Gravidez Ectópica – Tire Suas Dúvidas



gravidez

Se caracteriza pela gravidez em que o embrião se desenvolve fora da cavidade uterina. O embrião se implanta em um local que é incapaz de aguentar eficazmente seu pleno desenvolvimento. O embrião se implanta fora da cavidade uterina o que gera uma possibilidade de aborto expontâneo, isso por que o útero é o local ideal para sua implantação e desenvolvimento ideal. Nesse caso aqui a implantação pode se dar nas trompas de falópio.

Mensalmente o óvário libera um óvulo, esse evento é denominado ovulação. Nesse período do ciclo menstrual em que a mulher libera o óvulo é o que dizemos período fértil da mulher, em caso do não desejo da gravidez a mulher deve se previnir. O óvulo liberado e puxado para a abertura de uma das trompas de falópio, onde é empurrado por minúsculos cílios até chegar ao útero, esse fenômeno é denominado nidação. Normalmente a fecundação se dá nas trompas e a implantação na cavidade uterina. No entanto algumas intercorrências podem acontecer, e gerar uma obstrução na trompa, devido a obstrução o óvulo não consegui chegar ao útero o que se configura uma gravidez ectópica. Por razões ainda não muito definidas, em cada 100 a 200 gravidezes uma é ectópica, trata-se de um quadro hemorrágico, que contribui com 3 a 4% da mortalidade materna. Também pode ser chamada de gravidez extra-uterina e sua incidência vem crescendo nos últimos anos.

Reprodução Humana

Tipos

O local mais comum de implantação na gravidez ectópica e na trompa de falópio, mais pode ocorrer a implantação também no canal servical, na cavidede pélvica ou abdominal, infundibular, ampolar, ínstimica, intersticial, ovariana, entre outros.

Com o desenvolvimento e crescimento do embrião dentro das camadas adjaventes da tuba há um desgaste rápido do revestimento da trompa o que leva a hemorragia e ruptura da trompa. O rápido crescimento do embrião num estado incapaz de aguentar essa pressão, acarreta a morte do feto e ameaça a vida da mãe, a não ser que ocorra uma intervenção.

Causas

As causas podem ser tubulares e ovulares ou seja, causadas por problemas da tuba ou do ovário. As causas ovulares referem-se à nidação precoce do blastocisto, que  assim nidifica na tuba.

As causa tubária podem ser dependentes de alguns fatores:

  • Mecânicos – decorrente de causas inflamatórias, as mais frequêntes são as infecções por clamídia, e a salpingite, os tumores e anormalidades congênitas ou de desenvolvimento das trompas, sinéquias, aderência das trompas, prenhez ectópica prévia, uso de dispositivo intra-uterino (DIU) contendo progesterona, por mais de dois anos, ou cirurgias prévias como a laqueação tubária falha.
  • Funcionais – agem na motilidade das trompas ou andossalpingite após processo inflamatório, endometriose, refluxo menstrual ou causas psicogênicas.
  • O processo de envelhecimento e o uso de drogas hormonais como as indutoras da ovulação, a progesterona e a pílula do dia seguinte.
  • A curetagem uterina e donça renal e/ou transplante também pode se caracterizar causas.

Manifestações Clínicas

Os sintomas são similares de uma gestação intra-uterina normal nos primeiros estágios:

  • Amenorréia
  • Seios ademaciados e doloridos
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Fadiga

Com o decorrer da gestação aparecem as dores abdominais, como cãimbras na parte inferior, principalmente durante qualquer atividade física, relações sexuais ou ao abaixar-se, pequenas perdas de sangue atravéz da vagina e presença de massa palpável em região de nexos, podendo ser palpada na apalpação do abdomem. A palpação deve ser realizado pelo médico com cuidado para não influenciar na rupitura.

Normalmente por volta da Sexta/Oitava semana senti-se muita dor abdominal aguda e intensa que pode gerar até desmaio. Tais sintomas geralmente indicam a ruptura da trompa. A ruptura ocorre devido o crescimento do embrião que rasga suas paredes produzindo a hemorragia intensa para dentro da cavidade abdominal o que produz uma dor de intensidade variável, e ainda uma sensação de pressão devido ao acúmulo de sangue. Em caso da hemorragia for rápida pode provocar uma baixa e grave tensão arterial e até choque.

