A Utilização das Plantas em Mato Grosso



A utilização das plantas medicinais na prática de cura está presente na historiografia Mato-grossensedesde o século XIII, conforme pode ser constatado em diversos documentos e relatos oficiais desta época.

Guarim Neto (1987) nos relata que as riquezas florísticas do Estado de Mato Grosso provêm da variação do seu ecossistema, que é constituído por três formações distintas: o cerrado, o pantanal e floresta Amazônica, e que por vezes se inter-relacionam, caracterizando fisionomicamente o Estado.

De acordo com Pereira (1999), não se tem; ou pouco se tem, em conhecimentos dos valores advindos de sua natureza, apesar de sua amplitude de uso intenso pelas comunidades de baixa renda.

Neste sentido pode-se afirmar que há um significado mercado para essas plantas, envolvendo diversas pessoas, desde a coleta da natureza, a venda em mercado, praças e ruas centrais das cidades, como também na transformação dessas plantas em remédios.

Para Guarim Neto (1987), a utilização das plantas na cura de diferentes doenças humanas é bastante significativa entre a população de Matogrosso; e acredita que o cultivo dessas espécies em quintais, chácaras, hortas devem ser incentivadas, desde que saibam aproveitar da melhor maneira possível, respeitando e protegendo.

No Brasil a utilização da medicina alternativa é similar a de outras partes do planeta, sendo que 20% da população consomem 63% dos medicamentos disponíveis em farmácia e os demais encontra nos produtos de origem natural, especialmente nas plantas medicinais, a única fonte de recursos terapêuticos.

Porém Lorenzi & Matos (2002) alertam o emprego correto de plantas para fins terapêuticos pela população em geral requer o uso de plantas medicinais selecionadas por sua eficácia e segurança validadas cientificamente.

Bieski & De La Cruz (2005, p. 23) também recomendam que a identificação seja muito importante, pois geralmente se conhece uma mesma planta por nomes diferentes dependendo do lugar onde ela se encontra, ou às vezes, plantas diferentes recebem o mesmo nome, causando confusões pela toxicidade e perigos à saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIESKI, I.G.C. & DE/LA/CRUZ, M.G. Quintais medicinais. Mais saúde, menos hospitais. Governo do Estado de Mato Grosso, Cuiabá, 2005. Brasília: CNPG, Assessoria Editorial, 1987, p. 57

GUARIM NETO, G. Plantas utilizadas na medicina popular do Estado de Mato Grosso. Brasília: CNPG, Assessoria Editorial, 1985/1987, p. 5-7.

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A.Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. São Paulo: Instituto Plantarum, 2002

Pereira, A.L. de . Plantas medicinais populares e cultivadas nas proximidades da Escola Estadual 1º e 2º Grau José Barnabé de Mesquita, zona urbana do bairro do Porto em Cuiabá-MT. Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Instituto de Educação - Cuiabá-MT, 1999, 71 p. (monografia)


Autor: Roseli Alves


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