Salvem, salvem, Brasil!



A pátria magra e maltratada salvem! Salvem!

Brasil: por que escreveram ordem? Por que progresso?

Era uma previsão convicta?

Ou foi uma convicção imprevisível?

Brasil: o brado retumbante transformou-se em lamúrias

proferidas não pelo povo heróico, mas paranóico.

 

O que outrora era o sol da liberdade,

hoje é luz tênue refletida no céu adornado de

gases e escondida entre monstros de concreto.

Brasil: o gigante belo e cego pela própria natureza,

guiado pela supremacia da águia de sangue azul e

vermelho; conduzido linearmente ao abismo.

 

 

Nossos bosques têm más vidas que nos matam.

Nossos morros ter árvores e flores entre “lares”

(habitat de crianças felizes com seus fuzis).

Brasil: verás que o filho teu não foge a luta,

mesmo que a recompensa não compensa nem a dispensa.

 

 

A pátria amada e dolarizada salvem! salvem!

Qual ser nobre assinará a liberdades dos nossos

novos escravos? escravos que não operam máquina,

pois são operados por ela, sem manutenção.

 

 

Pobres mentes que dizem o Brasil em palavras verdes e

pele de bebê, camuflando o horror e a podridão.

A maquiagem esconde o câncer, não o impede de comer.

Até quando venderemos a imagem de lindas praias,

quando o mar de sangue é maior?

 

 

Louvemos nossa pátria enquanto ainda

vemos sobre a lama, pois sob logo estará.

O medo de falar nos mata. O respeito infundado

fecha nosso grito. Não se trata de prover soluções,

mas de lamentar o irremediável, mostrar o que

some nos títulos.

 

Oh! pátria magra e maltratada,

 

brasil.


Autor: Jesiel SOARES-SILVA


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