Diagnóstico

a gravidez  ectópica pode representar uma hemergência cirurgica, portanto seu diagnóstico precoce é muito importante e essencial a saúde da mãe. A suspeita da gravidez ectópica se da quando as análises do sangue e da urina dão resultado positivo para gravidez, mas o útero é menor que o previsto para a idade gestacional. Assim deve-se realizar exames para que possa realizar a confirmação. Alguns exames são realizados para diferenciar a gestação ectópica de outras doenças, tais como ameaça de aborto, gestaçao normal, infecções das trompas, apendicite, cisto de ovário.

Os exames mais utilizados são testes poara confirmar a gravidez, exames de sangue para determinar a perda sanguínea e a presença de infecção e a ultrassonografia pélvica transvaginal, que pode demosntrar que o útero está vazio e que há sangue na cavidade pélvica ou abdominal. Ainda por escolha do médico pode-se utilizar o uso da laparoscopia diagnóstica para visualizar a gravidez ectópica diretamente.

Tratamento

O tratamento na fase inicial em situação que não se houve o batimento cardíaco fetal e quer se preservar a reprodutividade  futura da mulher, é a administração de metotrexato intramuscular em dose única, em regime ambulatorial.

O Metotrexato ou MTX é um antimetabólito e uma droga antifolato usada no tratamento do câncer e doenças autoimunes. Essa droga age inibindo o metabolismo do ácido fólico.

Contra-Indicações

  • Pouca complacência da paciente
  • História de herpes ou doença renal ativa
  • Presença de atividade cardíaca fetal
  • TGO séricos anormais
  • Doença de úlcera páptica ativa

Deve-se tratar o choque e a hemorragia quando necessário o mais rápido possível. Em caso da paciente não puder tomar o metotrexato, não consentir e deseja preservar a fertilidade o método adotado deve ser a intervenção cirurgica. Quando a gravidez se encontra nas trompas de falópio, normalmente se realiza uma incisão dentro da trompa para extrair o embrião e a placenta. A trompa dexa-se aberta para que sare sem deixar cicatrizes, que poderão ainda dificultar futuras concepções. Em algumas situações as trompas são retiradas em decorrência de uma agressão muita grande. Após todos os procedimentos cabíveis, e recomendado a adiministração de RhIG imunoglobulina de acordo com a política da instituição, caso a placenta seja Rh negativo.

Avaliação de Enfermagem

Deve-se realizar as seguintes avaliações para se determinar a gravidez ectópica e monitorar alterações no estado da paciente, quando há ruptura ou hemorragia.

  1. Sinais vitais maternos
  2. Presença de quantidade de sangue vaginal
  3. Presença de teste de gravidez positivo
  4. Data da ultima menstruação
  5. Presença de hipersensibilidade abdominal na palpação/ dor no ombro
  6. Quantidade e tipo da dor

Diagnóstico de Enfermagem

  • Risco de défit do volume hídrico à perda sanguínea decorrente da hemorragia causada pela ruptura da trompa
  • Dor relacionada à gravidez ectípica ou ruptura e sangramento para dentro da cavidade peritonial
  • Luto antecipado pela perda da gestação e perda potencial da capacidade de reprodução

Intervenções de Enfermagem

  • Manter o volume hídrico
  • promover conforto
  • proporcionar conforto durante o luto

Educação da paciente e manutenção da saúde

  1. instruir a paciente a comunicar seu médicoa apresentação de sinais e sintomas, ou ir para emergência, caso a condição seja grave.
  2. Ensinar os sinais vitais de infecção pós-operatório, como febre, dor abdominal e secreção vaginal anormal ou com ador fétido.
  3. Indicar os sinais de gravidez ectópica: recorrente sangramento vaginal, anormal, dor abdominal, irregularidade menstrual.
  4. Enfatizar que existe a possibilidade de outra gravidez ectópica e o potencial diminuído para a futura concepção com base na explicação do médico.

Concluindo

Como visto no presente artigo a gravidez ectópica mesmo sendo pouco incidente, onde de 100/200 gestações 1 é ectópica se configura uma patologia grave que pode levar ao aborto do feto e a morte da mãe. A isso atribuo a importância deste artigo noo que diz repeito a esclarecer as mulheres sobre o tema. Com base no artigo fica mais fácil detectar uma possível situação de gravidez ectópica e se encaminhar o mais rápido possível para o hospital a fim que se inicie logo um tratamento. E importante ressaltar que a prevenção da gravidez ectópica inclui fundamentalmente o tratamento das doencas sexualmente transmissíveis, o uso de métodos anticoncepcionais e a prática de sexo seguro.

Sugestão de Leitura:

Planejamento Familiar – De quem é a Responsabilidade?


Autor: Alessandro Barros Viveiros


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