Pena de Morte



            Podemos definir o grau de decência de um país por dois pilares básicos: pela qualidade de sua justiça (judiciário) e pela educação a qual o estado confere a seus cidadãos, o resto é consequência. São esses os alicerces que sustentam a qualidade de vida (justiça social) coerente para com a sua sociedade.

            Como o Brasil, muitos países ainda convivem com a banalização da justiça e da educação, e o pior, toleram a violência, tornando o medo e a insegurança algo corriqueiro e cada vez mais generalizado nas famílias. Este é um retrato fiel da omissão do papel do estado, ou melhor, da pobre mentalidade e incompetência sustentada por seus políticos que, indiretamente, sustentam a impunidade.

            É difícil para qualquer cidadão lúcido concordar com um governo já falido moralmente e politicamente. É difícil ver gastarem o arrecadado com os impostos, o dinheiro do contribuinte honesto, com cuidados de presos perigosos ao invés de melhorarem os investimentos em suas crianças, com os alunos em suas escolas. E isso não quer dizer que, pelas crianças estarem na escola, significa que estão recebendo uma educação adequada, já fazem muita politicagem com este refrão.

            Há escolas onde os alunos aprendem o mínimo, a ler e escrever, um sacrifício de até viajarem mais de uma hora na carroceria de um caminhão e sentarem em caixotes de frutas nas salas de aula! O que se esperar de um país que faz isso com suas crianças? Um país que também não quer enxergar a importância do controle de natalidade para muitas famílias, alegando que a constituição não permite. Claro que a razão mais óbvia é a falta de vontade política.

           Você já viu algum aluno ser transportado em jatinho para estudar num outro estado? E com certeza isso seria julgado como um absurdo. Mas você já deve saber das várias viagens interestaduais em jatinhos que nós pagamos para a transferência de presos perigosos e irrecuperáveis...

            É o mesmo que constatar programas sociais, tipo “bolsa família” ou “fome zero”, servindo para o sustento de vagabundos enquanto outros trabalham duro para manter as contas e impostos equilibrados.

           O que vemos e sentimos é uma descarada inversão de valores, a ausência de ética, de bom senso, enfim, a falta de referência séria para a construção de uma sociedade moralmente digna e justa.

           Um país hipocritamente administrado e sustentado pela alienação popular, onde muitos meios de comunicação ainda conseguem tratar a violência como se fosse entretenimento. Prolifera-se um ar de sensacionalismo e normalidade em meio ao crescente caos nacional, onde ninguém consegue mais confiar em ninguém. Isso sem falar no que se passa no contexto da saúde pública, verdadeiros mortuários para quem não tem para onde correr.

           A nação segue sem espírito crítico a altura de saber se defender e contestar o certo e o errado que os políticos e algumas autoridades aplicam na realidade. Lembramos que vivemos num país semianalfabeto, quem sabe “ler e escrever”, não consegue contextualizar.

          E para aqueles que sabem interpretar melhor o que seria a decência na ordem social (a minoria), permanecem imobilizados em discussões que não vão além do círculo de suas amizades e da família. Resta a última esperança: ver a filha de um político importante, ou até a primeira dama, ser violentada por vagabundos para termos a esperança de aproximar o senso de justiça ideal, da atitude política necessária, a qual o país precisa há décadas.

          Conferimos um país que alega falta de recursos financeiros e ao mesmo tempo não sente vergonha de esbanjar os recursos populares com salários e mordomias políticas. Isso sem falar do descarado excesso de impostos que não traz retorno social equivalente, e sempre estão aumentando!

          As religiões também colaboram com a mediocridade instalada e as inúmeras injustiças, tornam a população conformada, pois o perdão, segundo eles, é uma lei divina. Faça o que você fizer e Deus perdoará você!

          Tolerância total. Não é isso? Um sutil apoio ao que nos aproxima mais do inferno ao invés do paraíso em nossa realidade. Lembremos que raras são as religiões que não precisam do sofrimento e da ignorância alheia para sobreviverem. Resolver a questão nunca será a prioridade para qualquer religião.

          Se as inúmeras religiões trabalhassem realmente para melhorarem a consciência das pessoas, com vista a melhorar a qualidade da civilização, a pena de morte seria aplicada sem cerimônias.

          As pessoas desajustadas pensariam bem mais antes de optarem pelo crime, seja como um passatempo ou como meio de ganharem a vida. Perdoar nós perdoamos... Mas aplicaremos a penalidade a qual você tinha consciência do que jamais deveria pensar em fazer ao semelhante, e você fez...

          Com a pena de morte oficializada, provavelmente a polícia trabalharia com mais satisfação de que a lei realmente é justa e funciona. Muitos policiais já fazem “a limpeza” nas ruas e nas próprias viaturas porque sabem que o sistema é falido e a vagabundagem não tem fim se eles não agirem com as próprias mãos. A sociedade, em silêncio, agradece. Quem não fica feliz quando sabe que numa troca de tiros a polícia exterminou todos os vagabundos? Esta é uma pena de morte legítima que já está valendo há muito tempo.

          Houve aquele brasileiro que foi condenado à morte na Indonésia por transportar cocaína na prancha de surf, o ridículo e o esperado nesta história, foi o presidente do Brasil pedir a revisão da pena para algo mais brando. Pedido negado, claro! Lá os crimes também existem, mas não geram tantas despesas para o contribuinte, são outras as prioridades sociais com o dinheiro público, e será um estorvo a menos para a segurança pública. No Brasil até pensão no valor de R$ 600,00 a família do presidiário tem direito!

          Uma morte consciente a qual o detento receberá todo tratamento digno, mesmo que o infeliz criminoso ainda não a mereça. A injeção letal seria a mais recomendada por não causar sofrimento. Ao contrário, o sofrimento é a ferramenta mais usada pelos vagabundos em suas vítimas.

          Uma análise espiritual e lúcida leva a conclusão de que a morte é uma passagem a qual todos nós estamos sujeitos, ela encerra a oportunidade de um aprendizado aqui. O que há de errado em encurtarmos o destino de criminosos, de pessoas sem compaixão, inescrupulosas e irrecuperáveis?

          A pena de morte exige ser aplicada por gente séria e, infelizmente, isso é o que mais falta neste país de verde e amarelo. Ainda temos um judiciário capenga, movido a poder financeiro, a vinheta de “quem pode mais ainda chora menos” é bem válida nos tribunais. De repente veremos ladrões de galinha ganhando a pena de morte e vagabundos de colarinho branco, traficantes e estupradores rindo a toa.

          A pena de morte é justa e merece ser aplicada com agilidade, bastaria o número suficiente de provas, nada de protelar e aumentar os gastos públicos com o já falido ser humano (lixo humano), a menos que a família pague pelas despesas de “hospedagem carcerária”, que poderia deixá-lo na prisão perpétua sem custos para o contribuinte. Dizem que na China a família é responsável até pela bala que utilizam na execução. Será que lá na China as residências precisam de tantas grades e muros altos?

          Entre essas e muitas outras razões, as dores causadas pelo efeito de muitos crimes hediondos são irreparáveis, e a pena de morte não está para resolver o crime já cometido, e também não garante a diminuição das ocorrências, mas traz um parâmetro de justiça social mais adequado em relação ao que se espera de um país decente quando alguém não tem mais condições de ser classificado como SER HUMANO.


Autor: Alexandre Arrenius Elias


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