TRANTORNOS DE APRENDIZAGEM NA INFÂNCIA: DISLEXIA



Algumas crianças com QI normal e com um funcionamento adaptativo de fato bom apresentam dificuldades para aprender a ler, escrever ou calcular. O rótulo típico para o problema é dislexia (incapacidade de ler compreensivelmente), a definição oficial desse problema inclui a suposição de que a dificuldade decorre de algum tipo de disfunção ou dano do sistema nervoso central, da mesma maneira pela qual, muitas definições de transtornos de aprendizagem pressupõem algum tipo de base biológica. Diagnosticar uma incapacidade de aprendizagem é algo muito complicado, porque este é basicamente um diagnóstico residual. É o rótulo, em geral, aplicado a uma criança de inteligência média, com visão e audição normais, que apresenta uma dificuldade significativa para absorver, processar, lembrar ou expressar algum tipo de informação, como números ou palavras escritas.

Introdução:

Sabe-se que hoje há um grande índice de pessoas disléxicas no Brasil, cerca de 10% a 15% da população têm dislexia, de acordo com pesquisas feitas pela Associação Brasileira de Dislexia (ABD). Dessa população, 76% são do sexo masculino, o que dá uma média de 3 homens disléxicos para cada mulher. Na maioria das vezes, através de uma reeducação psicopedagógica, o disléxico vai conseguindo aos poucos dominar as habilidades e destrezas para ler e escrever, mas a dislexia não tem cura. A dislexia sempre vem acompanhada da disortografia que é a impossibilidade de transcrever a forma correta de escrita das palavras, havendo trocas, omissõesou substituições e adições de letras, sílabas e até de palavras.

Dislexia presente na escola

Até o primeiro dia de escola, a criança se mostra como as outras: alegre, participante e interessada com o novo. Mas o contato com as primeiras letras revela uma dificuldade que até então permanecia oculta. Por alguma razão, ela não consegue acompanhar as demais nas primeiras tarefas de leitura e escrita. Surgem as primeiras conseqüências:

·Começam a se sentirem infelizes e lamuriosas.

·Resistem a ir á escola e a fazer as tarefas escolares.

·Tendem a ficar tensas e irritadas ao serem cobradas.

·A auto-estima é afetada diretamente, pois a criança percebe que não consegue ter o mesmo desempenho que os colegas de classe.

·Podem ser rotuladas como preguiçosas e desatentas.

·Podem tornar-se retraídas e com medos.

A criança deve ser encaminhada a um profissional especializado em psicopedagogia, para se realizar avaliação, e verificar se realmente é disléxica. Esta avaliação também deve ser acompanhada por neuropediatra e fonoaudiólogo.

Tratamento da dislexia na infância

O tratamento deve ser feito reeducação psicopedagógica, assim melhorando a capacidade de dominação da leitura e escrita. Mas se uma atenção especializada, raramente a criança disléxica conseguirá, por si só, superar suas dificuldades, e quase sempre acaba se excluindo das atividades escolares. Nos casos de dislexia mais severa, os resultados são positivos mais a longo prazo, pois a criança levará um longo tempo para alfabetizar-se, e dificilmente superará totalmente as dificuldades escolares. Nos casos de diagnóstico tardio, quando a criança consegue alfabetizar-se as duras penas, o atendimento psicopedagógico faz-se necessário para trabalhar questões que ainda não foram elaboradas por ela, como a produção de textos, a escrita, o gosto pela leitura, sua auto-estima, etc.

Método de prognóstico

A dislexia não tem cura. Quanto mais cedo for detectada, melhor será para a criança, pois as conseqüências sofridas serão menores. O prognóstico vai depender da intensidade do problema ( leve, moderada, severa ), de quanto tempo ficou sem diagnóstico e tratamento adequado, do envolvimento dos pais e da escola para ajudar a criança a superar as barreiras, e do acompanhamento de profissionais especializados. A longo prazo, será uma pessoa como as outras, mas sem demonstrar prazer na leitura; Algumas vezes, cometerá erros na leitura e escrita; Poderá confundir-se na tabuada e detestar escrever. Como prova de dislexia, embora não tenha cura, pode ser superada, citarei nomes de disléxicos famosos que ultrapassaram as barreiras criadas pela dislexia e tornaram-se ilustres: O físico Albert Einstein, O gênio renascentista Leonardo da Vinci, o autor da teoria do evolucionismo Charles Darwin, o pintor espanhol Pablo Picasso, os atores Tom Cruise, Robin Willians e o atleta Dan O´Brien.

Considerações finais:

Neste artigo podemos constatar, que hoje nas escolas, os professores não estão preparados profissionalmente para identificarem alunos com dislexia, os professores rotulam estes alunos como desinteressados e preguiçosos, e não procuram ver o que esta causando esse desânimo em sala, por parte do aluno. As escolas também não têm profissionais especializados nas áreas de psicopedagogia, neuropediatria e fonoaudiologia.
Autor: Cristiano Furtado Scarpazza


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