Doenças da Imunidade



FREITAS, Rafael Limeira; acadêmico do 4º semestre de enfermagem da Faculdade de Quatro Marcos – FQM.

Resumo

Hipersensibilidade é o nome dado às alterações exageradas no organismo mediante uma resposta imune. Em uma situação normal, o contato de um indivíduo sadio com antígenos, leva apenas a indução de uma resposta imune protetora. Já na reação de hipersensibilidade essa resposta é tão intensa que pode ser lesiva aos tecidos.

Sendo assim, uma doença que até nos casos considerados "mais simples" pode haver a indução de um choque anafilático e a conseqüente morte do individuo.

Palavras-chave: Anafilático. Hipersensibilidade. Antígeno

Introdução

As reações de hipersensibilidade podem ser divididas em quatro grupos: hipersensibilidade do tipo I, tipo II, tipo III e hipersensibilidade do tipo IV.A reação de hipersensibilidade do tipo I, mais comumente conhecida como alergia, é mediada pelo IgE contra um antígeno estranho (alérgeno). Onde são liberadas substâncias vasoativas e espasmogênicas que atuam sobre vasos e músculo liso, assim como citocinas que recruta células inflamatórias. Por liberar propidades que tem ação sobre os vasos e músculo liso, geralmente são apresentados vasodilatação e broncoconstrição como muitos outros sintomas, favorecendo assim a quebra de homeostasia do organismo.

Diagnóstico clínico da reação de hipersensibilidade imediata (tipo I)

De acordo com ROBBINS, Stanley (2005, p.216) a hipersensibilidade imediata é uma reação imune que se desenvolve rapidamente, ocorrendo minutos após o contato com um antígeno estranho, seja ele qual for.

Este tipo de doença da imunidade pode ocorrer como um transtorno sistêmico ou como uma reação local. Nas duas situações por meio de inspeção e uma boa anamnese é possível o diagnostico clínico. Sendo os sintomas na maioria das vezes facilmente reconhecidos e diferenciados de outras patologias.

Sintomatologia e causas frequentes de hipersensibilidade do tipo anafilático (tipo I)

A hipersensibilidade do tipo I tem duas fases bem definidas. A resposta imediata, ou inicial, que é caracterizada por vasodilatação, extravasamento vascular e, dependendo da localidade pode ocorrer espasmos de músculo liso ou secreções glandulares. As alterações geralmente se tornam visíveis entre 5 a 30 minutos após a exposição ao alérgeno e começam a desaparecer depois dos 60 minutos. São exemplos: a renite alérgica e asma brônquica.

Uma segunda reação chamada de fase tardia, ocorre entre 2 e 24 horas após o contato com o antígeno estranho, e pode durar por vários dias.

A fase tardia se caracteriza por infiltrações dos tecidos por eusinófilos, neutrófilos, basófilos, monócitos e células T CD4+. E também por lesões teciduais, bem como lesão as células epteliais das mucosas.

São vários os fatores que podem induzir a uma reação de hipersensibilidade, sendo mais comuns no ambiente o pólen, resíduos animais, poeiras domésticas, alimentos, metais, substâncias químicas etc.

Anafilaxia sistêmica pode ser uma complicação perigosa nos casos de reações de hipersensibilidade imediata

Choque vascular, edema disseminado e dificuldade respiratória são sintomas caracterizantes da anafilaxia sistêmica.

Segundo ROBBINS, Stanley (2005, p.216) a gravidade da doença varia conforme o nível de sensibilização. Doses muito baixas de antígenos podem também desencadear anafilaxia; como, por exemplo: as mínimas quantidades utilizadas em testes convencionais na pele para varias formas de alergia.

O choque anafilático é considerado uma emergência médica em que há risco de morte, devido à rápida constrição das vias aéreas, que muitas vezes ocorre em questão de minutos após o início do quadro.

É importante lembrar que em uma unidade de saúde quase sempre é possível identificar os pacientes com risco de anafilaxia antes de se administrar certos agentes terapêuticos.

Considerações Finais:

Diante do exposto acima, torna-se válido uma reflexão acerca do estreitamento com as causas e os sintomas de uma doença que, geralmente, passam despercebidos e não são encarados como causa de morte. Assim, pode-se observar que apesar de serem comuns e talvez até rotineiras em muitos grupos socioeconômicos, as reações de hipersensibilidade não se apresentam apenas como um "inchacinho" ou uma "coceirinha" qualquer, devem ser diagnosticadas e tratadas de modo a evitar futuras complicações, como a que foi abordada anteriormente.

Referências bibliográficas

BENJAMINI, Eli; COICO, Richard e SUNSHINE, Geoffey. Imunologia. 4ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

JANEWAY, Charles A; Travers, Paul; WALPORT, Mark e SHLOMCHIK, Mark. O sistema imune na saúde e na doença. 5ª edição, Porto Alegre: Artmed, 2002.

ROBBINS, Stanley L et al. bases patológicas das doenças. 7ª edição, Rio de Janeiro: Elzevier, 2005.

ROITT, Ivan M e DELVES, Peter J. fundamentos de imunologia. 10ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.


Autor: rafael limeira de freitas


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