Tentativas Para Diminuir Os Problemas Ambientais



A questão do lixo gerado nas cidades é, sem dúvida, um dos grandes problemas na maioria dos municípios brasileiros. Os altos custos de implantação e manutenção dos sistemas de coleta e tratamento de lixo têm levado ao fracasso muitas tentativa de equacionamento.

No Brasil, a maior parte das prefeituras não faz coleta seletiva do lixo, e na maioria dos casos em que há coleta, este fica restrito ao recolhimento seguido da destinação final a céu aberto, conhecidos como "lixões, lixeiras ou monturos de lixo". Estes constituem o habitat propício de vetores biológicos (moscas, mosquitos, baratas, roedores, etc.) responsáveis pela transmissão de doenças infecciosas, como febre tifóide, salmonelos, amebíase, malária, dengue, cólera, leptospirose, etc., além de contribuir sobremaneira com a poluição do solo, ar e das águas. Em locais onde não há coleta de lixo, nem destinação para esgoto (saneamento básico, fossas,...) estes dejectos possuem um destino preocupante: beiras de riachos ou no quintal da residência, onde provavelmente desenvolverá as doenças infecciosas citadas acima (grande parte parasitoses), agravadas principalmente pela má nutrição característica da comunidade desses locais, excluídos da coleta "urbana" e de condições sanitárias essenciais para manter o ambiente em equilíbrio. Essas enfermidades passam a ser consideradas como uma endemia, uma vez que, a cura não parte da raiz da questão, e sim de um tratamento provisório da parasitose, e essa é readquirida pelo indivíduo.

Ao refletir sobre esses assuntos, a primeira imagem que nos "acomete", é de uma metrópole, com grande número de desabrigados e " barracos" situados na periferia; porém, essa imagem não está distante do nosso meio. Consequentemente, a idéia de um documentário, neste município, onde seriam focalizados a ocorrência deste problema e a real presença dele na sociedade cascavelense, ilustraria ao receptor, à que distancia ele se encontra e, proporcionaria uma reflexão sobre como contribuir para resolver, ou ao menos minimizar, e entender esse problema.

O jornal é uma das formas de comunicação e transmissão de informação mais populares que permaneceram perante todas as novas tecnologias dos últimos anos, e a redação científica, a que se pretende realizar, dentro de um jornal científico, deriva de uma série de sistemas de informações provenientes desde o século XVI, confrontando a Igreja e o Estado, e sendo realizada as "escondidas" por grupos de elite que discutiam descobertas relacionadas à filosofia natural. Passou pela noticiação de surtos de febre, varíola, em toda a Europa e nas colônias britânicas da América do Norte.

Nesse processo sedento por informação e descobertas a sociedade passou a obter maior interesse a informativos que trouxessem esse tipo de abordagem. A necessidade de sobrevivência definiu os critérios para escolhas dos temas e relações que este teria que abranger. Porém quando pensamos em comunicação, jornal, informação, nos remetemos a pensar como papel do jornalista como único transmissor e responsável por este ato, porém o ato de escrever e transmitir informações compete a todos os membros de uma sociedade e é realizado constantemente sem ser na maioria das vezes limitadas por um papel.

Escrever sobre a ciência pode ser um ato realizado por quem também estuda e faz ciência, e isso é modificar os meios de ensinar e esse grande monstro, se assim podemos chamá-lo, na educação tradicional - a simples memorização advinda da repetição mecânica, determinista, procedimental -; que ainda é regulamentada por uma visão de ciência dogmática, comprovada, acabada. Essa visão de ciência traduzia a aprendizagem teórica como um jogo de memorização, que como recursos possuíam somente o quadro e o giz; o professor era dono de total compreensão e suas palavras eram ditas como "verdades absolutas"; já a aprendizagem prática, se dava através roteiros experimentais pré-estabelecidos, receitas organizadas na base do passo-a-passo, que passavam longe do que se poderiam chamar de investigação (Rosa, 2000).

Acreditando, como Edwards e Mercers (1987 apud Rosa, 2000) apontam, reconhecemos que a construção do conhecimento na sala de aula (aprendizagem formal) é resultado de um processo comunicativo de negociação social, em que os significados e a linguagem do professor são apropriados pelos alunos, na construção de um conhecimento compartilhado.

Desta forma, ao assumir que a linguagem é elemento fundamental na aquisição de conceitos nas aulas de ciências e que ela parte da contribuição de signos para construção de conceitos, decidimos incorporar a contribuição da corrente sócio histórica liderada pelos trabalhos de Vygotsky (1991), para a o planejamento do conteúdo e formato que acompanham este trabalho; contrapondo parcialmente a concepção tradicional de ensino.

No ensino tradicional, a linguagem exercia um papel de meio, veículo de mensagens, onde valorizava-se a fala do professor, mas na perspectiva da concepção vygotskiana, a mediação é fundamental e a linguagem agora tem o papel de desenvolver conceitos, evoluindo o pensamento (Antón, 1999 apud Reis, 2004).

De fato, para Vygotsky, o processo de internalização requer operações com signos. Até que o processo se complete, o sujeito utiliza recursos externos (como a fala e as imagens) para ordenar sua própria atividade cognitiva. Nesse sentido, o uso dos termos internalizar/ interiorizar pela professora nos parece adequado. Segundo Larocca (2002), as práticas e usos sociais constituem fontes de inspiração para a organização do trabalho com os conteúdos escolares. Quando o professor acredita que o conhecimento é construído na interação entre sujeitos, ele procura romper com o ensino individualizado, dando uma outra dinâmica ao trabalho discente. A interação também é princípio aplicável durante correções e permite à professora acompanhar caminhos de raciocínio do aluno compreendendo melhor os seus erros e propiciando uma nova oportunidade de aprendizado (VYGOTSKY, 1991). Esses pontos foram considerados refletir sobre a importância da utilização desses recursos. Esse produto, além de oferecer a intermediação através do lúdico, ele possibilita ao aluno discussões entre o seu ambiente educacional e social.

Panfletos com esse caráter científico não tem um espaço pré-definido dentro da presente sociedade educacional, e faz-se necessário tal recurso para informar, contextualizar e interligar assuntos da área das ciências biológicas aos estudantes, com o intuito de maior difusão da conscientização ambiental.

SPIASSI, A1.; SILVA, E.11 Biólogas Licenciadas pela Faculdade Assis Gurgacz – FAG  Jul./2007

Autor: Edianara Milkiewicz da Silva


Artigos Relacionados


Coleta Seletiva: InstalaÇÃo, Problemas E SoluÇÕes

As Pontuais Mudanças Trazidas Pela Lei 11.689/08 = Júri

A Função Da Escola E Da Educação

Educação Física E Qualidade De Vida

Impactos Ambientais

A Ética Docente Como Influência No Ensino – Aprendizagem De Crianças Nos Anos Iniciais Do Ensino Fundamental

Produção De Húmus De Minhoca Com Resíduos Orgânicos Domiciliares