Automedicação na idade infantil



Introdução

Automedicação abrange as diversas formas pelas quais o indivíduo ou responsáveis decidem, sem avaliação médica, o medicamento e como irão utilizá-lo para alívio sintomático e "cura", compartilhando remédios com outros membros da família ou do círculo social, utilizando sobras de prescrições ou descumprindo a prescrição profissional, prolongando ou interrompendo precocemente a dosagem e o período de tempo indicado na receita. O consumo de medicamentos pode ser considerado um indicador indireto de qualidade dos serviços de saúde, sendo que crianças e adolescentes representam um grupo fortemente predisposto ao uso irracional de medicamentos com e sem controle médico.

 

 

Os principais responsáveis pela automedicação

Os principais responsáveis e indutores da automedicação são as mães, e funcionários de farmácia. Os principais grupos de medicamentos administrados na automedicação foram: analgésicos/antipiréticos e antiinflamatórios não hormonais, medicações de ação nos tratos respiratórios, gastrintestinais e antibióticos sistêmicos. As situações que mais motivaram a automedicação foram afecções respiratórias, febre e cefaléia. Indivíduos na faixa etária de 7-18 anos e usuários de serviços públicos de saúde apresentaram risco aumentado de automedicação.

 

 

Os perigos da automedicação

Um dos perigos relacionados à automedicação é a famosa interação medicamentosa. Mas afinal, o que é isto e do que se trata? Simples, quando medicamentos são administrados concomitantemente, eles podem se interagir de três formas básicas, a saber: um pode potencializar a ação de outro , pode ocorrer também a perda de efeitos por ações opostas ou ainda a ação de um medicamento alterando a absorção, transformação no organismo ou a excreção de outro fármaco.

Além disso, o fato de determinadas substâncias usadas indiscriminadamente alterar as condições fisiológicas do organismo de um paciente é muitas vezes ignorado e isso certamente deve ser considerado. Exemplificando, o uso indiscriminado de medicamentos à base de um analgésio-antitérmico como a dipirona pode abaixar os níveis de células de defesa encontrados no sangue.

 

 

O uso de medicamentos fitoterápicos

Um outro conceito a ser tratado, e tido por muitos (devido a falta de informação, provavelmente) como inofensivo, é o uso indiscriminado de medicamentos fitoterápicos, aqueles remédios naturais que segundo vendedores mais interessados  em rechear seu bolso do  que com a saúde pública , insistem em afirmar que não existem  efeitos colaterais. É um conceito equivocado achar que um extrato de um vegetal, só porque não foi industrializado e está livre de qualquer insumo químico, é tido como sem nenhuma contra-indicação. Um medicamento fitoterápico, ou do tipo homeopático (é bom diferenciá-los: o processo de fabricação de um medicamento homeopático é totalmente diferente de um fitoterápico, bem como sua concentração final, seu modo de ação e o tempo de tratamento) usado sem uma orientação especializada é um risco de reações indesejadas, e que pode ser evitada com uma simples conversa  com um profissional da área da saúde. Muitas vezes, o profissional qualificado mais acessível para muitos é o farmacêutico (não confundir com o balconista) que é um profissional qualificado para dispensar as especialidades farmacêuticas. Mas não se esqueça, médicos é que são responsáveis pelo receituário, e a troca  da receita médica pela indicação do balconista da farmácia é certamente um mau negócio, bem como aquela iniciativa de automedicar-se. Portanto, pense duas vezes antes de tomar aquele remédio, que possa lhe parecer inofensivo, ou que um amigo ou vizinho tenha o receitado. Às vezes , sintoma algum aparece, mas complicações podem ocorrer e quando isso ocorre é das formas mais inesperadas possíveis.

 

 

Considerações Finais

A prevalência da automedicação em crianças e adolescentes foi alta, reforçando a necessidade de intervenção das autoridades de saúde na prevenção desses agravos.


Autor: Soraya Marnes Passos


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