EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ESPAÇO URBANO: UMA REFLEXÃO SOBRE NATUREZA – SOCIEDADE



RESUMO: Este texto constitui em um ensaio teórico e de reflexão metodológica relativo à discussão sobre as concepções de educação ambiental e espaço urbano na sociedade contemporânea. A educação ambiental neste contexto deve tratar das questões críticas relacionadas ao desenvolvimento do meio ambiente, sociedade e espaço urbano viabilizando ações educativas articulando o conjunto de saberes, atitudes e sensibilidades ambientais, destacando a importância da interdisciplinaridade da Educação Ambiental no currículo escolar, porque entendemos que a interdisciplinaridade é a melhor forma de orientarmos sobre o ensino da educação ambiental no âmbito educacional, pois a lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 no Art. 10. Define que a educação ambiental não deve ser implantada como disciplina isolada no currículo escolar, a mesma deverá ser desenvolvida como uma prática educativa integradora, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal e não formal. Pois é sabido que os saberes não devem ser divididos arbitrariamente, porque o conhecimento será bem relacionado quando ensinado de uma forma não fragmentada. Sabemos que é de estrema importância às discussões voltadas para as temáticas ambientais, para que às informações sejam socializadas de forma local e global, orientando sobre as relações natureza-sociedade. Os jornais locais, nacionais e internacionais, relatam todos os dias os descasos ambientais, causados pelo desrespeito ao meio ambiente promovido pelo homem, acarretando assim, um atrito entre natureza, sociedade e homem. Este estudo tem como objetivo alertar para os problemas ambientais, causados em decorrência da disputa por espaço e o crescimento desordenado em algumas metrópoles brasileiras. A metodologia constou de consultas em bibliotecas e sites da internet, utilizando dados primários e secundários, cuja operacionalização compreendeu a localização e seleção dos títulos e autores documentados. O estudo contribuiu para uma visão positiva com relação à gestão de práticas educacionais voltadas para o meio ambiente natural e urbano, ao proporcionar uma visão nítida da relação integradora entre a teoria e prática na educação ambiental. Palavras-chave: Educação ambiental, Meio ambiente, Espaço urbano, Interdisciplinaridade.

INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental (EA) constitui-se em uma forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, por meio de um processo pedagógico participativo e permanente, que procura incentivar o indivíduo a ter uma consciência crítica à sobre as problemáticas ambientais, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução do mesmo.

Na visão de Carvalho (2008) a EA estabelece um conjunto de praticas voltado para diferentes aspectos das relações entre sociedade e ambiente, constituído em um campo ambiental. Considerou que esse campo ambiental deverá integrar ações de governo e da sociedade civil, produção editorial de livros sobre meio ambiente, além da formação de especialista.

Nesta lógica, têm sido justificativos os cursos de formação de especialistas ambientais como: gestor, educador, analista, auditor para atuarem nesse novo campo ambiental, numa perspectiva interdisciplinar.

Logo a incorporação da questão ambiental no cotidiano das pessoas pode propiciar uma nova percepção nas relações entre o Ser Humano, Sociedade e Natureza (ABÍLIO, 2008). Com isso, promover uma reavaliação de valores e atitudes na convivência coletiva e individual, assim como, reforçar a necessidade de ser e agir como cidadão na busca de soluções para problemas ambientais locais e nacionais que prejudiquem a qualidade de vida (DIAS, 2003; SATO, 2001).

Por conseqüente o presente estudo retoma a discussão sobre questões teórico metodológico, enfocando as concepções de educação ambiental e espaço urbano na sociedade contemporânea. Para tanto, pretende alertar para as questões ambientais, proveniente da disputa por espaço e o crescimento desordenado nas cidades e grandes metrópoles do país.

Nesse sentido, procura-se tratar a EA defendida no Brasil a partir das teorias sociais e urbanas em que esta é considerada, como elemento de transformação social e na superação das formas de dominação capitalistas no espaço urbano. Com tal olhar e uma perspectiva dialética realiza-se a discussão sobre sociedade e natureza numa concepção dialética; realisa-se a discussão sobre sociedade e natureza; a questão ambiental numa visão crítica e emancipatória; síntese da abordagem sócioambiental; a cidade e a produção do espaço urbano e desigualdade social nos grandes centros urbanos. Com essa lógica a discussão que envolve a interface EA e espaço urbano orienta-se para uma visão crítica e emancipatória.

