Alimentação do Recém-Nascido no Primeiro Ano de Vida



GREVE, Jussara Fernanda;

Resumo:

Durante os primeiros anos de vida a alimentação é um dos fatores mais importantes para o crescimento, desenvolvimento e a saúde da criança. O leite materno é o alimento fundamental para a criança nos primeiros meses de vida, pois contêm todos os nutrientes essenciais e quantidades exatas para seu crescimento e desenvolvimento.

Palavras-chave: Recém-nascido. Alimentação. Desenvolvimento.

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Acadêmica do 4° Semestre de Enfermagem da Faculdade de Quatro Marcos-FQM.

Introdução:

No primeiro ano de vida de uma criança é muito evidente, pois ela tem um crescimento muito rápido, cresce em média 25 cm e seu peso também aumenta em relação ao nascimento, há também um desenvolvimento das habilidades psicomotoras e neurológicas. Por esta razão a alimentação nesta fase da vida é fundamental, se esta não for adequada, no futuro haverá problemas sobre a saúde dessa criança, como, atraso escolar, pode haver aparecimento de doenças, atraso no crescimento.

O início da amamentação

Segundo Lopez e Brasil, a amamentação deve ser iniciada o mais rápido possível, de preferência na primeira hora após o parto, tanto a mãe quanto o bebê precisam aprender e nenhum dos dois deve deixar a maternidade sem que uma mamada seja vista pela equipe de saúde. O aleitamento materno é livre, pois o recém-nascido deve mamar com freqüência, sem regularidades de horários, pois a mamada no seio não quer dizer só fome e sede e sim carinho, proteção, afeto, sendo assim, não há como ser rígidos com horários, principalmente nas primeiras semanas. Não deve haver a introdução de líquido como água e chás, pois estes podem contribuir para o desmame precoce. O aleitamento materno deve ser pelo menos até os seis meses de vida a partir daí pode introduzir outros alimento para complementar, mas o leite materno deve continuar até os dois anos.

Seleção e preparação de alimentos sólidos

De acordo com Wong os cereais infantis geralmente são oferecidos em primeiro lugar, pois contém grande quantidade de ferro, existem vários tipos de cereais infantis sendo eles: arroz, cevada, farinha de aveia e cereais hiperprotéicos, mas o arroz é mais sugerido como alimento inicial por ser um alimento de baixo potencial energético. Após seis meses de idade, os sucos de fruta podem ser introduzidos, pois o conteúdo de vitamina C aumenta a absorção de ferro, por conta de ser benéfico a saúde infantil, os cereais devem ser continuados até que a criança complete dezoito meses de idade. Sucos como de maçã, pêra, ameixa, cereja, pêssego e uva devem ser evitados, porque eles podem provocar dor abdominal ou diarréia. A vitamina C é naturalmente destruída pelo calor, porém o suco não é aquecido. Os recipientes de suco devem sempre ser conservados cobertos e refrigerados para não perder a vitamina.

Refeições de sal

Isslen, Leone e Marcondes relatam que, a primeira alimentação de sal dever ser dada a criança aos quatro meses para crianças que não se alimenta de leite materno, para crianças que se alimenta de leite materno essas refeições deve ser iniciada somente a partir do sexto mês. A sopa é bastante eficaz, pois contem ferro, sais minerais e fibras e deve conter carne, verduras e legumes, sempre fazendo o uso de carnes magras e pouco sal. A sopa deve sempre peneirada, apesar de dar mais trabalho, mas a utilização da sopa peneirada facilita a aceitação de alimentos mais consistentes, após pouco tempo passar a oferecer amassados com garfo, picados ou desfiados. O uso de caldos não é recomendado, pois não contêm as vitaminas necessárias, e sim aromatizante artificial, que possui alta concentração de sódio. As papas industrializadas também não são recomendáveis, pois apresenta deficiência em fibras e sais minerais, além disso, é mais caro em relação à sopa caseira, a utilização dessa sopa deve ser somente em caso de passeio ou viagens.

Considerações Finais:

De acordo com o exposto acima, o aleitamento materno exclusivo é fundamental até os seis meses de idade, e após este período a introdução da alimentação complementar de forma adequada e equilibrada, pois um hábito alimentar e estilo de vida saudáveis são importantes não só para garantir um crescimento e desenvolvimento saudáveis na infância, mas também para prevenção de doenças crônicas na vida adulta.

Referências Bibliográficas:

ISSLER, Hugo; LEONE, Claudio; MARCONDES, Eduardo. Pediatria na atenção primária. São Paulo: Sarvier, 2002. 80p.

LOPEZ, Fábio Ancona; BRASIL, Anne Lise Dias. Nutrição e dietética em clínica pediátrica. São Paulo: Atheneu, 2003. 54p.

Wong, Donna L.; Enfermagem Pediátrica. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 274p.


Autor: Jussara Greve


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