Poluição do Ar nas Grandes Cidades



Os problemas provenientes da poluição atmosférica começaram a ser considerados como uma questão de saúde pública a partir da Revolução Industrial, quando teve início o sistema de urbanização hoje conhecido. Na década de 80, a taxa de urbanização brasileira atingiu a marca de 68,9%. A poluição atmosférica tem afetado a saúde da população, mesmo quando seus níveis encontram-se aquém do que determina a legislação vigente. As faixas etárias mais atingidas são as crianças e os idosos, grupos bastante suscetíveis aos efeitos deletérios da poluição. A carência de informações no que se refere à relação poluição atmosférica e doença respiratória instigou a verificação dos efeitos. O objetivo do presente trabalho foi verificar e fazer um levantamento dos estudos relacionados a poluição do ar es suas conseqüências na saúde humana, alem mostrar problemática que se tem quando se trata de investigar a qualidade do ar. O capitulo 1, faz um breve conceito sobre a atmosfera terrestre, sua composição, definição da poluição e os tipos de poluentes. O capitulo 2, traz informações da origem da poluição do ar, uma vez que esta é provocada por vários fatores. Já o capitulo 3, fala especificamente dos efeitos da poluição do ar na saúde humana, suas rações no organismo humano, as possíveis doenças provocadas pela poluição do ar, indicadores de poluição e a vigilância do aumento de gases tóxicos na atmosfera. Desse modo concluímos que, apesar de vários estudos sobre a poluição do ar nos leva a crer que durante as ultimas décadas houve um crescimento significativo das emissões de gases poluentes, o que provoca uma grande incidência de doenças respiratórias. O que faz autoridades e a população vivem em estado de alerta nos grandes centros urbanos do mundo.

SUMÁRIO

Os problemas provenientes da poluição atmosférica começaram a ser considerados como uma questão de saúde pública a partir da Revolução Industrial, quando teve início o sistema de urbanização hoje conhecido. Na década de 80, a taxa de urbanização brasileira atingiu a marca de 68,9%. A poluição atmosférica tem afetado a saúde da população, mesmo quando seus níveis encontram-se aquém do que determina a legislação vigente. As faixas etárias mais atingidas são as crianças e os idosos, grupos bastante suscetíveis aos efeitos deletérios da poluição.

A carência de informações no que se refere à relação poluição atmosférica e doença respiratória instigou a verificação dos efeitos. O objetivo do presente trabalho foi verificar e fazer um levantamento dos estudos relacionados a poluição do ar es suas conseqüências na saúde humana, alem mostrar problemática que se tem quando se trata de investigar a qualidade do ar.

O capitulo 1, faz um breve conceito sobre a atmosfera terrestre, sua composição, definição da poluição e os tipos de poluentes.

O capitulo 2, traz informações da origem da poluição do ar, uma vez que esta é provocada por vários fatores.

Já o capitulo 3, fala especificamente dos efeitos da poluição do ar na saúde humana, suas rações no organismo humano, as possíveis doenças provocadas pela poluição do ar, indicadores de poluição e a vigilância do aumento de gases tóxicos na atmosfera.

Desse modo concluímos que, apesar de vários estudos sobre a poluição do ar nos leva a crer que durante as ultimas décadas houve um crescimento significativo das emissões de gases poluentes, o que provoca uma grande incidência de doenças respiratórias. O que faz autoridades e a população vivem em estado de alerta nos grandes centros urbanos do mundo.

CAPITULO 1:

A ATMOSFERA DA TERRA

A Terra é coberta por uma camada de ar de aproximadamente 800 quilômetros de espessura. A força de gravidade atrai aproximadamente 6 quatrilhões de ar para a Terra. Aproximadamente metade desse ar é atraído e se concentra nos primeiros 6 quilômetros do espaço terrestre e mais de 99% de todo o ar se localiza numa faixa de 40 quilômetros. Como se pode perceber, os restantes 760 quilômetros são formados por uma atmosfera extremamente rarefeita.

O ar é invisível, sem odor e sem gosto. É uma mistura de nitrogênio (78,1%),oxigênio (20,9%), variando as quantidades de vapor de água, uma pequena quantidade de dióxido de carbono (0,03%) e outros gases residuais. Na primeira camada desse grande cobertor de ar, vive o homem. O ser humano é dependente desse ar e cada indivíduo respira cerca de 22 mil vezes por dia. Se esse cobertor de ar fosse removido, o homem não sobreviveria mais do que cinco minutos. Entretanto, o homem pode usar este recurso precioso para descartar a maioria dos seus resíduos ou contaminantes. Se esses contaminantes tiverem efeitos adversos, tais como a diminuição da nossa saúde, redução da visibilidade, danos às plantas e materiais, esses resíduos são chamados de poluentes.

A poluição do ar é definida como a presença de um ou mais contaminantes colocados na natureza ou atividades do homem, em quantidades que podem causar dano ao homem, animais, plantas ou propriedades; ou que possam interferir negativamente no bem estar das pessoas, na vida das plantas e animais, no meio físico ou na propriedade.