SOCIEDADE E NATUREZA UMA CONCEPÇÃO DIALÉTICA

A sociedade natureza até o final da década de 60 não havia sido discutida criticamente como objeto de maiores atenções. Na visão de Loureiro (2008) o entendimento dialético sociedade-natureza impede que se façam afirmações de uma relação considerada como natural ou perfeita dos seres humanos na natureza. Nesta visão um pólo determina as possibilidades do outro. Com isso os autores consideraram que as condições decorrentes da atuação no ambiente são definidas em função de cada modo de vida social, em interação dialética com as condições ecológicas de sustentação (LOUREIRO et al 2008)

Conforme Moraes (1997) esta relação se estabelece através das posturas típicas, no tratamento das questões ambientais. Para tanto, considerou a primeira como sendo o naturalismo cujos problemas ignoram as relações sociais, vez que a relação indivíduo – natureza é condicionada às relações naturais e à sua dinâmica. Nesta perspectiva a questão da ação humana é vista como antrópica, ou seja, de degradação da natureza.

Na segunda postura à ênfase recai sobre o tecnicismo, em que as soluções técnicas de manejo e gestão dos recursos naturais, são apontadas como solução para os dilemas naturais ignorando os aspectos políticos e econômicos, que contextualizam as opções tecnológicas e seus desdobramentos na sociedade.

A terceira postura ou corrente teórica, enquadra-se no contexto do romantismo ingênuo onde o autor enquadrou os preservacionistas e conservacionistas radicais e ecofacistas, como idéias e pensamentos que são criticadas pelos ambientalistas por não pensarem e atuarem conforme uma perspectiva social. A categoria desses seguidores da problemática ambiental buscou ser política e ecologicamente correta, porém desconsiderou a dinâmica da natureza e a inevitável ação humana sobre esta.

Tais posturas são posições que caracterizou as abordagens sobre a interface sociedade e natureza nos planos do naturalismo, tecnicismo e romantismo ingênuo. Isso, dialeticamente, não significa o controle total da natureza, mas, é necessário um entendimento de que existe uma interação do ser humano com ela e nela. Bokchisi (1988) deixou claro queé a sociedade contemporânea que apresenta, em função das relações sociais e de produção identificadas, uma ação predatória e potencialmente ameaçadora da vida na terra.

De acordo com esse pensamento verifica-se que a sociedade não foi considerada na análise, sua estrutura, mas a responsabilidade do indivíduo e na sua tendência instintiva humana de destruição.

Loureiro (2008) afirmou que sobre essa questão que nunca é redundante a reação radical à intervenção humana, vez que existe na natureza ecossistemas que resultou da interação das formas vivas com elementos abióticos (não vivos) e que a espécie humana enquanto existir sobre a terra atuará sobre eles. Para esse autor o que deve mudar é o padrão societário e, consequentemente a visão de mundo que se tem e o tipo de relações sociais e de produção ai inseridos.

Essa abordagem reforça a idéia de mudanças da sociedade no tocante às perspectivas da se encarar a realidade nos seus diversos contextos bem como as relações advindas dessas formas de ver o mundo.

Numa perspectiva de análise geográfica Claval (2004) na discussão sobre a inserção das sociedades na natureza fez o seguinte comentário: a natureza preexistia aos grupos humanos, estes estão inseridos em um meio. A partir daí concordou com o questionamento realizado pelos pesquisadores a este respeito que consistiu em saber como fazer para extrair do meio ambiente no qual se estabeleceram, os produtos destinados a assegurar a sua subsistência e a permitir geração após geração a reprodução dos membros? O enfoque é global uma vez que considera um conjunto de meios que integram a natureza, por um lado, e a sociedade por outro. Tal abordagem enfoca fundamentalmente as relações que são estabelecidas entre os grupos humanos e os ecossistemas dos espaços onde vivem.

