Capital Intelectual – Instrumento de estímulo, renovação e desenvolvimento



José Carlos Caires*

No mundo moderno e globalizado, quem investe numa organização está, sem sombra de dúvidas, adquirindo capital intelectual e não, somente, capital físico. O interesse da compra está agora focado num conjunto de talentos, habilidades, capacidades e idéias: ou seja – Capital Intelectual.

A rigor o Capital Intelectual pode ser encontrado em três fontes: pessoas; estruturas; e clientes. Assim temos, concomitantemente, o Capital Humano, o Capital estrutural e o Capital do Cliente. Distinguir as nuances encontradas no Capital Humano e Capital Estrutural é função de suma importância pra a gestão do conhecimento.

A renovação e o desenvolvimento têm como fonte o Capital Humano. Abrigar indivíduos inteligentes na organização não garante o status de organização inteligente. Uma empresa para ter sucesso no mercado globalizado e aproveitar todo o manancial de diversidade social e as grandes diferenças individuais, precisa, a todo o momento, moldar e padronizar seu conhecimento.

 As organizações modernas precisam compartilhar e transmitir conhecimentos, mas para que isso aconteça elas precisarão implementar ativos intelectuais estruturados, tias como: sistema de informação, laboratórios, inteligência competitiva e de mercado, conhecimento dos canais de mercado e foco gerencial que transforme o Know-how individual em propriedade de um grupo. Assim sendo, o Capital Intelectual é a capacidade organizacional que uma organização possui de suprir as exigências de mercado.

 Se uma organização quiser implementar suas atividades em um praça distante de sua matriz precisará identificar técnicas e tecnologias que possam se transportadas para qualquer outro lugar. Ela precisará de um "protótipo", ou seja, um conjunto de aplicativos, manuais e outras formas de know-how estruturado que pode ser facilmente adaptado de modo a levar em consideração as leis locais e trabalhar com qualquer linha de produtos financeiros.

 O Capital Intelectual se transforma em dinheiro nos relacionamentos com os clientes. A marca também é uma forma de Capital do Cliente. A mesma dever ser avaliada de forma estruturada e obedecer a uma metodologia específica.

 Existe a necessidade de se calcular quanto os clientes mais importantes estão dispostos a pagar por um produto de marca ao se contrapor a um genérico. O conhecimento compartilhado é a forma máxima do Capital do Cliente.

 O Capital Intelectual é criado a partir do intercâmbio das partes distintas do capital humano, estrutural e do cliente.

 O estímulo ao desenvolvimento e a renovação exigem uma nova teoria da caiação do conhecimento organizacional, onde distinguir conhecimento tácito do explícito se afigura de grande relevância. O conhecimento é criado a partir da mobilização e conversão do conhecimento tácito. A interação entre os dois conhecimentos dá origem ao conhecimento criado.

 O conhecimento pode ser criado de quatro modos: socialização; externalização; combinação; e internalização. Assim temos o "motor" do processo de criação do conhecimento como um todo. É dessa forma que o conhecimento individual é articulado e "ampliado" na organização.

 * José Carlos Caires  é técnico de nível superior II - EMBRAPA/CPATC

Referência bibliográfica
NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
Analista da Embrapa Tabuleiros e Especialista em Gestão de Pessoas (FITs).


Autor: Ivan Brscan


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