Outra definição conceitual é: poluição do ar é a presença ou lançamento de matéria e energia no ar que possa a vir danificar os uso desse recurso natural, previamente definido pela comunidade ou país que o contém. Quando o homem polui sua atmosfera, ele pode causar um dano maior a outros ambientes e não aquele imediato. Alguns poluentes podem percorrer centenas de quilômetros da sua emissão original e interagem com outros poluentes nesse caminho. A atmosfera não é capaz de efetuar uma dispersão imediata do poluente, próximo ao seu lançamento. Somente depois de decorrido algum tempo, e em função das condições meteorológicas, é que estarão mais ou menos distribuídos uniformemente na atmosfera.

1.1- TIPO DE POLUENTES DO AR:

Particulado, Gases e Líquidos.

Os poluentes do ar gerado pelo homem são emitidos diretamente na atmosfera (poluentes primários) ou são formados na atmosfera por reações químicas envolvendo poluentes primários (poluentes secundários). Durante sua transformação química para poluente secundário, o composto químico pode mudar de estado ofensivo para um outro que pode ser danoso em altas concentrações, como por exemplo, óxido para dióxido de nitrogênio.

Os poluentes do ar também são produzidos pela natureza. Exemplo: pólens, poros, bactérias, poeiras do chão, sal marinho, gases e material sólido resultante da erupção vulcânica e fumaça de queima de florestas. Os poluentes no ar são usualmente divididos em dois grupos maiores: particulados e gases. Recentemente, uma terceira forma de poluição tem sido reconhecida que é o estado líquido.

1.2. PARTICULADOS

Os poluentes são suspensões existentes no ar de substâncias fixas, sólidas e ou líquidas. Existem dois termos para designá-los: partículas e aerossóis. As partículas referem-se somente às substâncias sólidas, os aerossóis podem ser tanto líquidos como substâncias sólidas suspensas no ar. Alguns exemplos de particulados são: fuligem, partículas do solo, gotas oleaginosas, poeiras, névoas ácidas, fumaça, fumos e neblina. Os particulados podem ser produzidos na queima incompleta, moagem, corte, purificação etc.

Na atmosfera, os particulados ocorrem com vários tamanhos e formas, usualmente eles são classificados em particulados finos, aqueles com diâmetro menor que 2,5u.Os particulados finos são mais importantes, porque podem ser inalados pelo homem e animais e entrar nos pulmões. Nos trabalhos de engenharia ambiental, o particulado fino é aquele abaixo de 10u. Também os particulados finos (0,3-1,0u) são responsáveis pela redução da visibilidade. Os particulados finos são formados primeiramente pela combustão incompleta e/ou reações químicas de poluentes primários na atmosfera. Eles são leves em peso e podem persistir na atmosfera por dias.

Os particulados grosseiros são formados primeiramente pela resuspensão de poeiras do solo, processos de moagem e brisa marítima. Eles causam menos problemas que os particulados finos, uma vez que a gravidade fará sua deposição no solo em poucas horas. Entretanto, aqueles particulados grosseiros que se encontram entre 2,5 a 15u em diâmetro podem ser importantes para o ponto de vista de saúde das pessoas com problemas respiratórios e que sempre respiram pela boca. Para pessoas que respiram normalmente pelo nariz, esses particulados não causam problema uma vez que são bloqueados na passagem nasal. Os particulados reduzem a visibilidade e a absorção e dispersão da luz. É o caso do nevoeiro em muitas áreas urbanas que pode causar redução de luz do sol. Também a dispersão de luz, devido aos particulados, pode produzir um céu avermelhado que algumas vezes é visto no nascer ou pôr do sol.

1.3. GASES

O segundo grupo de poluentes do ar é composto de gases. Enquanto somente uma relativa pequena porcentagem de gases na atmosfera é poluente, eles exercem um papel importante porque são perigosos e possuem efeitos desagradáveis. Alguns poluentes gasosos são liberados na atmosfera por meio de processo de combustão, outros são liberados por processo de vaporização (mudança de um líquido para um estado gasoso), ou são formados por reações químicas na atmosfera.

Os principais poluentes gasosos na atmosfera podem ser categorizados como gases contendo: carbono, enxofre, nitrogênio e ozônio.

a) Os gases contendo carbono são os poluentes do tipo monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos, hidrocarbonetos oxigenados. Monóxido de carbono é tóxico, sem cor, sem odor e é resultado da combustão incompleta de combustíveis. Os hidrocarbonetos são uma classe de compostos formados pela combustão incompleta e pela evaporação da gasolina, óleo combustível e solvente. Eles são compostos de carbono e hidrogênio em várias proporções. Os hidrocarbonetos oxigenados são compostos que contém oxigênio em adição ou carbono e hidrogênio. Alguns deles são formados pela combustão enquanto outros são poluentes secundários, formados de reações químicas entre hidrocarbonetos e oxigênio na presença da luz solar. Muitos dos hidrocarbonetos e hidrocarbonetos oxigenados são carcinogênicos. Um exemplo de hidrocarboneto carcinogênico é o benzeno, existentes em refinarias e petroquímicas.

b) O principal poluente contendo enxofre é o dióxido de enxofre (SO2).Quando os combustíveis contendo enxofre são queimados, o enxofre tira o oxigênio do ar e produz dióxido de enxofre, o qual, em altas concentrações, é um gás irritante. O dióxido de enxofre reage como os materiais na atmosfera para formar partículas de ácido sulfúrico e partículas de sais de sulfato. O ácido sulfúrico é perigoso e é um poluente altamente corrosivo. É comum, em períodos de estagnação do ar, a formação de dióxido de enxofre e ácido sulfúrico em altas concentrações, produzindo sérios problemas pulmonares. Episódios críticos como em Donora, Pensilvânia em 1948, nos Estados Unidos, e na Inglaterra, em Londres em 1952, causaram altos índices de mortalidade.

