INTERNAÇÕES POR ACIDENTES DE TRANSPORTE EM MENORES DE 20 ANOS NO ESPÍRITO SANTO



Objetivo: Descrever o perfil das internações por acidente de transporte em menores de 20 anos no Espírito Santo e identificar quais os municípios com maior índice de internação. Material e Métodos: Foi utilizado o Banco de Dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde, codificadas segundo a 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças, no período de 1998 a 2005, no estado do Espírito Santo, em menores de 20 anos. Resultados: Foram encontradas 3951 internações por acidente de transporte, com uma média de 41 internações/mês. Houve predomínio do sexo masculino (72,7%) e da faixa etária entre 15 a 19 anos (45,9%). Entre as causas destacaram-se os atropelamentos (54,3%), seguido dos acidentes com veículo motor e não-motor e os não especificados (17,5%). O tempo médio de internação foi de 6,9 dias com uma taxa de mortalidade hospitalar de 3,5%. O município de Cachoeiro de Itapemirim foi o que gerou o maior número de casos (421), mas foi Marataízes onde encontramos o maior coeficiente de morbidade (126,6/100.000 hab.). Conclusão: O conhecimento das internações por acidente de transporte se torna relevante para o subsídio na preparação de políticas públicas de prevenção destes agravos, melhoria no atendimento de resgate e remoção e a melhoria dos departamentos de emergência e reestruturação dos serviços de saúde. Palavras-chave: Acidente de Transporte. Crianças. Adolescentes. Epidemiologia.

INTRODUÇÃO

No Brasil, as causas externas ocupam o segundo lugar nos índices de mortalidade geral, estando os homicídios e os acidentes de trânsito como as principais causas, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares1, sendo os atropelamentos e as colisões, no caso dos acidentes de trânsito, os maiores causadores de deficiências e mortalidade2.

Nos anos 50, a mortalidade devido aos acidentes, no estado do Espírito Santo, já ocupava o segundo lugar nas estatísticas3. Atualmente, acompanha os dados de outras regiões brasileiras e de outras partes do mundo, ou seja, as mortes por causas externas só perdem para as doenças do aparelho circulatório e, na faixa etária de 1 a 24 anos, é considerada a primeira causa de morte4.

Dados da Polícia Civil e do Departamento Médico Legal do Espírito Santo, para os anos de 1997 a 2003, mostraram que as mortes violentas aumentaram aproximadamente 41% e, ao compararmos a Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) com outros municípios capixabas, para este mesmo período, observou-se uma diminuição muito pequena (2%) na RMGV, e um aumento assustador de aproximadamente quatro vezes mais nos demais municípios4. Esses dados vêm demonstrar o quão preocupante tem sido as morbimortalidades por causas externas.

Apesar da ênfase que é dada nos meios de comunicação quanto às mortes no trânsito, sabe-se que o número de feridos é bem maior. Powell e Tanz5 descreveram que nos EUA a relação entre ferimentos não fatais e fatais no tráfego de veículos motores foi de 197:1.

Deslandes e Silva6, em um estudo no Rio de Janeiro, demonstraram que os acidentes de trânsito são a segunda causa entre os atendimentos por causas externas, perdendo apenas para as quedas acidentais. Um fato curioso observado pelos autores foi a subnotificação de dados nos dois hospitais estudados, mostrando que o preenchimento da AIH precisa ser mais bem realizado. O referido estudo ainda evidenciou que entre crianças e adolescentes até 14 anos, os atropelamentos sobrepujam as demais causas, apesar de os atropelamentos terem maior incidência na faixa etária de 20 a 29 anos.

As causas externas em São José dos Campos, São Paulo, no ano de 2003, corresponderam à terceira causa dos óbitos, sendo quase um terço dos casos referentes aos acidentes de transporte7. Neste mesmo estudo. No período compreendido entre 1998 e 2002, ocorreram três vezes mais casos de internação do que de óbitos por acidentes de trânsito naquela cidade, evidenciando que os índices de morbidade são e devem ser mais preocupantes para a saúde pública. Destaca-se ainda que, em 1998, a vítima predominante era pedestre, um dado inquietante, já que os pedestres estão sendo vítimas de um agravo que, teoricamente, não são responsáveis, estando sua sorte influenciada por uma terceira pessoa.

Segundo o Ministério da Saúde8, dentre as causas externas e para todas as idades, os acidentes de trânsito são os maiores responsáveis por internações no SUS. Em 2000, os acidentes de trânsito foram responsáveis por 18,2% do total de internações no Brasil, sendo o atropelamento responsável por 39,5% dessas internações9.

