Autoconhecimento



                Autoconhecimento é coisa séria. Deve ser visto como uma necessidade fundamental. Quantas pessoas você conhece que valorizam essa palavra em seu cotidiano? As pessoas devem vincular autoconhecimento a suas realizações profissionais, sentimentais (emocionais) e espirituais.

                Infelizmente a sociedade, principalmente a ocidental, carece da busca por um interior mais esclarecido por si mesmo, melhor resolvido para vencer seus próprios limites (bloqueios). É da natureza do universo (interior) de cada um de nós, assim como do universo lá fora, se expandir continuamente. Será que você não contraria isso em algumas áreas de sua vida?

                O que ocorre na grande maioria das pessoas é uma espécie de “congelamento de suas crenças” (pouco reconhecido), um atrofiamento perceptivo, uma acomodação, uma espécie de alienação que renuncia a importância de cada um em conhecer e expandir autenticamente a si mesmo.

                Se autoconhecer é um caminho seguro em direção ao mundo subjetivo. Enfrentando serenamente e gradativamente suas próprias dúvidas, inseguranças e medos (limites). Uma reconfiguração contínua de seus talentos adormecidos, seus potenciais que seguem lado a lado e que devem ser reconhecidos e compreendidos por você, inteligentemente, eis a base da valorização do autoconhecimento.

                Muitas pessoas acabam depositando a fé que deveriam ter e melhorar em si mesmas, em igrejas, em doutrinas, que acabam por limitar o autoconhecimento. Assim temos pessoas medianamente conhecedoras de respostas inteligentes sobre quem são e quem de melhor poderiam ser.

                Autoconhecimento leva a paz, e a paz trás um sentido mais autêntico de se relacionar com as pessoas, com a vida. Isso nada tem a ver com ingenuidade, muito pelo contrário, pessoas inteligentes buscam aprimorar continuamente seu autoconhecimento porque descobrem que as respostas, as mais valiosas, estão dentro de cada um de nós. Percebem que é necessário percebê-las com sabedoria.

                Empresas, famílias, instituições das mais diversas áreas, quando percebem que a essência de uma realidade melhor, mais produtiva, mais confiante e dinâmica depende de pessoas mais seguras, conscientes e comprometidas, investem no autoconhecimento das mesmas. Como já dizia Gandhi: “Seja a mudança que gostaria de ver no mundo”.

                O autoconhecimento aumenta a responsabilidade por nossas escolhas e a conexão pelo que decidimos alimentar aqui fora e dentro de cada um de nós. Tornamo-nos pessoas mais conscientes de nossos papéis frente ao destino que construímos ou destruímos por nossas escolhas, que agora segue com a consciência mais participativa e transparente.

                Uma ferramenta indiscutivelmente eficaz para se obter autoconhecimento sustentável é a prática da meditação. A meditação acaba tornando-se quase que um novo paradigma, um novo estilo de vida para seus praticantes que começam a evoluir, a expandir a própria percepção com liberdade, livres de tabus ou doutrinas do certo ou do errado. Tudo flui com mais espontaneidade e convencimento próprio.

                Meditar é um desafio silencioso que cada um deve se convidar a trilhar. E meditar sozinho pode ser desestimulante para algumas pessoas atingirem a disciplina ideal. Ocorre quase que o mesmo com os praticantes de academias de ginástica. Eles podem até ter os aparelhos de exercícios em casa, mas vão para a academia para se sentirem motivados continuamente. Meditar em grupo, num espaço reservado e adequando a isso, é algo valioso a ser alcançado.

                Meditação séria segue três condicionamentos básicos: instrução adequada, local propício e regularidade, que pede disciplina e força de vontade. O silêncio também é uma das condições que estimulam o esvaziamento mental meditativo.

                Concluindo: autoconhecimento é a chave para se obter sucesso autêntico, com bases duradouras. O ser humano precisa valorizar o papel da consciência em sua vida. Ser menos condicionado pelo contexto e direcionar-se com mais sabedoria por si mesmo, uma condição fundamental para se atingir um estado contínuo de felicidade autêntica.


Autor: Alexandre Arrenius Elias


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