Na grande São Paulo, em 1976, iniciou-se um processo de atenção e de alerta que denunciava a possibilidade de ocorrência de episódios críticos semelhantes. O controle de grandes quantidades de materiais particulados, cerca de 1500 toneladas por dia, e também dióxido de enxofre possibilitaram uma melhoria acentuada na qualidade do ar na capital paulista.

Os outros poluentes do ar contendo enxofre são mercaptanas (carbono, enxofre e composto de hidrogênio) e sulfato de hidrogênio (H2S) os quais podem ser produzidos pela decomposição de matéria orgânica. As mercaptanas e o sulfato de hidrogênio não são poluentes comuns, mas quando eles estão presentes, podem ser distinguidos pelo seu odor característico de repolho e ovo podre.

c) Os gases contendo hidrogênio são poluentes que incluem o dióxido nítrico e o dióxido de nitrogênio. O óxido nítrico é sem cor, relativamente não perigoso e é produto da queima de combustível a altas temperaturas. Mas ele pode reagir com átomos de oxigênio para formar o dióxido de nitrogênio. Esta reação ocorre especialmente na presença e condições de formação do "smog" fotoquímico. O dióxido de nitrogênio tem odor ligeiramente doce e cor marrom amarelada. Em concentrações altas, pode parecer marrom.

As duas maiores fontes de geração de óxido de nitrogênio são combustão em fontes estacionárias na indústria, na geração de energia, no aquecimento de ambientes e também provenientes dos veículos automotores. Os óxidos de nitrogênio são os principais componentes requeridos na formação do "smog" fotoquímico e da chuva ácida.

Além do óxido nítrico e do dióxido de nitrogênio, existem alguns compostos orgânicos hidrogenados. Um exemplo é o nitrato de peroxi acetila, comumente conhecido como PAN, que é formado de reações químicas e "smog" fotoquímico. O PAN é um fitóxido, isto é, causa danos às plantas.

d) O ozônio é um gás composto de três átomos de oxigênio, enquanto o oxigênio que utilizamos para nossa respiração contém dois átomos de oxigênio. O ozônio é um gás sem cor com um característico cheiro de ar fresco, em geral, percebido durante as trovoadas com tempestades.

Ele ocorre na atmosfera naturalmente mas também pode ser formado por reações químicas envolvendo os óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos, na presença de luz solar, próximo da superfície da Terra. As reações químicas envolvendo a luz solar são chamadas de reações fotoquímicas. Existem três fontes naturais de ozônio. A principal delas está na estratosfera, onde a produção de ozônio ocorre com a reação fotoquímica da luz ultravioleta com oxigênio.

O ozônio estratosférico é freqüentemente trazido da superfície da Terra, por corrente de ar, e pode constituir em uma grande quantidade de ozônio, observado ao nível do solo. O ozônio é também produzido por relâmpago mas como uma fonte menor. Há uma terceira maneira de produção de ozônio: por reações fotoquímicas envolvendo óxido de nitrogênio e hidrocarbonetos naturalmente emitidos pela vegetação. Exemplos de hidrocarbonetos naturais são os terpenos que são compostos químicos produzidos pelas árvores coníferas. Essas áreas possuem um odor associado a elas. Em média, o ozônio produzido naturalmente representa mais da metade das concentrações de ozônio medidas.

O ozônio é um constituinte muito importante do "smog" fotoquímico durante os meses de verão, quando a luz solar é mais forte, o ozônio produzido pelas reações fotoquímicas pode ser significativamente maior do que aquele produzido por fontes naturais.

1.4- LÍQUIDOS

A chuva ácida ou a precipitação ácida tem recentemente recebido muita atenção devido ao impacto ecológico severo que pode causar em áreas bastante extensas. Em decorrência da combustão de enorme quantidade de combustíveis fósseis tais como carvão e óleo, no Brasil, são descarregadas anualmente na atmosfera milhões de toneladas de compostos de enxofre e óxido de nitrogênio. Através de uma série complexa de reações químicas estes poluentes podem ser convertidos para ácidos os quais podem retornar à terra como componentes de uma chuva.

A acidez é medida em unidades de pH. O símbolo pH representa a concentração de íons hidrogênio carregados eletricamente em uma solução. A chuva caindo através de uma atmosfera limpa tem pH de 5,6 a 7 unidades de pH. A chuva ácida tem um pH abaixo de 5,6, em geral, quanto mais baixo o pH, mais poluída e mais corrosiva a chuva se tornará.