É conhecido que muitos dos acidentes de trânsito com adolescentes, o condutor era o próprio adolescente, e os acidentes, principalmente por motocicletas, estão relacionados com adolescentes sem habilitação10. Um estudo realizado por Carvalho e colaboradores11 mostrou que, em 2001, em Feira de Santana na Bahia, muitos adolescentes não habilitados estavam na condição de condutor no momento do acidente de trânsito, revelando a imprudência dos pais, que permitiram que seus filhos assumissem uma atitude perigosa e ilegal que é o ato de dirigir sem a devida habilitação.

Assim, esta pesquisa tem como objetivos descrever o perfil das internações por acidente de transporte em crianças e adolescentes (0 a 19 anos) no estado do Espírito Santo e identificar quais os municípios com maior índice de internação por estas causas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo sobre as internações do Sistema Único de Saúde (SUS) por acidentes de transporte em crianças e adolescentes (0-19 anos), no estado do Espírito Santo durante o período de 1998 a 2005.

Foi utilizado o Banco de Dados (DATASUS) do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde - SIH/SUS com informações sobre as internações hospitalares por acidentes de transporte preenchidas na Autorização de Internação Hospitalar (AIH), documento obrigatório nas internações realizadas nos hospitais credenciados ao SUS. As causas foram codificadas segundo a Classificação Internacional de Doenças, 10ª revisão, entre V01 a V99 (Acidentes de transporte).

As variáveis estudadas foram os dados demográficos (idade, sexo), tipo de saída (alta ou óbito), média de permanência, taxa de mortalidade hospitalar, local de internação e local de residência.

As estimativas populacionais e as estimativas intercensitárias do estado do Espírito Santo para sexo e idade são referentes ao último censo demográfico (2000) da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE).

Apesar de ser um Banco de Dados de domínio público, a coleta dos dados só foi realizada após apresentação, análise e aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, Vitória-ES.

RESULTADOS

Durante o período estudado (1998 a 2005) foram encontradas 3.951 (39,1 por 100.000 habitantes) internações por acidente de transporte, com uma média de 41 internações/mês, o que vale dizer que, todos os dias ocorreram pelo menos uma internação por essa causa na faixa etária estudada.  

De uma maneira geral, o número de internações por acidente de transporte teve um decréscimo de 23,1%. Durante este período, as internações por acidentes de transporte vieram declinando até 2001, elevando-se de 12,6 para 14,8 por 100.000 habitantes em 2002 (19,3%), voltando a declinar até 2004, quando então podemos perceber novo aumento no coeficiente de morbidade em 2005. Apesar da diminuição no número total de acidentes de transporte, observamos que o número de atropelamentos aumentou em 8,2% tendo seu pico máximo em 2002. Essa diminuição no número de internações pode ser explicada por ser a partir de 1997 que ocorreu a promulgação do Novo Código Brasileiro de Trânsito (CTB) e de acordo com o Detran-ES (2005), os acidentes de trânsito realmente diminuíram após a implantação do Novo Código de Trânsito.

Houve predomínio do sexo masculino (72,7%) em uma relação de 2,7 vezes maior que o sexo feminino e da faixa etária entre 15 a 19 anos (45,9%). Tabela 1. O Coeficiente de Morbidade segundo faixa etária foi maior nos adolescentes de 15 a 19 anos e 10 a 14 anos, com 66,9/100.000 hab. e 36,2/100.000 hab, respectivamente. Os acidentes na faixa etária de 15 a 19 anos deveram-se principalmente ao uso de motocicletas, com exceção dos veículos não identificados e não especificados.

Entre as causas destacaram-se os atropelamentos (54,3%), sendo a maioria constituída de pedestres (54,3%). Depois dos atropelamentos, o maior número de internações foi por acidentes com veículo motor e não-motor e os não-especificados com 692 internações (17,5%), seguido dos ciclistas com 313 (7,9%), 373 (9,4%) sofreram lesões por veículos de tração pesada ou ônibus, 367 (9,3%) foram motociclistas e 47 (1,2%) por outros acidentes de transporte.

O tempo médio de internação foi de 6,9 dias e a taxa de mortalidade hospitalar foi de 3,5%, com 137 óbitos. A distribuição dessas internações em todos os meses de todos os anos da série histórica, revelou que o mês de janeiro (9,6%) foi o de maior proporção de internações, diminuindo nos meses seguintes, mesmo assim podemos dizer que não houve uma tendência e nem uma sazonalidade de ocorrência em um mês específico.

O município de Cachoeiro de Itapemirim foi o que gerou o  maior número de casos (421), mas foi Marataízes onde encontramos o maior coeficiente de morbidade (126,6/100.000 hab.).