Portanto, com base nos princípios discutidos por Bookchin (1988) Moraes (1997) Claval (2004), Loureiro (2008), nos quais exercitaram perspectivas de abordagens semelhantes com enfoques orientados para aspectos de degradação da natureza pela sociedade; mudanças nas relações da sociedade com a natureza; e por fim a efetivação dessas relações em termos de reciprocidade ficou evidenciada a influência dos processos sociais na natureza que para Soja (1988) essa relação deve ser compreendida como constituinte de uma dialética socioespacial. Nesse sentido não é possível estabelecer uma determinação unilateral entre os dois elementos.

Por conseguinte, estudar a interface sociedade - natureza, na perspectiva de explicar os relacionamentos entre esses dois domínios da realidade, requer reconhecer que a questão ambiental tem um papel importante no sentido de reorientar novas relações de exploração geradas em nome do progresso com conseqüências negativas à natureza. Entretanto faz-se necessário que as práticas de gestão ambiental e da EA não sejam caracterizadas pela sua provisoriedade, mas, por sua construção e reconstrução permanentes permeada por visões críticas e emancipatórias.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ATUALIDADE: UMA VISÃO CRÍTICA EMANCIPATÓRIA

No debate sobre os fundamentos da Educação Ambiental – EA Loureiro (2008) questionou a pertinência do uso ambiental em educação e a persistência em todas as dimensões analíticas daquilo que fundamenta historicamente a análise da EA. Em outros termos, buscou a conexão entre a dimensão natural e a social. Por sua vez, alguns autores consideram que, todas as relações sociais são ambientais, pois se realizam no ambiente local e planetário.

Nesse sentido, colocou que o uso indiscriminado do adjetivo ambiental não só na educação pouco contribui para resolver a confusão ou gerar outros níveis de incompreensão. Porém, afirmou que seu uso se justifica no sentido de resgatar dimensões esquecidas pelo fazer educativo no aspecto do entendimento da vida e da natureza ou denunciar as dicotomias da modernidade capitalista e da ciência em termos da dimensão econômica, social, da sociedade-natureza, mente-corpo, e matéria-espírito.

Contrapondo a essa idéia, Pezzoli (2003) questionou a possibilidade de uma educação fora do ambiente, do espaço das relações materiais, culturais e simbólicas. Sobre essa questão as discussões numa visão geral são orientadas para saber se é verdade que nem toda educação é ambiental e se todo processo educativo ocorre em um determinado ambiente e sobre o argumento de que nem toda EA pressupõe o mesmo significado do que é ambiente e o que é educação.

Carvalho (2008) por seu lado questionou a expressão EA por ser usada como termo genérico acolhido sob o guarda chuva das "boas práticas ambientais" e "bons comportamentos ambientais". Ao mesmo tempo questionou sobre a formação de comportamentos corretos ou atitudes corretas diante do mundo.

Dessa forma, entende-se que tais discussões não tratam de negar o valor da EA, mas a explicitação de algumas posições teórico-metodológicas sobre o uso dos termos ambiental e educação, desafio gerado pelas questões ambientais, das múltiplas inter-relações e dimensões da realidade por se colocar na confluência do campo ambiental e as tradições que em consonância com Pimenta & Anastasiou (2002) deve a EA ser considerada numa perspectiva de inserção social e crítica.

Finalmente diante dessas argumentações ficou perceptível que determinados conceitos e categorias teórico-metodológicas passaram a ser comuns nas atividades desenvolvidas sob a égide de EA, e se esvaziaram de sentido. Supõe-se que os educadores ambientais são consoantes nos seus discursos, ações e objetivos caracterizando uma única visão de mundo no tratamento da questão ambiental.

Nesta lógica, a presente discussão foi respaldada nos fundamentos do modelo de EA desenvolvido por Loureiro (2008) que objetivou propiciar um entendimento crítico do significado de categorias-chave para a educação e para o ambientalismo. Sobre a educação considerou as categorias: conscientizar, transformar, emancipar e exercer a cidadania, enquanto o ambientalismo caracterizou-se por um movimento histórico de ruptura com a modernidade capitalista. Assim, buscou destacar conceitos que são estruturantes dos discursos construídos na EA, possibilitando compreendê-la em seu sentido educativo e transformador.