Centenas de lagos nos Estados Unidos e na Escandinávia se tornaram tão ácidos que não mais possuem vida aquática. Mais de 90 lagos no Estado de Nova York na região de Adirondacks já não possuem mais peixes devido às condições ácidas. No Brasil, uma das únicas regiões onde se mediu chuva ácida foi em Cubatão e em Santa Catarina na região carbonífera.

No centro leste dos Estados Unidos os números de pH chegam aos valores de 4 a 4,2. A chuva ácida vem contribuindo para destruição dos monumentos de pedras em todo o mundo(fgura 04). Efeitos adversos na agricultura e nas florestas têm sido muito suspeitados mais não foram ainda completamente documentados.

Figura 01: Esq. Estatua normal, Dir. Estatua corroída pela chuva ácida

(Fonte: Google imagens, 2007)

CAPITULO 2:

FONTES DE POLUIÇÃO DO AR

Os poluentes do ar originam-se principalmente da incompleta de combustíveis fósseis (figura 1), para fins de transporte, aquecimento e produção industrial. Entretanto, em adição aos processos de combustão, a poluição do ar é causada por vaporização (a mudança do líquido para o estado gasoso); atrito (operações de redução de tamanhos tais como moagem, corte, perfuração etc); combustão de materiais residuais (figura 2); reações químicas na atmosfera envolvendo poluentes primários e dando como formação poluente secundário; e numa menor extensão, fontes naturais tais como polinização e vulcões.

As principais categorias de fontes de poluição do ar feitas pelo homem são: transporte, combustão e fontes estacionárias, processos industriais e resíduos sólidos. Estas fontes são classificadas como fontes móveis e estacionárias. O nosso sistema de transporte atual se baseia na queima de combustíveis consequentemente, a poluição do ar é um subproduto. Estas fontes de transporte incluem automóveis, ônibus, caminhões, aviões, equipamentos de fazenda, trens, navios etc.

Devido ao grande número, os automóveis são a fonte principal desta categoria. Nos Estados Unidos desde 1963, quando o sistema de ventilação positivo do Carter foi instalado, os automóveis têm sido projetados com equipamento de controle da poluição do ar proporcionando uma diminuição das emissões dos tanques de gasolina, carburadores, alívios de Carter e do cano de escapamento.

Para estes controles trabalharem efetivamente, é necessário que o motor regulado e o carburador seja ajustado adequadamente. Um motor regulado inadequadamente resultará altas emissões de monóxido de carbono e hidrocarbonetos e uma baixa economia de combustível. O carburador controla a relação ar combustível do veículo.

Se a relação de ar combustível for muito alta, quantidades maiores de óxidos de nitrogênio serão emitidas, enquanto que com relações de ar combustível baixa, aumentará a quantidade de monóxido de carbono e hidrocarbonetos, assim como aumento do consumo de combustível. Carros não mantidos significam alto consumo de combustível e dessa forma, desperdício de dinheiro e maior emissão de poluentes.

A combustão incompleta é a maior causa da poluição do ar, embora a combustão completa resulte na emissão de compostos não danosos de dióxido de carbono, vapor de água e cinzas. Nenhum processo de combustão é completo. Alguns poluentes são ainda liberados independentes se eles são provenientes da queima de carvão e óleo em termoelétricas, fábricas, veículos a gasolina, lixo em incineradores e queima de vegetação.

Entretanto se no mundo nós não mais queimássemos combustíveis, a maioria da nossa eletricidade e transporte estaria parada, principalmente nos países frios onde a necessidade de aquecimento é prioritária.

O processo industrial tem uma grande participação na poluição no ar. Devido à tremenda diversidade dos produtos das indústrias, seus processos geram uma grande taxa de poluentes. As principais indústrias que contribuem para poluição do ar são as indústrias de petróleo e combustíveis, a de produtos químicos e a metalúrgica. As emissões provenientes da queima de resíduos sólidos são relativamente pequenas, mas deverão cada vez mais aumentar a sua significância devido aos problemas da destinação de resíduos sólidos (figura 3).(GALVÃO, 1996).

figura 2: combustão de combustíveis fósseis. figura 3: combustão de materiais residuais

(Fonte: Google imagens, 2007). (Fonte: Google imagens, 2007).

figura 4: destinação dos resíduos sólidos.

(Fonte: Google imagens, 2007).

CAPITULO 3:

EFEITOS DA POLUIÇÃO DO AR

3.1 SAÚDE HUMANA

A poluição do ar pode afetar o homem e seu ambiente de diversas formas. Quando a concentração dos poluentes do ar aumenta, sem ser o mesmo, adequadamente disperso devido a meteorologia, topografia e outros fatores, sérios problemas de saúde acabam ocorrendo. Alguns episódios agudos ocorreram no passado Exemplo: Vale do Rio Meuse na Bélgica em 1930; Donora, Pensilvânia, em 1948; Londres, Inglaterra, 1952; e na cidade de Nova York, 1966. Em cada caso, uma inversão térmica segurou os poluentes próximos da superfície da terra causando mais morbidade e mortalidade do que o usual, especialmente, entre os mais velhos e naqueles já possuidores de condições cardiológicas e pulmonares deficitárias.

