HIPERATIVIDADE: DIFICULDADES DE APRENDIZAGENS NAS SÉRIES INICIAIS



É comum que criança com sintomas de desatenção não se detenha em detalhes, aparente não escutar quando lhe dirigem a palavra e não consiga dar continuidade numa conversa, uma vez que muda com freqüência de assunto, mesmo sem ter finalizado o assunto anterior. Também é possível encontrar as que não se fixam em propostas que envolvam esforço mental e articulação das idéias, distraindo-se com muita freqüência diante de estímulos variados. Geralmente, não conseguem copiar integralmente o que está escrito no quadro, não colocam acentos, bem como não conseguem ler até o final um enunciado de uma atividade, antes de começá-la. Em decorrência destas características, é possível ver uma criança que apresente Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH)interromper assuntos, fazer comentários não cabíveis, assim como mexerem materiais que não são seus. Por demonstrar ser desajeitada e não ter medo do perigo, envolve-se em atividades perigosas, podendo derrubar objetos e esbarrar com facilidade.
A política de inclusão escolar, diferente da política de integração que colocava o ônus da adaptação no aluno, implica em todo um remanejamento e reestruturação da dinâmica da escola para receber esses alunos especiais. Na escola inclusiva há de se ter um planejamento individualizado para cada aluno, que recebe, dentro de sua própria classe, os recursos e o suporte psicoeducacional necessários para seu desenvolvimento. Ao invés de o aluno ir à sala de recursos, a sala de recursos e o suporte psicoeducacional necessários é que vão a ele, em sua classe regular. Isso implica na presença de um profissional especializado acompanhando diretamente o aluno durante a aula e orientando o professor regular na adaptação curricular e metodológica. Acreditamos que o aprimoramento com qualidade do ensino regular e a adição de princípios educacionais válidos para todos os alunos resultarão naturalmente na inclusão escolar dos portadores de deficiência. Em conseqüência, a educação especial adquire uma nova significação. Torna-se uma modalidade de ensino destinada não apenas a um grupo exclusivo de alunos - o dos portadores de deficiência - mas uma modalidade de ensino especializada no aluno e dedicada à pesquisa e ao desenvolvimento de novas maneiras de se ensinar, adequadas à heterogeneidade dos aprendizes e compatíveis com ideais democráticos de uma educação para todos. Tratar de diversidade é não esquecer que se vive num mundo diverso e que ninguém é igual a ninguém, portanto é relevante questionar como vêm sendo tratadas as ‘diferenças’ no interior das escolas. Todos possuem formas individuais de lidar com a realidade e para isso há sempre a necessidade de adaptações às dificuldades do dia-a-dia. Por tanto, este tema levanta discussões acerca do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade e da Indisciplina. Discute a questão sob a ótica de como se pode lidar com as duas situações que por vezes se confundem e oferece elementos para um ensino educacional de acordo com as necessidades, tanto para hiperativos, quanto para indisciplinados.

Referencial
ALENCAR, E. M. S. Psicologia e educação do superdotado. São Paulo: EPU, 1986.
BAUTISTA, R. et al. Necessidades educativas especiais. Lisboa: Dinalivro, 1997.
CARVALHO, R. Temas em educação especial. Rio de Janeiro: WVA, 2000.
CHARLOT, B. Da relação como saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre:
Artes Médicas, 2000.
PIAGET, J. Psicologia e epistemologia. Rio de Janeiro: Florense Universitária, 1978. 
MACEDO, L. de. Fundamentos para uma educação inclusiva. 2002. Disponível em: <http:/íwww.educacaoonllne.pro.br!art_fundamentos_para_educacao_Inclusiva.asp>. Acesso em março 2004.

Professora graduada em alfabetização infantil, da rede Municipal de Várzea Grande "contratada"


Autor: franciele teixeira


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