DISCUSSÃO

Os acidentes de transporte referem-se tanto aos acidentes por veículo terrestre (rodoviários, ferroviários e outros) quanto aos veículos fluviais, pluviais e aéreos e englobam todos os ocupantes, seja condutor ou passageiro e também o pedestre. São acidentes ocorridos fora do ambiente doméstico e, em sua maior parte, localizados nos centros urbanos onde a oferta de veículos e as condições de segurança para o pedestre, o ciclista, o condutor e até mesmo o passageiro são escassas, inadequadas e ultrapassadas para a realidade vigente.

Apesar de sabermos que muitos acidentes de trânsito ocorrem devido às condições precárias das vias de circulação, falta de visibilidade, dentre outros, os maiores responsáveis pela incidência dos acidentes são os fatores humanos, como o excesso de velocidade, o desrespeito à sinalização e às normas de trânsito, o uso de bebidas alcoólicas, a falta de manutenção dos veículos, as precárias condições das estradas, os defeitos nos veículos, dentre outros12.

A bicicleta é uma forma popular de recreação em todas as idades e bem popular entre as crianças, além de ser uma forma barata e fácil de locomoção para pequenas distâncias, dessa forma, justifica-se o percentual de crianças internadas por lesões decorrentes do uso da bicicleta. No estudo de Martins e Andrade13, em menores de 15 anos na cidade de Londrina, Paraná, a maior parte dos acidentes de transporte foram entre os ciclistas (65,8%), seguidos pelos pedestres com 19,6%.

Segundo Thompson e Rivara14, o uso de capacetes nos acidentes com ciclistas reduz o risco dos ferimentos mais graves em 74 a 85%. O uso do capacete como parte da prevenção, não somente para motos mas também para o uso de bicicletas, é incentivado por muitos autores, por reduzir as lesões na cabeça em todas as idades15,14,16. Infelizmente, o uso do capacete para bicicletas não é utilizado e nem incentivado no Brasil. Mesmo nos países como os Estados Unidos, a utilização é pequena, estando os adolescentes particularmente resistentes ao uso dos mesmos16.

De acordo com a American Academy of Pediatrics16, nos Estados Unidos, os traumatismos na cabeça são responsáveis por 2/3 de todas as mortes por bicicleta entre as crianças e adolescentes. Nesses acidentes, o capacete é capaz de impedir 88% das lesões cerebrais.

O aumento dos acidentes de transporte em relação à faixa etária justifica-se pelo fato de os adolescentes sentirem o desejo de aventura como pilotar motos, dirigir carros, mesmo sem habilitação e experiência, desconhecendo os riscos que podem advir desses eventos. Além disso, a falta de ciclovias, o descumprimento das leis de trânsito, como o uso do cinto de segurança, e a não utilização da faixa de pedestre, além da precária situação de alguns veículos e de algumas avenidas, são também responsáveis pelo elevado número de acidentes de transporte.

Na nova Zelândia, segundo Kypri e colaboradores10, para a faixa etária de 15 a 19 anos a taxa total de internações por acidentes de trânsito, entre 1987 a 1996, foi de 536/100.000 hab., sendo que 70% dos acidentes de trânsito ocorreram nos homens. Os autores ressaltam que uma das causas dos acidentes tem por motivo que a idade mínima para habilitação é de apenas 15 anos, aliados ao consumo excessivo de álcool por parte dos adolescentes.

O tempo médio de internação foi superior ao encontrado por Lister e colaboradores17, para o estado da Virgínia (EUA) e o estudo da sazonalidade destes eventos revelou que o acidentes de transporte são freqüentes durante todo o ano. Mauro19, ao avaliar os acidentes de trânsito em Campinas (SP), também não observou grande diferença no número de ocorrências nos doze meses do ano.

Quanto aos acidentes com motociclistas, observa-se um maior descumprimento das leis com conseqüente aumento das infrações, já que a maioria não obedece a faixa de transitar, passam entre os carros, ultrapassam os semáforos fechados e ainda utilizam a calçadas como forma de "ganhar tempo", arriscando assim suas próprias vidas e também a dos pedestres. Além disso, há aqueles adolescentes que pilotam as motos sem habilitação e ainda praticam manobras arriscadas, colocando em risco não só sua vida, mas também a vida daqueles que o cercam. Segundo Kypri e colaboradores10, 31% do total de acidentes de transporte entre adolescentes de 15 a 19 anos, na Nova Zelândia, entre 1987 a 1996, foram devido a motocicletas.

A prevenção dos acidentes de trânsito deve iniciar bem cedo, nas escolas, no ensino fundamental, educando a criança como pedestre e preparando-a para ser um bom motorista, preocupado consigo mesmo e com os outros futuros pedestres. É preciso incentivar desde cedo o conhecimento das leis de trânsito, suas implicações, os riscos quanto ao seu descumprimento, formando assim condutores conscientes.

Da mesma forma, o incentivo de uma prática segura no manejo com as bicicletas, onde sistemas de proteção como capacetes e amortecedores devam ser utilizados na prática desse esporte e no uso da mesma simplesmente como uma forma de lazer.