Embora as estimativas de mortalidade devido à poluição do ar variem de 0,1% para 10%, mesmo o efeito de 0,1% da poluição do ar corresponderia a 15 mil mortes anuais. Estes dados são indicativos da poluição norte americana e estimados pela Academia Nacional de Ciências do Estados Unidos. No Brasil tais informações não existem e principalmente nas grandes cidades deveriam ser levantadas. As pessoas que vivem nas áreas urbanas têm um maior risco por estarem expostas aos poluentes do ar que podem afetar o seu bem estar. O trato respiratório é afetado pela poluição do ar. A cilia do nariz e das superfícies internas que levam até os pulmões pode coletar as partículas maiores dos poluentes; entretanto, as partículas menores e os gases são capazes de entrar nos pulmões. Quando nós respiramos, os alvéolos, transformam o oxigênio em dióxido de carbono. A poluição pode causar em alguns desses alvéolos o aumento de seu volume, alterando sua resiliência, de forma que a respiração fica mais difícil. Os poluentes do ar podem também diminuir ou até parar a ação das cílias, que normalmente carregam muco e os poluentes no trato respiratório. O muco pode engrossar ou aumentar e as vias respiratórias podem ficar entupidas. Os problemas de respiração podem aparecer por causa de uma ou mais dessas reações.

Também, os microorganismos e outros materiais estranhos podem ser suficientemente removidos, fazendo o trato respiratório suscetível a infecções. A poluição do ar tem sido associada com doenças respiratórias crônicas. Os poluentes do ar podem causar ataques de asma brônquica. Durante tais ataques, ocorre o estreitamento temporário das vias aéreas menores (bronquíolos) produzidas por um espasmo do músculo, um aumento das secreções de mucos, ou encolhimento da membrana mucosa. Os poluentes do ar agravam tanto a bronquite crônica como o enfisema pulmonar. Na bronquite crônica, uma quantidade anormal de muco é produzida no brônquio, resultado de tosses contínuas. O enfisema pulmonar é caracterizado pela quebra das paredes do alvéolo. Durante essa doença, um dano irreversível aos tecidos ocorrerá.

O alvéolo aumenta, perde a sua resiliência e se desintegra. Respiração curta é sintoma dessa doença. No câncer do pulmão, existe um crescimento anormal de células originando a membrana mucosa do brônquio. Embora improvável que câncer do pulmão seja produzido por uma só causa, os poluentes do ar podem paralisar a cilia e permitir que substâncias carcinogênicas permaneçam em contato com as células do brônquio mais tempo que o normal. Alguns poluentes do ar têm sido identificados como substâncias capazes de causar câncer, por hidrocarbonetos aromáticos (benzeno, benzopireno). Existe uma associação próxima entre o sistema respiratório e circulatório.

Se o sistema respiratório é afetado por uma doença e não pode trocar os gases no sangue completamente, o coração precisa trabalhar mais intensamente para bombear sangue suficiente para repor as perdas de oxigênio. Como resultado, o coração e os vasos sanguíneos estarão sob “stress” e poderão surgir algumas mudanças como aumento do tamanho do coração. Porque o monóxido de carbono pode reduzir o conteúdo de oxigênio no sangue, este poluente pode exigir uma carga maior para pessoas com anemia ou doenças cardio respiratórias.

Os poluentes do ar podem ter outros efeitos que incluem: ardimento e lacrimejamento dos olhos, visão embaçada, tontura, dor de cabeça, irritação na garganta, espirros alérgicos e tosse e diminuição de desempenho corporal. Os poluentes naturais que causam afeitos sobre a saúde humana são os aéroalérgicos. Os aéroalérgicos consistem principalmente de pólens, mas também incluem bactérias, mofos, póros, poeira de casa, fibras vegetais etc. Acima de 10% da população exposta é afetada por aéroalérgicos. O principal efeito sobre a saúde: rinite alérgica e/ou asma brônquica com alteração do tecido reversível.

figura 5: Criança com asma. (Fonte: Google imagens, 2007)

Estes poluentes naturais, através de complicações infecciosas, podem agravar os efeitos sobre a saúde, causados pelos poluentes gerados pelo homem. Os pólens das plantas, em particular alguns, produzem o mais importante dos alérgicos. Várias medições de pólens são realizadas diariamente nos Estados Unidos principalmente nas estações onde há maior ocorrência. Essas medições servem como um indicador das quantidades de alérgicos do ar.

Os animais podem também ser afetados pelos poluentes do ar. No passado, quando episódios agudos da poluição do ar produziam doenças nos homens, vários animais também tornavam-se seriamente doentes e alguns morriam. Entretanto, os efeitos parecem ocorrer de forma variada, de acordo com a espécie do animal.

As tabelas A, B, C, D, E e F mostram os efeitos de alguns dos poluentes atmosféricos sobre a saúde humana.:

A) PARTÍCULAS NÃO TÓXICAS

Concentração de partículas em ug/m2Efeitos

2.000 g/m³ com 0,4 ppm de SO2 (média de 24 horas) vários dias de episódioAumento de mortes devido à bronquite

1.000 g/m³ com 0,25 ppm de SO2 durante episódiosAumento da mortalidade devido à doenças respiratórias e cardíacas

300 g/m³ com 0,21 ppm SO2 (média de24 horas)Aumento na freqüência e gravidade das doenças do trato respiratório

130 g/m³ com SO2 (média anual) Aumento de incidência de bronquites

100-200 g/m³ com 0,05 a 0,08 ppm SO2(média dos níveis da estação)Aumento de incidência de bronquites

(Fonte: GALVÂO, 1996)

B) OZONA

Concentração de ozona em ppmEfeitos

0,10 (1 hora)

Dificuldade de respirar

0, 30 ( 8 horas)

Irritação no nariz, garganta e dores no peito.