Esse modelo vem contrapor as tendências que o autor a define como:

O fazer pedagógico comportamentalista e tecnocrático responsável por "ecologizar" a ética e a cultura [...] valores como se fossem atemporais e universais, dualismos entre social e natural, e que desconsideram o necessário questionamento da realidade para que todos possam ser sujeitos de transformação (LOUREIRO, 2008).

De acordo com esse entendimento a EA deve ser crítica, transformadora, socioambiental e popular contribuindo para a transformação do ser humano no modo como foi inserido e como existe no mundo, realizando reflexões sobre a vida e a natureza e contribuindo para uma única categoria teórico-prática que é a educação.

Em síntese, EA vem assumindo o papel de compreender o mundo em constante transformação e agir sobre ele de forma crítica no contexto de uma sociedade globalizada em que o ambiental derivado de meio ambiente está no centro das relações entre sociedade e natureza tanto no âmbito dos lugares como nas escalas planetárias através de abordagens e práticas socioambientais.

ABORDAGEM SOCIOAMBIENTAL: uma síntese

O final do século XX e início do século XXI foi cenário de crises e mudanças que desafiaram a sociedade em geral a debater sobre a questão ambiental e a evolução do conceito de meio ambiente, com o envolvimento crescente das atividades humanas.Na verdade surgiu uma concepção de meio ambiente que Mendonça (2004) levou a crer que tenha sido gerado um entendimento cultural do meio ambiente incluindo a sociedade e o ser humano como agente/fator.

Assim, ficou difícil e insuficiente a discussão sobre o meio ambiente somente do ponto de vista da natureza sem pensar a problemática da sociedade – natureza do presente, o que levaria a uma tendência, de forma ampla, do termo socioambiental. Para Castro et al (2008) ainda está longe de ser concluído o pacto que possibilitará uma nova aliança entre a sociedade e a natureza embora reconheça que esta aliança está sendo ensaiada em diferentes oportunidades.

Entretanto, esse pesquisador supõe que o momento de confrontar e discutir sobre as bases em que poderia ocorrer uma reconversão dos projetos de sociedade em direção a uma ordem sustentável deveriam acontecer com base numa EA sensível aos interesses socioambientais e pautada pela conquista da cidadania. Dessa forma, não se trata de permanecer um único cenário para a EA, mas problematizar seu horizonte de possibilidades.

Porém, reconheceu que o horizonte histórico - cultural deste debate está enviesado por uma multiplicidade de interesses e projetos sociais que vão concorrer com diferentes interpretações sobre o "ambiental".

Por conseguinte, existe uma variedade de discussões a esse respeito na busca de formular respostas convincentes para os processos historicamente situados no interior do campo ambiental tornando-se, sobretudo, um espaço de disputa entre concepções, interesses e grupos sociais. Neste sentido ressalta-se a existência neste campo de uma elevada heterogeneidade em que são incluídos os movimentos sociais e filiações ideológicas¸ políticas públicas, partidos políticos, estilos de vida alternativos, opções e hábitos de consumo. Portanto, é neste contexto que o (a ) educador (a) ambiental deverá atuar como cidadã.

Loureiro (2008) a despeito dessa discussão, colocou que as práticas educativas, assim como as lutas socioambientais encetadas por movimentos ecológicos e populares que se incorporam a questão ambientaldevem ser compreendidas como parte dos valores e ações que integram esse campo.

Conforme argumentado pelos pesquisadores na discussão sobre o "campo ambiental" ficou evidenciado que o debate contemporâneo em torno da abordagem socioambiental representa um avanço em direção aos caminhos híbridos da EA com relação a sua vocação renovadora no embate de paradigmas que vem influenciando a sua ação educativa. Ao perfilar-se nos caminhos híbridos a EA integra problemas ambientais que ultrapassam a especialização do saber como o aquecimento global, poluição das águas, organismos geneticamente modificados. Como bem colocou Carvalho (2008) é preciso compreender complexos processos biológicos, geográficos, históricos, econômicos e sociais gerados desses problemas.