A adoção de medidas de segurança no trânsito visa não só diminuir o número de acidentes como  reduzir o número e a gravidade das lesões. Existem no mercado vários modelos e dispositivos de segurança desenvolvidos para o transporte das crianças, mas que são desconhecidos da população e pouco utilizados. Esses equipamentos têm a finalidade de transportar com segurança, diminuindo as mortes no trânsito e o número de lesões graves com seqüelas.

Segundo o CBT (Lei nº 9503, de 23/09/1997, artigo 64), todas as crianças com idade inferior a dez anos devem ser transportadas no banco traseiro e esse transporte deve ser feito com a utilização do cinto de segurança ou equipamento de proteção equivalente, de acordo com cada faixa etária, seja através do "Bebê conforto", da cadeira especial presa ao cinto de segurança ou apenas utilizando o cinto, que deve ser de três pontos19,18.

Os acidentes de trânsito são, em sua maioria, devido a fatores humanos: negligência e desobediência das leis de trânsito, uso e dependência de drogas, álcool, sono, fadiga, falta de atenção, deficiência visual, falta de manutenção dos veículos, dentre outras19.

Os acidentes automobilísticos são os maiores responsáveis pela incidência de politraumatismos, produzindo assim maior número de lesões, além de lesões graves como o traumatismo intracraniano, que gera boa parte da invalidez crônica, maior tempo de hospitalização, com muitas intervenções cirúrgicas e conseqüentemente maiores riscos para complicações e morte, aumentando, assim, os gastos da saúde com a hospitalização20,21,22,23.

Reforçando essa discussão, é sabido que os problemas dos acidentes de trânsito vão além dos traumas físicos. Um estudo de corte conduzido por Sturms e colaboradores24, nos Países Baixos, revelou que 12% das crianças de 8 a 15 anos e 16% dos pais apresentaram sintomas sérios de estresse pós-trauma após três meses de hospitalização, relacionados principalmente ao status sócio-econômico, à severidade do trauma da criança e à própria hospitalização. O estresse pós-trauma relacionado aos acidentes com veículo motor com conseqüente dificuldade de memória e ansiedade foi também descrito, nos EUA, por Butler, Moffic e Turkal25.

O aumento do número de internações de pacientes graves vítimas de acidente de transporte está relacionado aos avanços da medicina de urgência, aliados aos avanços tecnológicos dos equipamentos de segurança dos veículos, que tem diminuído o número de vítimas fatais mas aumentado o número de vítimas não-fatais, deixando seqüelas muitas vezes incapacitantes, como a lesão raquimedular, considerado como o pior dos traumas26.

Sobre essa questão, Neves26 afirmou que o uso do cinto de segurança e o airbag são considerados importantes fatores de proteção para acidentes fatais e lesões incapacitantes, principalmente em crianças, desde que a alta velocidade e o alcoolismo não estejam presentes.

O aumento na frota de veículos é visto como um fator de risco para o aumento dos traumas causados pelo trânsito28. Segundo o Departamento de trânsito do Espírito Santo30, a frota de veículos cresceu de um pouco mais de 400.000 veículos em 1994, para 804.757 veículos em 2005, um incremento de quase 100%.

O Informe Mundial sobre Prevenção dos Traumatismos Causados pelo Trânsito28, da OMS, descreve várias soluções e alternativas para diminuir os acidentes de trânsito no mundo, que vão desde a via pública, até o condutor, o pedestre e o próprio veículo. Segundo a OMS, o uso do transporte público pode reduzir o número de acidentes de trânsito porque o ocupante de um automóvel, por exemplo, tem dez vezes mais chances de morrer do que o passageiro de um ônibus. O problema está na dificuldade do uso do transporte coletivo, seja por superlotação, seja por falta de comodidade e segurança.

Os traumatismos causados pelo trânsito devem ser considerados como um problema de saúde pública, que responde bem às intervenções capazes de prevenir grande parte dos casos28.

Muitos dos acidentes ocorridos com os pedestres são devido à própria imprudência dos mesmos, pelo fato de muitos preferirem se arriscar ao cruzar avenidas de grande fluxo de veículos, ao invés de usar a passarela.

A solução para os acidentes de trânsito não é simples, porque é um evento multifatorial relacionado à via pública, ao tipo de veículo, ao tráfego, ao condutor e ao pedestre, dependendo, portanto, da atuação tanto do governo quanto da mudança de atitudes do condutor e do pedestre28. Além disso, o tipo de finalização do acidente irá depender da gravidade do acidente, da eficiência da remoção dos acidentados do local até ao serviço de saúde e da qualidade do primeiro atendimento.

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Autor: Cristina Marinho Christ Bergami


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