2,00 ( 2 horas)Tosse muito forte

(Fonte: GALVÂO, 1996)

C) DIÓXIDO DE NITROGÊNIO

Concentração

do NO2 em ppmEfeitos

150 ppm ( 5 a 8 minutos ) Potencial fatal

50 a 100 ppm (1 hora) Pode causar broncopneumonia com provável recuperação

10 a 40 ppm (exposição intermitente)Pode causar fibrose crônica e enfisema pulmonar

0,05 a 0,10 ppm (exposição crônica) Evidência de aumento de bronquite crônica

0,05 ppm (exposição longa) Evidência de aumento de doenças

do pulmão e coração em geral

(Fonte: GALVÂO, 1996)

D) DIÓXIDO DE ENXOFRE

Concentração do SO2 em ppmEfeitos

0,52 com particulados

(média de 24 horas) Aumento da mortalidade

0,25 com fumaça

( 3 a 4 dias média de 24horas)Aumento da mortalidade

0,25 com particulados

( 3 a 4 dias média de 24 horas)Aumento de doenças nos idosos

0,19 com baixa concentração de particuladosAumento de mortalidade

0,11 a 0,19 com baixa concentração de particulados

( vários dias de episódios)Aumento de internação

0,037 a 0,092 com fumaça

( exposição crônica)Aumento de problemas respiratórios e doenças do pulmão

(Fonte: GALVÂO, 1996)

E) MONÓXIDO DE CARBONO

Concentração de CO em ppmEfeitos

Concentrações maiores que 100 ppm (10 minutos)'stress' fisiológico em pacientes com doenças do coração

100 ppm (intermitente)diminuição de desempenho em teste psicomotor

50 ppm (para 90 minutos)diminuição no intervalo de tempo de discriminação para não fumantes

30 ppm (acima de 12 horas)carbono elevado nos níveis de hemoglobina com redução do transporte de oxigênio

(Fonte: GALVÂO, 1996)

F) OXIDANTES FOTOQUÍMICOS

Concentração em ppmEfeitos

0.10 ( 30 minutos) Irritação nos olhos

0.13 ( 24 horas) Agravamento das doenças respiratórias

0.03 (1 hora) Diminuição de performance física

0.09 ( 1 hora)Diminuição de capacidade respiratória

(Fonte: GALVÂO, 1996)

3.2. EFEITOS NA SAÚDE NAS GRANDES METROPÓLES BRASILEIRAS.

É possível observar que, ao longo dos últimos anos, vem crescendo a preocupação da população acerca dos possíveis efeitos adversos à saúde causados pela exposição à poluição do ar, particularmente nos grandes centros urbanos.

Esta preocupação, porém, não é um fato recente. Os efeitos nocivos da poluição do ar vêm sendo mais claramente vivenciados desde a primeira metade do século passado, durante episódios de alta concentração de poluentes como os observados no Vale Meuse, na Bélgica, em 1930; em Donora, na Pensilvania, em 1948; e em Londres, Inglaterra, no inverno de 1952-1953.

Esses e outros episódios menos famosos foram suficientes para que se instituíssem medidas visando controlar os níveis ambientais de poluição do ar em diversos centros urbanos, principalmente em países da América do Norte e Europa. Dessa forma, por um longo período, não se observaram mais os efeitos da poluição do ar na saúde.

Segundo Motta (1994: 26):

Mais recentemente, entretanto, vários estudos vêm demonstrando a existência dessa associação, mesmo quando os níveis médios de poluentes não são tão altos. Esses efeitos têm sido observados tanto na mortalidade geral quanto por causas específicas como doenças cardiovasculares e doenças respiratórias. Efeitos na morbidade também têm sido observados e incluem aumentos em sintomas respiratórios em crianças, diminuição na função pulmonar, aumento nos episódios de doença respiratória ou simplesmente aumento no absenteísmo escolar.

Atualmente, diversos estudos vêm usando o número de internações hospitalares como um indicador dos efeitos da poluição na saúde da população. No Brasil, alguns estudos investigatórios dos efeitos da poluição do ar na saúde encontraram associações estatisticamente significantes com mortalidade infantil, mortalidade em idosos, além de hospitalizações em crianças e adultos por causas respiratórias. Esses estudos, em sua grande maioria realizada no Município de São Paulo, indicam que os níveis de poluição do ar em nosso meio apresentam níveis suficientes para causar efeitos adversos na saúde. Porém, ainda restam numerosas questões. Por exemplo, não está claro se existem outras causas de morte e de morbidade mais específicas associadas com a exposição à poluição.