Por fim, é necessário explicitar essas contradições na EA para o estabelecimento de um debate mais orientado sobre quais as finalidades desta e as opções teórico-metodológicas disponíveis, no sentido de que seja viabilizado um amadurecimento político e conceitual capaz de definir a história da EA no Brasil.

ACIDADE E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO

A cidade constitui um lócus onde aloja a população urbana e tem sido objeto de preocupação de vários pesquisadores como Santos (1988) e Lefebvre (1991) por ser a materialização de diversas relações sociais, enquanto espaço urbano. Todavia não é recomendável fazer a separação entre espaço urbano e cidade, devido existir entre as duas categorias uma interdependência dialética.

Pensar sobre a produção do espaço urbano capitalista significa conhecer sua lógica que é fundamentada na necessidade de aglomeração que tem o capital e de ocultar contradições sociais. Isso faz com que essa produção resulte em diferentes lugares de diferentes classes e de diferentes grupos–lugares contraditórios (CAVALCANTI, 2008).

Os aglomerados urbanos compreendem áreas urbanas, suburbanas e rurais. As cidades nesse processo formam um aglomerado de pessoas que são os habitantes e visitantes e de objetos constituídos pelas casas, ruas e prédios. O ambiente urbano como descreve Cavalcanti (2008) é o lugar da cidade onde os elementos naturais e sociais estão em relações dinâmicas que implicam em processos de criação cultural e tecnológica, processos históricos e sociais de transformação do meio natural e constituído, em interação com as configurações sociais, naturais, políticas e psicológicas.

As grandes cidades enfrentam problemas ambientais que se agravam devido a complexidade de ações, criações e produção dos homens que nela circulam, vivem, passeiam e trabalham. Tais ações são responsáveis pela sua configuração ambiental. Com isso, há mecanismos de expansão da área urbana em decorrência do crescimento populacional e da produção do espaço urbano que compreende: a especulação, a reserva de valor, a valorização de áreas a produção de periferias de centralidades, a criação de equipamentos sociais, de serviços, a abertura e a ampliação de vias públicas (CAVALCANTI, 2008).

Nesta lógica, a compreensão dos modos de produzir os espaços urbanos requer a análise da sociedade-natureza e da urbanização. A análise na perspectiva de verificar a relação sociedade- natureza sob o enfoque da produção do espaço urbano está orientada para a idéia de produção social como componente do espaço natural em geral.

Urbanização é um conceito geográfico que representa o desenvolvimento das cidades. Este desenvolvimento urbano é acompanhado de crescimento populacional, o que requer infra-estrutura compatível nas cidades. A urbanização planejada  apresenta significativos benefícios para os habitantes e para o meio ambiente. Porém, quando não há planejamento urbano, os problemas sociais e ambientais se multiplicam nas cidades como, por exemplo, criminalidade, desemprego, poluição, degradação do meio ambiente e o desenvolvimento desordenado de residências e pontos comerciais entre outros. É também responsável pelo êxodo rural, definido como sendo o deslocamento de pessoas da zona rural (campo) para a zona urbana (cidades). visando obter condições de vida melhor.

Esse crescimento do êxodo rural foi influenciado pela indústria mecanizada. Com a revolução industrial as pessoas do campo saiam em busca de novas fontes de trabalho nas grandes cidades. Como por exemplo, com o surgimento das indústrias no século XVIII, as grandes cidades européias passaram a atrair grandes quantidades de camponeses. Estes buscavam trabalho nas fábricas e melhores salários o que não foi diferente com o Brasil, causando assim migração interna no país.

Devido a este avanço tecnológico e a busca desordenada pelas grandes cidades é ai que começam a surgir à organização desordenada nas grandes cidades.No Brasil na(década de 1960) o governo de JK (Juscelino Kubitschek) investiu no desenvolvimento industrial das grandes cidades da região Sudeste. Com a abertura da economia para o capital internacional, diversas multinacionais, principalmente montadoras de veículos, construíram grandes fábricas em cidades como São Paulo, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Santo André, Diadema, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O resultado disso foi um grande êxodo rural do Nordeste para o Sudeste do país. Os migrantes nordestinos fugindo da seca do Nordeste e do desemprego, foram em busca de trabalho e melhores condições de vida nas grandes cidades do Sudeste.

