ENSINO MÉDIO INTEGRADO PROFISSIONALIZANTE



Evanilce Marques Resumo O ensino médio integrado á educação profissional de nível médio é uma modalidade de educação que surge para oferecer ao aluno egresso do ensino fundamental a possibilidade de fazer o ensino médio junto com a educação profissional, ou melhor, a formação geral integrada com formação técnica. Surgiu por causa da grande evasão escolar e tem por objetivo de oportunizar a oferta da educação básica e a formação para o trabalho. Este ensino tem como egressos alunos do ensino fundamental do sistema estadual de ensino dos municípios. O ensino médio integrado deve valorizar aspectos clássicos do conhecimento, respaldados pela formação geral, articulando os conhecimentos específicos da área técnica, de modo que desenvolva os atributos intelectuais dos alunos para saber lidar com a complexidade do mundo do trabalho e estar preparando para a vida. Para a elaboração deste artigo foi realizado uma entrevista com o diretor Adelson da Escola Estadual Professora Adalgisa de Barros, onde foi implantado o ensino médio integrado profissionalizante e pesquisas no site da SEDUC (www.seduc.mt.gov.br). Segundo as informações obtidas, cerca de quatro escolas regulares e uma escola CEJA, receberam o ensino médio integrado profissionalizante, sendo que na Escola Estadual Adalgisa de Barros está atendendo 105 alunos distribuídos em três salas com 35 alunos cada e o curso que está sendo ministrado é o de informática. A grade curricular do ensino médio era de 13 disciplinas e passou para 17 disciplinas com o ensino médio integrado profissionalizante.

Esta pesquisa foi desenvolvida no curso de licenciatura e bacharelado de ciências biológicas do UNIVAG- centro universitário, como um dos pré-requisitos das Atividades da disciplina Prática de Ensino - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio, prevista na matriz curricular do curso. Essa disciplina é um espaço que oportuniza a reflexão da teoria e prática acerca da prática docente, possibilita reflexões continuas dos conhecimentos construídos ao longo do curso com a formação profissional.

Com o ensino médio integrado profissionalizante, nos possibilitou entender que com os dados da grande evasão escolar, o governo federal resolveu implantar esse ensino para capacitar os jovens no mercado de trabalho.

O Conselho Nacional de Educação pela Resolução CEB 01/2005, estabeleceu que "os cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio realizados de forma integrada com o Ensino Médio, terão suas cargas horárias totais ampliadas para um mínimo de 3.000 horas para as habilitações profissionais que exigem mínimo de 800 horas; de 3.100 horas para aquelas que exigem mínimo de 1.000 horas e 3.200 horas para aquelas que exigem mínimo de 1.200 horas.

Importante ressaltar que os diplomas de técnico de nível médio correspondentes aos cursos realizados na forma integrada, terão validade tanto para fins de habilitação profissional, quanto para fins de certificação do Ensino Médio, para continuidade de estudos na Educação Superior, conforme preconizado no art. 5º da citada Resolução.

Em artigo anterior, defendíamos a extinção do atual ensino médio elitista e inútil, principalmente para a inserção do jovem no mercado de trabalho, com a sua substituição por uma verdadeira educação profissional técnica de nível médio, ofertada nas 20 áreas profissionais que o MEC definiu através das Diretrizes Curriculares da Educação Profissional de Nível Técnico.

As reações contrárias seriam muitas, principalmente das grandes corporações educacionais privadas, que teriam que investir em laboratórios e instalações previstas para a oferta da maioria dos cursos. Caberia ao gestor público definir as áreas profissionais prioritárias para a formação dos profissionais demandados pela sociedade.

Mas o próprio MEC, quando de sua reformulação institucional, ao colocar a política do ensino médio na Secretaria de Educação Básica, separando-a da política de educação profissional da SETEC, é o primeiro a desintegrar os esforços do legislador ao tentar corrigir as distorções lançadas no sistema de educação profissional pelo malfadado Decreto 2208/97.

Deveria implementar-se o ensino médio integrado na rede federal de ensino e incentivar para que fosse priorizado nas redes estaduais, apoiando iniciativas como a recentemente tomada pelo Governo Cid Gomes que, através de uma política articulada entre as Secretaria de Educação e de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, pretende ofertar ensino médio profissionalizante em diversas áreas de formação profissional para que o jovem possa melhorar suas condições deacesso ao mercado de trabalho. (www.gestaouniversitaria.com.br).

Para a coleta dos dados, utilizamos a observação e a entrevista semi estruturada com respostas descritivas. Entrevistamos o diretor Adelson da Escola Estadual Adalgisa de Barros em várzea grande MT. Ele nos relatou de forma sucinta, sua preocupação com a formação de jovens.

A idéia partiu do governo federal em implanta o ensino médio integrado profissionalizante, sendo a escola Adalgisa, a 1º a ser contemplada. As outras quatro escolas e o CEJA também serão beneficiados com o ensino. Na escola Adalgisa, está sendo ministrado o curso de informática, sendo o primeiro ano deste ensino na escola.

Este curso foi analisado por órgãos responsáveis pela educação por muito tempo antes de ser colocado em prática, foi integrada ao projeto pedagógico da escola pelo diretor e professores da escola. A proposta é forma cidadãos para a vida e para o mercado de trabalho e por isso o Enem foi modificado esse ano por causa do ensino médio integrado profissionalizante, possibilitando que os jovens possam ter mais conhecimentos gerais, reforçando o ensino médio.

Tem a finalidade de fazer com que o aluno se diferencie na sociedade, os professores são os mesmos e a forma como eles estão se preparando é com debates na escola, busca de informações na internet e estudando. A escola contratou um professor de informática e os alunos que participam das aulas são avaliados normalmente, não havendo seleção para ingressar no curso.

Talvez num futuro próximo haja essa seleção, já tem outras escolas que fazem seleção, no final do curso é apresentado um TCC. O recurso financeiro vem do estado porque a escola Adalgisa não tem documentação legal, não só a Adalgisa não tem documentação, mas quase todas as escolas de várzea grande não possuem documentação, por que a verba não vem do governo federal, sendo só repassado o dinheiro com a documentação legal.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Identificamos que os objetivos do governo federal é preparar os jovens para ingressar no mercado de trabalho sem que seja necessário um curso superior. Durante a entrevista, constatamos que o diretor está compromissado com o novo curso profissionalizante aplicado na Escola Adalgisa, sendo que no ano que vem, será implantado mais quatro cursos na escola.

Consideramos que seja necessária para as escolas a disseminação do curso no ensino médio integrado profissionalizante para que possa ser alcançadas as metas propostas pelo governo federal na qualificação dos jovens, para que estes possam ver a necessidade de pensar, compreender as determinações da vida social e produtiva, que articule o trabalho, ciência e cultura na perspectiva da emancipação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Disponível em: www.seduc.mt.gov.br. Acesso em: 05 set 2009.

Disponível em: www.gestaouniversitaria.com.br. Acesso em: 05 set 2009.


Autor: evanilce marques


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