Caçambada Cutuba



A história que Rondônia não escreveu...SINOPSE
quatro amigos, filhos da terceira geração de rondonienses, os jornalistas Zola Xavier da Silveira e Antonio Serpa do Amaral Filoho, o juiz de direito Berlange Andrade e o funcionário público Anisio Gorayeb, reecontrampse em Porto Velho em um bar 40 anos depois. Diante das evidentes transformações da cidade, recordam nomes, lugares e fatos como o atentado ocorrido em 26 de setembro de 1962, quando um caminhão feriu e matou militantes políticos e populares, durante comício de Renato Medeiros, numa praça de Porto Velho. Depois do atentado a cidade se calou e, dois anos depois, o país, com o Golpe Militar de abril de 1964 e, em 1967, em em um cenário de terror, censura e medo Porto Velho recebe a visita do guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara, narrado por João Leal Lobo, o único vivo das três pessoas que fizeram a recepção, falecido em 15 de setembro de 2008. Essa história reconstitui um dos quinquênios mais conturbados da história brasileira, na segunda metado do século 20.

...temos aqui fatos que não foram apurados e que, as normas do poder enterraram vivas as lembranças dos envolvidos nos fatos da caçambada, uma caçamba de propriedade da prefeitura de porto velho, conduzida por um motorista bebâdo atropelando várias pessoas que se encontrava no comício...segundo depoimentos de parentes, filhos, netos, historiadores e jornalistas renomados de Porto Velho, durante o lançamento do trailer do filme a ser lançado brevemente dependendo de futuros patrocinadores e apoios das empresas e órgãos difusores da cultura e da história esquecida...vemos aqui um crime sem punições...uma disputa política e social entre duas classes os pele-seca (classe prolerária) e os cutubas (classe abastarda), onde, desde as escolas de samba também estava envolvidas nessa disputa, por se tratar de serem componentes das mesmas os envolvidos nos fatos...mais uma vez esse Rio que corta Porto Velho (rio madeira) e a principal testemunha do que se pretende a séculos tirar desse chão...a propriedade nata dos que aqui fixaram suas esperanças de vida e paz...uma briga que envolve a cia são paulo e a cia grão pará pela posse definitiva do eldorado Rondônia...enquanto uns subiam o madeira até o seu limite...cachoeira do santo antônio (hoje está sendo construída a usina do madeira), note-se que o marco divisor e opressor ainda está de pé, mostrando a divisão dos estados do mato grosso e do amazonas, outros desbravavam o sertão, enquanto uns construíam uma estrada de ferro para o inferno, outros abriam a floresta com uma língua amarela de terra chamada estrada...bandeirantes...sertanistas...soldados da borracha, que aqui eram tratados como judeus no holocausto...vejo que não se trata de apenas um documentário. mas sim, a busca dos valores de identidades de um povo que não tem registro próprio, pois a própria história os omitiu e os próprios também se omitiram preservando as suas gerações futuras que um dia retornariam a esse eldorado...será que finalmente houve uma finalização ou é apenas o começo de mais saga secular que remonta desde os tempos de salomão e o seu saque de madeiras nobres, ouro para o seu palácio, presentes para as suas mulheres...esse sim é o verdadeiro martírio do final dos tempos...a guerra de interesses particulares para poucos...racismo...preconceitos...injustiças...quem vai pagar essa conta?


tags: Porto Velho RO textos-ficcao mettal usinas binho basinho
 
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Ficha Técnica          

direção geral: délcio teobaldo
diretor de fotografia: toni nogueira
produção e argumento: Zola Xavier
música: antonio serpa do amaral e rubens vaz cavalcante
coordenação de elenco: ângela cavalcante

Autor: carlos mettal


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