Este processo estendeu-se com força durante as décadas de 70 e 80. Como estas cidades não ofereceram condições sociais aos migrantes, houve o esperado: aumento das favelas e cortiços, desemprego (muitos migrantes não tinham qualificação profissional para os empregos) aumento da violência, principalmente nos bairros de periferia. Outro fato relacionado ao êxodo rural ocorreu com a construção de Brasília, no final da década de 1950. Muitos migrantes do Norte e Nordeste do país foram em busca de empregos na região central do país, principalmente na construção civil. As cidades satélites de Brasília cresceram desordenadamente, causando vários problemas sociais, que persistem até os dias de hoje. Porém deve-se lembrar que hoje, o nordeste é visto numa outra perspectiva, devido à violência nas grandes cidades que são metrópoles, o que vem contribuindo para que seja visto como opção para quem quer ter melhor qualidade de vida.

Diante deste caos urbano, surgiu o urbanismo moderno preocupado em salvar a vida nas cidades junto a varias correntes de pensamentos, idéias e conceitos pautados na qualidade da vida ambiental no meio urbano, primando por exigências sanitaristas e traçando novos conceitos do que seria a cidade ideal em termos de moradia, circulação, desenho urbano, entre outros.Porem um dos maiores problemas que as grandes cidades enfrentam hoje, é a ausência de planejamento que prejudica o meio ambiente e as vidas daqueles e daqueles que vivem em áreas de risco, por falta da consciência ambiental sem contar que sempre estão em áreas sem saneamento básico sofrem com os esgotos a céu aberto e as diversas doenças causadas por falta de higiene pessoal e ambiental.

Devido tanto modernismo, o espaço urbano está sofrendo cada vez mais com os impactos ambientais e a má qualidade de vida de muitos, caracterizada pela estética modernista à base de racionalidade e austeridade é acompanhada pelo desprezo a cidade antiga. (HAROUEL, 1945).

Sobre a questão da instabilidade física nessas áreas Davis (2006) descreveu a "ecologia das favelas" citando habitações localizadas nas cidades brasileiras de Belo Horizonte e São Paulo, em que chamou a atenção para a vulnerabilidade ambiental dessas comunidades, que ficam localizadas em solos lateríticos, terrenos erodidos edesfiladeiros. São assim, pontos considerados instáveis do ponto de vista social e do ponto de vista físico com elementos de urbanização precários.

Com base nessas reflexões Cavalcanti (2008) levantou algumas questões como: será que alguém escolhe morar em áreas periféricas? Amontoados em morros, em ambientes insalubres, em áreas de risco? A resposta é negativa uma vez que as pessoas não têm escolha e se aglomeram nesses espaços que são os possíveis para as camadas mais pobres da sociedade, considerando a lógica econômica de produção das cidades. Para essa pesquisadora, a produção de periferias, de favelas, de bairros ou áreas pobres é o resultado de sistemas de ações articulados e contraditoriamente social.

Esse quadro revela a necessidade de entendimento da dinâmica de espaços urbanos como conseqüência dos efeitos do processo de produção do capitalismo periférico em que as cidades são produzidas para otimizar a vida de um maior número de pessoas, garantido a reprodução do capital em espaços periféricos.

Por outro lado essa urbanização provocou um crescimento concentrado em algumas das grandes cidades, sendo considerado um fenômeno de metropolização para designar o padrão de urbanização de algumas cidades caracterizadas pelo crescimento descontrolado e desregrado da população urbana resultante da globalização da economia de mercado. Porém foi responsável por problemas sociais como a alta taxa de violência, falta de segurança e os elevados índices de poluição, além dos déficits de emprego, moradia, escola, saúde, e serviços urbanos.

