ROCK PSICODÉLICO



De acordo com o dicionario Aurélio, a palavra psicodélico pode ser definida da seguinte maneira: “adj. Que está sob a ação de um alucinógeno. / S.m. Droga que produz um estado de alucinação”. Mas e na música, precisamente no rock, o que seria o gênero mundialmente conhecido como o rock psicodélico?

            O rock psicodélico teve início na década de 60, na qual o uso das drogas era freqüente. Assim, seguindo o estilo folk, o gênero foi popularizado em 1964 pelo grupo The Holy Modal Rounders como um estilo que faz com que as pessoas pensem sobre os tipos de comportamento impostos pelos padrões sociais. Os temas que inspiraram milhares de canções podem ser resumidos em tópicos associados a loucura, a subjetividade, a obsessao, ao sentimento de melancolia e as alucinações. Uma característica bastante mascante das trilhas sonoras é a presença de efeitos especiais, a presença de uma harmonia destacada e músicas instrumentais longas.

Destaque de cantora no estilo é Janis Joplin. O nome é referente a uma compositora e cantora dos Estados Unidos que ficou famosa no final da década de 60 por ser a vocalista da banda Big Brother and the Holding Company, na qual teve destaque ao interpretar uma versão da música “Ball and Chain” no Festival Pop de Monterey. Ao sair do grupo, fundou um novo conjunto chamado Kozmic Blues Band, no qual estrelou “I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama!”. Por fim, formou um terceiro grupo musical denominado Full Tilt Boogie Band, no qual interpretou suas músicas mais famosas “Me and Bobby McGee” e “Mercedes-Benz”. Totalmente polêmica, a passagem de Janis Joplin pelo Brasil repercutiu mundialmente, pois a cantora cantou em um bordel, foi expulsa do Hotel Copacabana Palace por nadar nua em uma piscina, fez topless na Praia de Copacabana e tentou participar do desfile de uma escola de samba. Viciada em heroína, a artista faleceu no dia 4 de outubro de 1970, em Los Angeles, Califórnia, com apenas 27 anos.

Quando o assunto é guitarra, o nome de Jimi Hendrix não pode deixar de ser mencionado. A figura em questão foi guitarrista, cantor, produtor e compositor, sendo considerado como um ícone fundamental na história do rock. O músico teve grande influência do blues como B. B. King, Albert King e T-Bone Walker. Tocou em diversas bandas, cujas músicas mais conhecidas são: Hey Joe, The Wind Cries Mary, Like a Rolling Stone, Little Wing, All Along the Watchtower e Day Tripper. O grande guitarrista do rock faleceu no dia 18 de Setembro de 1970 em Londres, porém a causa da morte ainda não foi estabelecida.

Um grupo musical que teve reconhecimento no rock psicodélico foi o The Doors. Influenciada por estilos como o flamenco, a bossa nova e o blues, o grupo surgiu no final dos anos 60 e início da década de 70, em que contava com Jim Morrison como vocalisa,  Ray Manzarek como tecladita, Robby Krieger  como o guitarrista e John Densmore como o baterista. A fama do grupo atingiu níveis mundiais, seja pelas músicas como "Break on Through (To the Other Side)", "Light My Fire", "People Are Strange" e "Riders on the Storm" ou pelas escandalos envolvendo o vocalista da banda. Após a morte de Jim Morrison com causa misteriosa em 3 de julho de 1971, o grupo continuou por mais algum tempo com Krieger e Manzarek nos vocais e lançaram os álbuns Other Voices e Full Circle, sendo o segunto voltado mais para um estilo de jass. O último álbum que o grupo lançou foi o An American Prayer, em 1978, o qual continha descobertas gravações de recitação de poesias feitas por Jim Morrison, resultando em grande sucesso de vendas.

No rock psicodélico, várias bandas inglesas tiveram destaque mundial, como Os Beatles, Pink Floyd e The Who. Bandas brasileiras também aderiam ao gênero musical, como Mutantes, tendo Rita Lee como vocalista e Secos e Molhados. Com forte influência do jass, blues e folk, o estilo psicodélico não foi uma pandemia da década de 60, pois se alastrou até o início dos anos 90 com o surgimento de novas bandas, aumento o número de apreciadores desse estilo musical.

 

 

(Mariana Tannous Dias Batista)

 


Autor: Mariana Tannous Dias Batista


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