Analogias bíblicas para o Reino de Deus neste Universo durante o Milênio



Analogias bíblicas para o Reino de Deus neste Universo durante o Milênio

 

Por Ruy Porto Fernandes

 

            João 14.3 - E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.

 

            Hoje eu entendo que Jesus disse que, se ressuscitasse, iria preparar lugares para que os salvos ali também vivessem com Ele. Assim iria dar, de fato, início ao Reino de Deus em todo o Universo.

           

            Neste contexto, eu creio que os ressuscitados irão governar e ensinar, como reis e sacerdotes (Ap 1.6). E os vivos, que passassem pelo período da tribulação, ou seja, sobrevivessem à Ira de Deus (Ap 18.4), também seriam levados vivos para esses lugares para reproduzirem e se tornarem numerosos como a areia do mar e as estrelas do céu, conforme promessa feita a Abraão (Ge 22.17). Para isso, desde a entronização de Cristo, estão sendo criados milhares e milhares de galáxias e sistemas solares que serão ocupados no período do Milênio. E assim também se cumpre Isaías 11.1-16.

 

            Há 2.000 anos o Senhor vem construindo esses locais no Universo, já livres do Mal, após a batalha travada entre Miguel e os seus anjos e Satanás e seus anjos (Ap 12.7), onde viverão os salvos “vivos” e os ressuscitados e arrebatados,  para reger e ensinar os que ali nascerão, sendo-lhes testemunha, pois não conhecerão o Mal.

 

            Estes que aí nascerão, descendentes dos que ficaram vivos da Tribulação, pois os ressuscitados não procriam, também serão transformados em corpos ressuscitados, sem morrer, tal como Elias, e viverão a vida eterna. Isto, até que se complete o número de seres humanos na finalização desses “mil anos”, seguindo-se o Juízo Final, com a condenação de Satanás, o julgamento dos mortos e o Novo Céu e Terra, com a Jerusalém Celestial. Mas esta terra se desfará e será a prisão de satanás, cumprindo-se 2º Pe 3.10-13 e Ap 20.2.

 

            Nesse êxodo dos “vivos” e dos ressuscitados se cumpre as analogias bíblicas que encontramos nos seguintes tipos.

 

1)      Adão foi criado da terra e levado para o Jardim do Éden para viver eternamente, se não tivesse pecado. O Éden, cercado por quatro rios, é tipo da Jerusalém celestial.

 

2)      Noé viveu na terra e foi resgatado de um dilúvio numa arca e depois foi restaurado na terra. A arca, semelhante a uma caixa retangular, é tipo da Jerusalém celestial cercada.

 

3)      Abraão, vivendo em Ur da Caldéia, foi resgatado por Deus para viver numa terra onde manava leite e mel, também analogia da Jerusalém celestial, e ali possuir uma descendência mais numerosa que areia e estrelas.

 

4)      Abraão e família foram para o Egito, onde se reproduziram sob escravidão, e de onde Israel foi resgatado do inimigo para viver numa terra prometida. Também analogia da Jerusalém celestial.

 

5)      O povo de Israel, depois de ter sido estabelecido na Palestina, foi novamente submetido à escravidão pelo inimigo, resgatado e re-estabelecido por Deus na terra de Israel.

6)      O Reino de Deus é estabelecido por Jesus Cristo na terra. Porém, este não é um reino aparente, pois está apenas dentro dos cristãos, pois o Mal aqui habita. Assim, Cristo voltará para resgatar seu povo e conduzi-los aos lugares preparados, para ali viver eternamente.

 

7)      Novo Céu e Nova Terra, após o Milênio, e o Reino de Deus no Universo. Agora definitivo e completo, sem procriação, após a passagem das nações pelo último desafio (Ap 20.7). A Jerusalém Celestial é o símbolo para o Universo onde Jesus Cristo e os seus já habitam sem a existência do Mal.

 

Niterói, 10 de maio de 2009.


Autor: Ruy Porto Fernandes


Artigos Relacionados


Soneto Da Primeira Estrela

Cidade Mineira

Um Presente Especial

A Chave Da Felicidade

Saudade (poesias)

Operário

S.o.s. Planeta