Resumo Do Livro Sexo E As Origens Da Morte



Ao ler este livro, o leitor faz "viagem" ao mundo das células que isoladas ou agrupadas desempenham atividades fascinantes. O autor inicia a "história" falando sobre a vida na terra primitiva e termina relatando a morte de um homem que havia sofrido um ataque cardíaco. Mas enfim acredita-se que a vida surgiu a partir de uma única célula formada por compostos inanimados e, nos mares primitivos, consistia de células isoladas e de vida livre. Hoje ainda existem as bactérias, os fungos, as amebas, os protozoários, e outros. Estes organismos tornaram-se resistentes aos raios ultravioletas e ao oxigênio da atmosfera para conseguir permanecer vivos ao novo ambiente que variava constantemente as condições de alimento, temperatura, água, pH, etc. As células que se uniram para formar os seres pluricelulares tornaram-se fracas, se acostumaram com uma vida fácil, com um novo ambiente. A maioria perdeu a capacidade de movimento e de buscar alimento ou oxigênio.

As bactérias que habitam o mundo de hoje fornecem uma janela para o passado, permitido supor como devem ter sido as primeiras formas de vida, embora as que estudamos hoje devam ser diferentes das primeiras formas que apareceram quase quatro bilhões de anos atrás devido ao processo de adaptação e evolução. Elas (as bactérias) foram os primeiros seres a se reproduzirem por meio da replicação e transmissão do DNA aos seus descendentes, elas formam clones idênticos a célula que as deu origem, não se reproduzem por meio do sexo e isso as torna "imortais", como diz o autor.

Tanto o sexo quanto a morte programada (apoptose) começaram quando a grande maioria dos organismos ainda era unicelular. O sexo é um conjunto de genes duplicados. Pela reprodução sexuada dois indivíduos se encontram, copulam e se reproduzem. As vantagens do sexo é que ele permite variabilidade genética, reparos ou eliminação de erros genéticos, porém estas vantagens trazem senescência e a morte obrigatória.

Na espécie humana, até o estágio de blastocisto as células são totipotentes, após este estágio perdem a capacidade de produzir um novo indivíduo e todas são mortais.

Existem dois tipos de morte celular:

A apoptose que é controlada pelo próprio DNA da célula e o primeiro sinal observa-se na membrana que destaca-se das outras células ficando isolada e ondula a membrana. Este suicídio da célula é importante em muitos casos como na formação dos dedos e sistema nervoso em fetos humanos, este processo continua depois do nascimento e durante toda a vida.

Na necrose celular ocorre a destruição completa das partes internas da célula com a passagem de água extracelular para dentro e do dilaceramento da membrana. Quando ela morre, os macrófagos são responseis pela limpeza, transformando em energia e outra célula saudável se move para a área danificada para substituir as funções celulares perdidas.

"A morte do ser humano é conseqüência da morte de suas células, e isto, é devido ao fato de fazermos sexo."

CLARK, William R. Sexo e as origens da morte. Rio de Janeiro - Ed. Record, 2006.


Autor: Ariane Spiassi


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