O FILÓSOFO É ATEU



    Sim, o filósofo é ateu. E se não for, deveria ser. Não esse ateu que conhecemos, não com esse conceito.

    O ateísmo do filósofo deve ser no sentido de não crer nas verdades definitivas feitas pelos homens, nos dogmas, porém, sem se tornar um cético, um descrente de tudo e de todos, pois se assim for, ele estará sendo também um dogmático, visto que sua verdade, a sua certeza, é a descrença.

    Crer em Deus, não torna ninguém dogmático, pois essa crença não significa se apossar de verdades. Deus é real, não foi criado pelo homem, mas ao contrário, Ele o criou. Portanto, o filósofo, o amigo da sabedoria, pode sim ser um ateu para tudo aquilo que quer mostrar que não necessitamos de Deus e que a nossa razão nos basta.

    Se formos analisar e questionar todos os filósofos e suas filosofias, veremos que nenhum deles jamais provou, ou jamais comprovou a inexistência de Deus.

    A filosofia sempre deixa um canal aberto para qualquer tipo de questionamento, ela nunca se fecha.

    Crer em Deus é usar o livre arbítrio em toda a sua essência. É uma escolha racional tão profunda, que sua racionalidade se expressa de uma forma que inunda o seu espírito. Sua alma fica impregnada de Deus.

    Deus existe independente de crermos ou não. Ser ateu não elimina Deus. Ser ateu não é descrer ou não crer nele, mas é não ter Deus na sua vida. É a ausência total, é a não presença dele.

 


Autor: Edi Mail Bohrer


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