontos fundamentais para a manutenção e melhora da qualidade de vida dos seres humanos.A implantação de hortas escolares para o cultivo de alimentos orgânicos é positiva para a oferta de uma Alimentação Escolar Saudável, livre de agrotóxicos e para o contato direto dos educandos com os alimentos, fortalecendo a educação alimentar. A educação alimentar é fundamental para estimular a formação.Para trabalhar esse tema com os educandos. Os princípios da alimentação saudável são muito simples. O segredo é comer uma grande variedade de alimentos e, quando na medida certa, ajuda à conservação da saúde.

 

6 REFERÊNCIAS

CTENAS, M. L. VÍTOLO, M. R. Crescendo com saude - o guia de crescimento da criança. Editora C2. São Paulo. 1999.

MARINS, C. ABREU, S. S. Piramide dos alimentos - manual do educador. Nutroclinica. Parana. 1997.

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FNDE). Manual do conselho de alimentação escolar.Brasília: FNDE, 1999.

Publicadora Brasileira. n. 151, 14-22, jul. 1995. LIMA, Joseni França O. Você é o que come. Vida e Saúde.São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, ano 65, n. 10, p. 42 e 43, out. 2003. ISSN 1413-0882.

MAGALHÃES, Angélica. Educação alimentar: ação pedagógica que deve estender-se da escola à família. Professor. Porto Alegre: CPOEC, v. 20, n. 78, p. 14-17, abr/jun. 2004.

ALIMENTAÇÃO SAUDAVEL: Merenda escolar melhor para a saúde e o meio ambiente: Disponível em: htpp://www.escolaresponsav
Autor: gabriella maciel fekete


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