Essa dinâmica reflete o processo de segregação socioespacial em que setores da cidade são ocupados pela população de maior poder aquisitivo enquanto as moradias populares são confinadas em áreas menos valorizadas da cidade.

Em todo esse processo percebe-se que está existindo uma fragmentação de territórios na cidade em decorrência da lógica individualista e pragmática da sociedade contemporânea. Também merece consideração examinar o papel das ruas nas cidades no espaço urbano.

As habitações no espaço urbano não comportam o volume de população, provocando com isso um déficit habitacional significativo no Brasil. Existem milhões de famílias que não possuem condições habitacionais adequadas. Nas grandes e médias cidades é comum a presença de favelas e cortiços de pessimas condições para moradias.

Fato demonstrado pela presença de pessoas morando nas ruas embaixo de viadutos e pontes sem ter nenhum acompanhamento social.

Estes problemas são causados principalmente pelo êxodo rural desordenados que provoca, na maioria das vezes, problemas sociais, mediante o despreparo das cidades par tal fenômenos. Com isso os empregos não são suficientes ampliando se o mercado de trabalho informal ou população vivendo de bicos. Estas pessoas que deixaram seus lugares seguros para viverem uma aventura, acabam sofrendo cada vez mais nas grandes e médias cidades. O êxodo rural descontrolado causa outros problemas aumentando significativamente a população nos bairros de periferia das grandes cidades. Como são bairros carentes em hospitais e escolas, as populações destes locais acabam sofrendo com o atendimento destes serviços.

Entretanto, nesta lógica existem espaços urbanos que são disputados, destacando-se as ruas. Uma rua é normalmente entendida como um espaço público no qual o direito de ir e vir é plenamente realizado. Entretanto, o conceito também é aplicado a espaços que se assemelhem a ela, como ruas internas em condomínios de acesso privado ou mesmo em corredores internos de centros comerciais. Popularmente uma rua é entendida pela presença nela de duas ou mais calçadas (ou passeios, destinadas ao trânsito de pedestres) e um ou mais leitos de tráfego de veículos (normalmente automóveis). A rua também costuma ser imaginada como o vazio configurado pelas construções presentes em cada um de seus lados. Ruas dedimensões transversais e que suportam grandes quantidades de tráfego, constituem as avenidas, embora este título oficialmente varie de acordo com a legislação local.

Na sociedade contemporânea onde o que impera é a idéia individualista vai ficando para trás assuntos sobre a coletividade dando espaço para o capitalismo ditar as regras nas relações sociais, devido a isso, cada vez mais as pessoas abandonam o espaço rural em busca dos centros urbanos atraídos justamente por este capitalismo que só visa o consumismo, que suja o meio ambiente. Sem contar que com o aumento do êxito rural os municípios rurais também acabam sendo afetados com a diminuição da população local, da arrecadação de impostos, da produção agrícola, levando os municípios a entrarem em crise.

Devido à grande influência do capitalismo, as pessoas estão disputando os espaços públicos urbanos de forma desordenada. A face de domínio do meio urbano é muito abrangente, envolvendo desde questões políticas, econômicas, sociais até a questão do espaço público da cidade, que é o espaço pertencente ao povo, ou seja, é o lugar de encontro, de livre acesso, de trocas sociais, da memória coletiva, da praça, do calçadão, da rua, lugar de convívio e de conflito, gerador de expressão e troca cultural e comercial.

A cidade é o marco de referencia em termos de visualização de espaços públicos como ruas, praças, parques, calçadas, que geralmente são espaços de uso da população de forma democrática e de livre acesso. Esse livre acesso tem suas especificidades, pois com toda a evolução tecnológica, esses espaços públicos foram sendo segmentados e se tornaram espaços de usos específicos; as calçadas destinadas à circulação de pedestres, lembrando que em algumas cidades as calçadas são tomadas pelos vendedores ambulantes, estacionamento para carros entre outros dificultando a circulação das pessoas, mesmo com tanto tumulto há a coletividade, enquanto as ruas, que apesar de configurar um espaço público, são destinadas ao uso de veículos, desconfigurando a via como espaço democrático. Em algumas cidades existe um bom trabalho voltado para o respeito aos pedestres, com campanhas de educação para o trânsito, uma vez que as ruas e calçadas às quais deveriam ser para a circulação dos pedestres, são invadidas por comercio de bares. Da mesma forma que há pessoas tomando os espaços nas ruas e calçadas sem nenhum respeito com a população, há outras que cuidam muito bem deste espaço sem se preocupar se vai ter algum retorno financeiro, porém o produto de todo este trabalho é uma recompensa de viver em um ambiente limpo, organizado e harmonioso, algo que só vai trazer o bem para todos que vivem e circulam por este lugar bem cuidado.