Embora o ar poluído dos principais centros urbanos e industriais provoque graves problemas para a saúde humana, existem poucas provas epidemiológicas que atestem estes efeitos. Estudos realizados em alguns poucos países demonstram que existe uma associação positiva entre altos índices de poluição e a incidência de determinadas moléstias. Entretanto, para atender os objetivos, julga necessário näo apenas estimar a relaçäo entre mortalidade e poluição do ar, mas também mensurar os custos econômicos relativos à perda de bem-estar. Assim, para formalizar a relaçäo entre poluição do ar e incidência de mortalidade, procura estabelecer relaçöes dose-resposta relativas à poluição do ar e seu impacto sobre as doenças respiratórias e doenças isquêmicas do coraçäo. Procura analisar a correlação entre os dados de poluição do ar e, em seguida, apresenta as funções dose-resposta estimadas. Com base nestas funções, testa a validade dos coeficientes estimados para a mensuração da incidência de mortalidade nos municípios do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Cubatão. Apresenta os custos de saúde associados à poluição do ar. Discute os resultados obtidos, comparando-os com estimativas equivalentes determinadas para a poluição hídrica (AU), (MOTTA, 1994).

3.3. INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS EM SAÚDE AMBIENTAL

De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), indicador ambiental pode ser entendido como uma expressão da relação entre a saúde e o ambiente e pode ser definido como “um valor agregado a partir de dados e estatísticas, transformado em informação para uso direto dos gestores”.

E deste modo contribuindo para aprimorar o gerenciamento e a implementação de políticas”.

Os indicadores são úteis para a vigilância ambiental em saúde, e sua escolha contribui para uma ação eficaz no controle dos poluentes, orienta a prática e fornece elementos para a tomada de decisões. De um modo geral, os indicadores utilizados para a decisão no controle da qualidade do ar devem apresentar algumas características que facilitem seu uso e interpretação:

• Primeiro devem corresponder à realidade local e ou regional, como por exemplo, medir poluentes que façam parte da matriz dos poluentes locais.

Esta informação pode ser conseguida a partir do conhecimento do modelo socioeconômico local e/ou regional;

• Segundo, os indicadores devem ter sustentabilidade científica, ou seja, a informação e a interpretação do indicador devem ter comprovado validade científica;

• Terceiro, o indicador deve ser de fácil manuseio pelo usuário local e mostrar. uma fácil compreensão do seu papel na relação entre saúde e ambiente;

• Quarto, o indicador deve, sempre que possível, compor uma matriz global no sistema de informação, em todos os seus níveis. Atualmente, para o controle da qualidade do ar, tem-se preferido a utilização de poucos indicadores que permitam uma informação completa do quadro local, regional e nacional.

O indicador de saúde ambiental corresponde à intercessão entre a relação de danos na saúde e o ambiente. Encontram-se ainda indicadores ambientais com possíveis impactos na saúde e que precisam ser mais bem estudados e esclarecidos. E, por fim, existem indicadores de saúde com possíveis causas ambientais e que também necessitam de estudos para uma melhor compreensão do nexo de causalidade entre o ambiente e a saúde.

De acordo com a OMS, a proposta da construção dos indicadores ambientais em saúde é uma adaptação da estrutura de Pressão-Situação-Resposta do modelo desenvolvido pela Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (OECD), tendo por base o modelo encomendado pelo Governo Canadense.

Esta estrutura estabelece uma relação de causa e efeito no desenvolvimento da matriz de indicadores. A estrutura é composta por Força Motriz, Pressão, Situação, Exposição, Efeito e Ações. O modelo permite ao gestor ter uma boa visão das causas macro, onde se inicia o processo poluidor até os efeitos no indivíduo. Para cada um dos itens do modelo serão identificadas as diversas matizes que compõem o padrão de poluentes do ar e seus efeitos.

Segundo a OMS, “este é o modelo através do qual as forças motrizes geram pressões que modificam a situação do ambiente e, em última análise, a saúde humana, por meio das diversas formas de exposição, onde as pessoas entram em contato com o meio ambiente, causando os efeitos na saúde”. (MOTTA,1994, p. 26):

3.4. ATIVIDADE DE VIGILÂNCIA DE EFEITOS NA SAÚDE DECORRENTES DA POLUIÇÃO – PANORAMA NO MUNDO

A estruturação de atividades de vigilância no campo da saúde ambiental é ainda incipiente. Lança-se mão de diversas estratégias como vigilância de agravos específicos, como por exemplo, as intoxicações e a asma; a monitorização de eventos adversos, dentre os quais podem ser citados as malformações congênitas e o câncer e, mais recentemente, do linkage de dados e o estabelecimento de um risco associado a determinado fator. (MMWR, 1996 e 1997; CDC/NCEH, 1994,1996; Quênia, 1998; WHO, 1996).

O linkage de dados permite estudos ecológicos e vem sendo utilizado para o estabelecimento e acompanhamento do risco de efeitos na saúde decorrentes da poluição atmosférica, nos Estados Unidos, Inglaterra, França e Chile. O tipo de abordagem utilizada nestes países é o de estudo ecológico de séries temporais. Neste tipo de abordagem, uma população é comparada com ela mesma durante um intervalo de tempo. Pode-se supor, neste caso, que os fatores de confusão decorrentes de hábitos, classe social etc, estejam controlados. Restam para controle os fatores de confusão decorrentes do lugar, como: temperatura, umidade, acesso aos serviços, tendência temporal, etc.

