Os bons morrem jovens?
Fico menos decepcionada ao pensar que os ensinamentos, que a voz saindo do rádio, que os poemas cantados ninguém pode me tirar. Mas ele faz falta, sua presença continua de alguma forma, mas o meu sentimento por ele me deixa mais egoísta do que gostaria de ser, e pra mim tudo o que temos não é o bastante, não é nada perto de tudo que ele poderia oferecer. Egoísmo. Egoísmo mesquinho. Egoísmo apaixonado. Egoísmo de amor. Egoísmo que quer mais. Egoísmo que reconhece tudo o que tem, mas não se contenta. Tê-lo aqui seria mágico, e meu egoísmo disfarçado tem que aguentar, se esconder, fugir para que eu não fuja, segurar a dor para que eu não desmorone diante da impotência que sinto ao querer e não poder, ao ter e não ter. Assim passam-se os minutos, que viram horas, que viram dias, que viram semanas, meses, anos e me aproximam cada vez mais ao fim do egoísmo que será eterno pra ele, por ele, com ele.
Autor: Jéssica Leme
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