Rua Defunta



No seu livro Paquetá – imagens de Ontem e de Hoje, Vivaldo Coaracy chamou a Rua do Catimbáu de “Rua defunta” em razão de haver tido referências dela como um logradouro público oficial mas não tê-la encontrado como via pública de fato, pelo que, disse que ela deveria estar “provàvelmente vagando pelos terrenos do Preventório” ... 

A Rua do Catimbáu foi reconhecida oficialmente pelo Decreto Nº 1165, de 31/10/1917, que lhe especificou como “rua”,  “começando na Rua Alambari Luz e terminando na Praia do Castelo” e que lhe conferiu  o CL ( código de logradouro ) nº 1688. 

Nos Livros do Tombo da Igreja Matriz de Paquetá e nos Registros de Terras do Arquivo Nacional, encontramos referências de que na Rua do Catimbáu nº 1, na casa que hoje serve como pavilhão de isolamento para as crianças enfermas internadas no Preventório Rainha Dona Amélia, residiu Francisco Ferreira Campos, o popular “Campinho”, dono da Fábrica Santa Cruz, uma das caieiras que existiram na Praia do Catimbáu. 

Assim, a Rua do Catimbáu está hoje transformada numa “rua particular”, pela colocação de um portão na sua entrada, o que a transformou em parte dos quintais do Preventório Rainha Dona Amélia. 

No livro de Coaracy, êle só faz  referência à essa “rua defunta” na Ilha de Paquetá, mas quem tiver a curiosidade de pesquisar no nosso livro “Paquetá – História das Ruas”, poderá encontrar alguns outros exemplos semelhantes a esse ... 

E se ocorre isso em relação às ruas, o que não dizer então em relação à praias-de-banho ? ...  

Se você procurar bem, certamente também vai encontrar pelo menos uma meia dúzia de “praias defuntas em Paquetá...


Autor: Marcelo Cardoso


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