A humanidade em um minuto



Segundo uma das teorias mais aceita, de um caldo de proteínas surgiu a primeira célula, mais alguns milhares de anos, os primeiro seres aquáticos que se arrastavam para a terra firme, têm então que surgem lagartos, pássaros, mamíferos e uma criaturinha frágil incapaz de nascer e sobreviver por si só.

Esta criatura muito lentamente desenvolve seu cérebro principalmente à custa de ovos e tutano de ossos, restos da alimentação de outro animal maior, este pequeno animal já caça e domina o fogo, aprende a trocar experiências e a viver em sociedade, era mais fácil sobreviver em grupo, sonha e imagina, aprende com o que vê na natureza do entorno,domestica o fogo, passa a construir seu próprio abrigo e suas armas, tudo era de todos e todos dependiam de todos para sobreviver. Os homens caçavam e pescavam, as mulheres coletavam e cuidavam do abrigo.

Devido aos perigos da época muitos homens não voltavam das caçadas, o que obrigou de certa forma a mulheres escolherem e plantarem alimentos como forma de sobrevivência. Passa a dominar a cerâmica e constrói seus próprios utensílios. O homem percebe que alguns animais são mais dóceis que outros, e passa a domesticar algumas espécies, a espécie humana foi aumentando consideravelmente rápido, trocavam-se alimentos da mesma forma que trocavam filhos, porque ele percebeu que a diversificação genética era algo bom. O homem passa a acreditar que existe alguém ou algo alem dele, começa a questionar a morte, acredita que em seus sonhos, viaja.

Tudo era trocado, e logo havia um local onde se reuniam para trocar, as coisas tinham o valor da necessidade, alguns se dedicavam a criação de animais, outros ao cultivo de alimentos, porem as trocas eram muitas vezes complicadas devido a disparidades, como trocar pequenas coisas por grandes coisas? O homem tentou então usar conchas, sal, peles e outras coisas, coisas que eram difíceis de obter, depois percebeu que alguns metais eram difíceis de serem encontrados, foram as primeiras formas de dinheiro.

Pessoas foram se especializando em trocar, e ficavam cada vez mais por ali mesmo, alguns se davam bem, acumulavam mais que outros e quanto mais acumulavam mais eram respeitados e temidos, para proteger seu modo de vida, cercam-se de pessoas que as auxiliam e que delas dependem, associam-se entre si, de acordo com o que foi acumulado, nasce o Estado e para afirmar seus ideais desenvolve-se a política. A raça humana divide-se em grupos que produziam para trocar e grupos que produziam para dividir, porem o segundo grupo não produzia tudo que necessitava e era preciso trocar ou vender para obter o que faltava. São criados meios para que as classes subjugadas se adequem aos interesses das classes dominantes, que ditam as regras de acordo com seus interesses. Temos então que o homem passa a ser dominado pelos interesses de grupos de pessoas que de alguma forma acumularam e grupos que dominam o mundo dos sonhos. Com o tempo a religiosidade e a acumulação se unem, e dominam não só o corpo, más o espírito das classes menos privilegiadas, havendo um tempo em que tudo era explicado pela vontade divina.

O homem inventa e quase esquece a escrita, desenvolve cada vez mais coisas para ajudar no seu dia a dia, entre estas coisas o arado puxado a cavalo, que propiciou um grande salto na produção de alimentos, tinha agora uma boa produção que sobrava para negociar, porem não para por ai, as ciências se desenvolvem muito rapidamente, na velocidade em que a raça humana se espalha pelo mundo, surgem as guerras por terras e por deuses, o homem cura e inventa novas doenças, liberta e escraviza, domina e é dominado, agora Gáia se vinga e cobra daqueles que interferiram nos seus milenares processos naturais, o clima que era constante e que tinha as estações bem marcadas no imaginário humano se descontrolam, chuva, secas e tempestades, doenças que se espalham na velocidade da comunicação que o homem inventou.

A vida de certa forma conquistou seu valor, normalmente em dólares. O contato humano está ficando industrializado e desumano, urge a necessidade de trazer novamente o afeto, carinho e individualização para nossas salas de aula, de forma adequada aos dias em que vivemos e possível de ser vivenciada.
Autor: Wolney Blosfeld


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