Petrobrás sob pressão crescente



Jornal do Brasil – Caderno A
08 agosto de 2005 – pág A18
Petrobras sob pressão crescente

A decisão da Petrobras de não repassar aos preços dos combustíveis no mercado interno a alta do petróleo lá fora será posta em xeque. O recorde na cotação da commodity, na última sexta-feira, chegando a inéditos US$ 62,31, ficará para trás até dezembro, quando o preço do barril atingirá US$ 67, aposta o economista Marcel Pereira, da RC Consultores.

Antes, porém, a pressão sofrerá um falso alívio, com a inversão da trajetória de alta, nos próximos dias. Sua pre­visão se baseia na análise da evolução do preço do produto desde o ano passado, quando se iniciou a escalada do barril - a curva mostra um ciclo em que cada período de quebras sucessivas de recordes é precedido de um recuo na cota­ção. Para o analista, o preço vai buscar, nos próximos 40 dias, um patamar em torno de US$ 52 o barril, "salvo al­gum fator excepcional que reduza a produção da Opep" (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

Pode ser um momento para a Petrobras respirar antes de enfrentar o difícil dilema entre o aperto crescente em sua margem de lucros - assustadora para os investidores - e o desgaste político de um reajuste com impacto imedia­to na inflação - horripilante para um governo em crise, que tem na economia sua única fonte de notícias positivas nos últimos meses.

'Exocet' modelo caixa 2 (quadro)

Em tempos de cuecas recheadas de dólares, o pólo de moda íntima de Nova Friburgo aproveita as pendengas políticas e apresenta um lançamento para nenhuma en­volvida em caixa dois botar defeito. Uma super-calcinha, de 12 metros de altura por 8 de largura, será expos­ta no centro da cidade serrana, durante a 13a edição da Feira de Lingerie. A peça, que entrará no Guinness, foi confeccionada por oito costureiras, que levaram seis ho­ras na empreitada. A expectativa é que a peça ajude a turbinar os negócios em 40% frente ao evento do ano passado. A feira começa amanhã e vai até o dia 12.

Em direção ao fundo...

A queda na rentabilida­de dos fundos de pensão em 2004 foi um movimento mais frequente do que se imagina. Pesquisa da RiskOffice* com 100 entidades para as quais presta servi­ço mostra que apenas 47% deles superaram a chama­da meta atuarial - que costuma ser um índice de in­flação, normalmente o INPC, mais 6% ao ano. Em 2003, 80% deles obtiveram sucesso em seus investi­mentos. Mas, para Fernan­do Lovisotto, da consulto­ria, não há motivos de preo­cupação para os partici­pantes: "O sinal amarelo só deve ser ativado quando o resultado é ruim por três anos seguidos".

...e atrás de salvação

A propósito, os fundos de pensão, ao que parece, trabalham para limpar a imagem respingada pela lama que inunda o planal­to. Congresso da Associação Brasileira de Entidades Fe­chadas de Previdência Complementar (Abrapp), a ser realizado em outubro, terá como tema "Respon­sabilidade social e profis­sionalismo". Aos interessa­dos, o preço é bem salgado, em tempos de rentabilida­de em queda: R$ 4.672 por participante.

Plano de saúde em dia

Enquanto as operadoras saúde choram os reajustes negados e o estado grave de suas contas, o Grupo Memorial espera dobrar em dois anos seu fatura­mento, que, em 2004 che­gou a R$ 26 milhões. Para isso, o grupo investirá na conquista de clientes clas­se B - seu público é predo­minantemente das classes C e D. Nascida no subúrbio do Rio, a marca conta com hospitais, plano de saúde próprio e um sistema de franquia classificado entre as dez melhores opções da área de saúde, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Linha de Frente

Os executivos da Oakley internacional vêm a São Paulo na quarta-feira para di­vulgar os resultados da marca no país. Três anos após o desembarque, a multi­nacional do setor de roupas, calçados e acessórios colhe só alegrias com a opera­ção verde-e-amarela. O braço brasileiro foi eleito a melhor subsidiária da ameri­cana, superando seus pares de África do Sul, Canadá, Alemanha Europa Japão, Oceania e Inglaterra. No Brasil, seus produtos estão presentes em más de 600 lojas multi marcas. Nos últimos três anos, o volume da produção nacional cresceu 70%, o que consagrou o país como cen­tro exportador para toda a América Lati­na. Em 2004, o faturamento mundial da empresa chegou a US$ 800 milhões.

*Marcelo Rabbat, consultor de investimento especializado em risco de mercado e de crédito e vencedor de vários prêmios na categoria, também é diretor da RiskOffice.
Autor: Agência Goodae


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