O poder do conhecimento facilita na valorização profissional,ou será que há falta de união entre a enfermagem e as outras classes profissionais



 

O poder do conhecimento facilita na valorização profissional,ou  será que há falta de união entre a enfermagem e as outras classes profissionais.

                                                     Por: erasmo c.Braulino

                                          graduando em Enfermagem  Unirondon

Este artigo,busca resgatar nos profissionais envolvidos com a área de saúde,a valorização introspectiva destes profissionais,onde sem duvida ,depende somente deles o resgate do respeito,da valoração profissional e acima de tudo do respeito diante de sua própria classe.

 

                  A enfermagem, apesar ter uma visão simplificada sob o ponto de vista da  compreensão tanto por parte da  população leiga, como  entre os profissional da área da saúde, é uma profissão complexa,e muito complexa em decorrência das  diversas áreas de atuação no trabalho que realiza. Esta simplificação parece ser o resultado de incompreensões acerca tanto de sua natureza e domínio como do seu valor humano, científico, ético e estético, especialmente, na  importância  nos cuidados de enfermagem e para obtenção de  sucesso do processo de auxilio da cura  terapêutico como um todo.

                 A carência de conhecimentos tecnológicos para auxiliar na instrumentalização do seu trabalho, bem como a falta de clareza que os próprios profissionais de enfermagem têm sobre os elementos do seu processo de trabalho e da sua organização e, especialmente, pela maneira como se comportam nas relações com os demais profissionais da área da saúde parecem contribuir para o surgimento e manutenção destes equívocos de percepção da importância do profissional de enfermagem.

                 Muitos dos trabalhadores da enfermagem, ao avaliarem superficialmente a importância de empreender esforços na atualização de conhecimentos e estudos sobre o trabalho da enfermagem, os consideram desnecessários e ou, até mesmo, supérfluos, colocando itens secundários em maior relevância que sua constante formação e atualização .

                Entretanto, se não conhecermos profundamente o conjunto de nossas ações no emaranhado das ações de saúde e se não reconhecermos a natureza e o domínio deste nosso trabalho, não teremos como argumentar nem pragmática, nem legalmente para produzir as mudanças que tanto arguramos na profissão e para a profissão, mudanças na forma de ver e de ser visto, e o melhor de ser entendido, porque o  enfermeiro possui uma graduação a nível de bacharelado,uns com especialização, outros com mestrado e ainda alguns com doutorado e o respeito deve ser colocado num patamar de igualdade .              

              A presença de diversos elementos na realidade do trabalho da enfermagem a configuram como uma profissão que possibilita ao enfermeiro amplos espaços de exercício de autonomia e de poder decisório, permitindo romper-se com o mito de ser a enfermagem uma profissão ‘subalterna’,considerada  por grande parte de seus próprios trabalhadores, porque estão arregados, de sentimentos de impotência, limitação, desprestígio, desvalorização e falta de reconhecimento, no contexto das profissões da área da saúde.

A importância do trabalho da enfermagem nos espaços institucionais reside na garantia da busca por uma assistência à saúde do cidadão, contínua e integral, cuja concretização decorre da atuação do enfermeiro sobre o ambiente institucional conforme preconiza a lei 8080, lei de criação do SUS, organizando o ambiente onde atua  para  por meio de políticas  de execução, coordenação e gerenciamento de ações prestadas pelo conjunto de todos os trabalhadores da área da saúde que atuam neste ambiente e que se prestem ao atendimento das necessidades de saúde da clientela.

            Uma vez que a organização do trabalho é expressão da vontade de quem o organiza, quando os demais pautam o seu trabalho conforme as determinações de quem o organizou, isto se dá em resposta ao poder que emana das atividades organizacionais, em que as ações de coordenação e gerência direcionam-se a conseguir que as diversas tarefas assistenciais sejam cumpridas pelos diferentes profissionais, sendo pra isso de suma importância o conhecimento das políticas organizacionais e do direito de cada trabalhador envolvido neste processo

            Portanto, organizar, coordenar e gerenciar o trabalho assistencial permite ao enfermeiro pôr em ação determinada forma de exercício de poder que estas condições lhe são facultadas.Embora a função de organizador não estabeleça uma hierarquia, na qual os demais profissionais fiquem hierarquicamente subordinados ao enfermeiro, porém, seu exercício pode determinar uma forma funcional de subordinação dos outros profissionais ao enfermeiro, como resultado das funções de coordenação e gerência que desempenha.

             Sob este prisma trabalho do enfermeiro pode ser visto de uma forma, extraordinariamente diferente daquela que estamos acostumados a ver ,ou seja o famoso “enfermesa”.conjunção de enfermeiro que só trabalha sentado atrás de uma escrivaninha,digamos assim o burocrata da unidade .

            A autonomia do enfermeiro esta pautada na lei do exercício profissional, regulamentada e reconhecida , e deverá ater-se em realizar as funções para as quais detém competência técnica e legal e não para realizar aquilo que técnica e legalmente compete a outro profissional, mesmo quando por ele negligenciado, mal executado, esquecido ou desconsiderado.

           A autonomia do enfermeiro está em exercer a enfermagem, conforme lhe assegura a Lei do Exercício Profissional e preconizam os órgãos formadores e de fiscalização, e não no exercício do que seja competência de outra profissão.

          Assim se faz mais que necessário romper com raízes servis adquiridas com o comodismo e a falta de interrese em ter o espírito da união de classe, atualizar-se constantemente e buscar cada vez melhores condições dignas de trabalho  e assumir sua competência para enunciar seus próprios preceitos para,que desse modo, integrarmos a equipe de saúde como sua parte constituinte, em igualdade de condições com os demais profissionais, para decidirmos sobre o nosso próprio trabalho e sobre o trabalho em saúde, o qual deve ser compreendido como um trabalho coletivo, desenvolvido por meio de ações das diferentes categorias profissionais, e de caráter cooperativo, que se caracteriza pela existência de relações de interdependência no nível do saber e o fazer, específico de cada profissão , no âmbito de sua competência técnica e legal,de cada um numa relação de complementaridade entre estas e não de subordinação de umas às outras.

           Portanto, é necessário que o profissional enfermeiro tome partido,na mais ampla assepsia da palavra,visando conseguir  objetivos,aquinhoar respeito no trabalho que desenvolve e meios para  a execução deste trabalho,estar em constante atualização  técnica e tecnológica,e em busca através de suas entidades que representam a classe seja ela sindicatos,associações ou conselho de classe,formas de financiamento de tecnologias e de atualizações,pois uma classe se faz através da união desta ,e por fim se você souber e dominar os assuntos pertinentes a sua formação profissional,este respeito virá de forma inesperada e os elogios serão conseqüência deste conhecimento adquirido.


Autor: Erasmo Braulino/dr. Enfermeiro


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