3.5. O SISTEMA DE VIGILÂNCIA

Entendendo que em sua essência Vigilância é informação para ação, o sistema proposto busca acoplar as informações produzidas pelos órgãos de controle ambiental às informações de saúde e aplicar técnicas análise que permitam sumarizar a relação entre poluentes e morbi-mortalidade, acompanhando esta relação no tempo, com os seguintes objetivos:

- Fornecer elementos para orientar as políticas nacionais e locais de proteção da saúde da

população frente aos riscos decorrentes da poluição atmosférica, através da quantificação de seu impacto sanitário.

- Contribuir para a otimização da vigilância da qualidade do ar a partir da construção de indicadores sanitários de poluição atmosférica.

- Vigiar a tendência dos indicadores sanitários e avaliar as medidas preventivas postas em prática.

O sistema inicialmente estará restrito ao município de São Paulo, na medida em que se encontra em fase de estudo de factibilidade, estendendo-se aos demais que contem com rede de monitorização de poluentes atmosféricos a partir da adesão à proposta por parte dos mesmos ou das Diretorias Regionais de Saúde. Inicialmente prevemos a expansão do sistema para os municípios que compõem a Grande São Paulo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um Indicador de Saúde Ambiental deve expressar o conhecimento científico acerca da relação entre saúde e ambiente, bem como ser capaz de avaliar o impacto de medidas de controle, de forma a orientar os responsáveis pela tomada de decisão em escolhas mais fundamentadas e, portanto mais responsáveis (WHO, 1996).

CONCLUSÃO

Concluímos que, apesar de vários estudos sobre a poluição do ar nos leva a crer que durante as ultimas décadas houve um crescimento significativo das emissões de gases poluentes, o que provoca uma grande incidência de doenças respiratórias. O que faz autoridades e a população vivem em estado de alerta nos grandes centros urbanos do mundo. Sabendo disso ocorre uma carência de informações e de métodos para se obter com precisão a qualidade do ar que respiramos hoje. Mais recentemente estes estudos vêm avançando, no sentido da construção de uma memória de dados que permita não só recolocar a importância dos riscos sanitários decorrentes da a poluição atmosférica, como também construir modelos de dose-resposta para subsidiar ações frente à ocorrência de picos de poluentes (RNSP, 1999). Apesar destes avanços, e do uso de técnicas bastante sofisticadas, não se logrou ainda a construção de indicadores capazes de avaliar o impacto de medidas de controle da poluição, que em si já se constitui em grande subsídio para a tomada de decisão, o que evidência a importância da questão da poluição atmosférica e seus efeitos na comunidade como um problema de Saúde Pública.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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RNSP - RÉSEAU NATIONAL DE SANTÉ PUBLIQUE - Pics de pollution

atmospherique et sante publique: La place de l’épidémiologie. Disponível em:

http://www.rnsp-sante.fr/publications/pics_pollu/editorial.html, 1999.

MOTTA, RONALDO SERÔA DA; MENDES, ANA PAULA FERNANDES, Custos de saúde associados à poluição do ar no Brasil, Brasília; IPEA; fev. 1994. 32 p. tab. (IPEA. Texto para discussäo, 332).

QUÉNEL, P. CASSADOU, S. DECLERCQ,C. EILSTEIN D, FILLEUL L, LE

GOASTER C, LE TERTRE A, MEDINA S, PASCAL L, PROUVOST H, SAVIUC

P, ZEGHNOUN A. Surveillance Air & Santé. Institut de Veille Sanitaire/ Unité

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WHO-WORLD HEALTH ORGANIZATION. Linkage Methods for Environment and

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MMWR - Acute pesticide poisoning associated with use of a sulfotepp fumigant in a

green house, Texas, 1995. MMWR vol 45(36);780-782, Sep, 1996

¬¬_____ Targeted screening for childhood lead exposure in a low prevelence area -

Salt Lake County, Utah, 1995-1996. MMWR vol 46(10);213-217, Mar, 1997.

GOUVEIA, Nelson, MENDONCA, Gulnar Azevedo e Silva, LEON, Antônio Ponce de et al. Poluição do ar e efeitos na saúde nas populações de duas grandes metropóles brasileiras. Epidemiol. Serv. Saúde, mar. 2003, vol.12, no.1, p.29-40. ISSN 1679-4974.

CDC/NCEH - CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION/ NATIONAL CENTER FOR ENVIRONMENTAL HEALTH - Air pollution and respiratory health, 1994. disponível em: http://www.cdc.gov/nceh/pubcants/1994/cdc/brosures/airpollu.htm.

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Public Health Surveillance Workshops, 1996. disponível em: http//www.cdc.gov/nceh/programs/ephs/wkshop/sumary.htm

HOLLAND, W. W.; BENNETT, A. E.; CAMERON, I. R.; FLOREY, C. V.; LEEDER, S. P.; SCHILLING, R. S. F.; SWAN, A. V. & WALLER, R. R., 1979. Health effects of particulate pollution: reappraising the evidence: special issue on particulate air pollution. American Journal of Epidemiology, 110: 525-679

Autor: Ilma Costa e Silva


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