A importância do diagnóstico.



Por onde começar, quem são nossos alunos, de onde vieram o que esperam da escola, qual a bagagem que trazem como eles lhe vêem o que ficou das aulas anteriores nas suas mentes? São perguntas que atormentam qualquer professor com o mínimo de competência, então como fazer um diagnóstico abrangente e realístico dos conhecimentos de nossos novos alunos? Poderíamos pensar em uma avaliação diagnóstica com questões de múltipla escolha, porem poderia ocorrer a “loteria da minha mãe mandou jogar neste daqui...” ou quem sabe solicitar uma redação, que faria os alunos perguntarem: “professor, quantas linhas?” Faz-se necessário incutir na cabeça dos mesmos a importância da correta verificação dos conhecimentos, e normalmente eles entendem nossas intenções quando colocamos de forma clara nossos objetivos: o teste não vale nota, porem é importante para que não percamos tempo falando de coisas que vocês já sabem, não é chato ficar repetindo as mesmas coisas? Ai despertamos a curiosidade sobre partes do conteúdo proposto para aquela série, será que já sabiam disso? Cá entre nós é importante citar coisas que com certeza a maioria tem conhecimento para que eles não se sintam tão desinformados, e devagarzinho ir adicionando novos comentários sobre coisas que eles não conhecem. Deixado claro o objetivo dos trabalhos, partimos agora para o teste avaliativo propriamente dito. Normalmente é no inicio do ano letivo que assumimos novas turmas, período depois de férias e grande afastamento dos livros, a prática me mostrou que devemos lembrar nossos alunos sobre os temas abordados na série anterior porem nunca respondendo as perguntas que elaboramos de forma direta, afinal, estamos apenas “refrescando a memória” deles, e não é perda de tempo usar uma, duas ou mais aulas para isso, aplicado o teste vamos para a tabulação dos resultados, de forma simples anotando quantos alunos acertaram cada questão (normalmente aplico 30 ou 40 questões de múltipla escolha) teremos um mapeamento do conhecimento de nossa turma ( a colocação do nome é opcional), pronto ai está de forma simples e objetiva a forma e os conteúdos que deverão ser reforçados com esta turma antes de continuar com os conteúdos propostos, ocorrem muitas vezes que alguns alunos se distanciem muito da média da turma, normalmente ficando abaixo da maioria,( mesmo sem o nome costumo ficar atento quando eles estão respondendo) é nesse ponto que entra a dedicação e é ai que percebemos a preocupação do profissional da educação, este aluno terá que ter um “tratamento diferenciado” de forma que assimile os conhecimentos já dominados pela maioria da turma, coisa que pode ser através de trabalhos, pesquisas, convites para participar de aulas em outra turma, ou mesmo dinâmicas com os próprios colegas de sala, reconheçamos que é difícil, pois nossas salas são para lá de lotadas, nossa carga horária é muitas vezes injusta e tantas outras coisa que podemos citar, porem é nossa responsabilidade e devemos fazer a tão discutida recuperação paralela, pelo simples motivo da necessária seqüência do aprendizado.Outra estratégia  é convidar alunos que estão estudando determinado assunto e que se destacaram em apresentações ou trabalhos para virem dar “uma aula” para alunos de série posterior a deles, é importante se deixar claro para os alunos da série que vão assistir a aula que para o colega da série anterior é mais fácil falar sobre o assunto escolhido já que ele ou ela está estudando este assunto e estes conhecimentos estão bem “frescos” em sua mente, é uma experiência gratificante para todos, desde que o aluno esteja realmente preparado e que a turma que irá assistir a aula esteja em clima de humildade perante este ou estes alunos.


Autor: Wolney Blosfeld


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