O espaço público é lugar de convívio e de contato com os signos mais expressivos da memória coletiva, de emergência do inusitado, de contato com o que é diferente tem se recriado e acontecido apesar de toda a vontade uniformizadora e artificial de transformá-lo em mero espaço comercial e em mercadoria a ser consumida, (AZEVEDO, 1997).

DESIGUALDADE SOCIAL NOS GRANDES CENTROS URBANOS

O Brasil é um país decontrastes sociais. A distribuição de renda é desigual, sendo que uma pequena parcela da sociedade é rica, enquanto grande parte da população vive na pobreza e miséria. Embora a distribuição de renda tenha melhorado nos últimos anos, em função dos programas sociais, ainda vive-se em num país injusto quando se fala de moradia, saúde, educação, trabalho entre outros. Os moradores mais atingidos com esta desigualdade social são os das comunidades ribeirinhas, pois vivem em barracos em meio as poluições muitas vezes causadas por eles mesmos, industrias e os demais moradores, que jogam lixo nos rios, boeiros, mar, ruas etc. Quando vem as chuvas estas comunidades ficam doentes, sem casas e muitas vezes sem ter para onde ir, onde está visivelum problema ambiental e emocional, frente a vulnerabilidade dessas pessoas.

Este problema ambiental tem afetado diretamente a saúde das pessoas em nosso país. Os rios estão sendo poluídos por lixo doméstico e industrial, trazendo doenças e afetando os ecossistemas. O ar, principalmente nas grandes cidades, está recendo toneladas de gases poluentes, derivados da queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo - gasolina e diesel principalmente). Este tipo de poluição afeta diretamente a saúde das pessoas, provocando doenças respiratórias.

A educação também deixa a desejar em algumas cidades, pois os dados sobre o desempenho dos alunos, principalmente da rede pública de ensino, são alarmantes. Algumas cidades como João Pessoa estão incentivando as escolas públicas com programas edutativos para universitários que pretendem trabalhar na educação. São bolsas de estudos para que os mesmos acompanhem durate oito meses nas escolas fundam,enteias as atividades programandas para o exerciocio pedagógicos como estagiários. Porém deve-se resaltar que são alternativas governamentais no sentido de otimizar uma educação melhor e de qualidade. Apesar de que tais medidas também deveriam contemplar os professores com ações orientadas por uma metodologia de educação continuada.

A discussão sobre os limites dos papéis públicos e privados e suas conexões surge no processo de modernização da sociedade, que está baseado na definição de um modelo de desenvolvimento que se enquadrena realidade mundial do século XXI. Nesse sentido, parecem existir possibilidades diversas para a humanidade face a articulação dos fenômenos relacionados à exclusão social e distribuição de recursos naturais no planeta assim como a metropolização das cidades e seus efeitos sociais. Essas questões estão relacionadas aos problemas ambientais envolvendo a EA e o espaço urbano como processo instigante de novas relações entre si e deles com a natureza preparando o terreno para o exercício da cidadania.

Na opinião de Santos (1995) os impasses criados pelas desigualdades sociais envolvendo situações de risco devem estimular novas práticas solidárias e conciliatórias na civilização. Com isso, o processo educativo deve ser importante para a efetivação dessas mudanças na busca de igualdade como condição da afirmação das diferenças no tocante a valores numa perspectiva ambientalista da sociedade.

O ambientalismo é um movimento plural com a finalidade de realizar mudança social sendo composto por pessoas que se identificam com o modo como entendem a questão ambiental na construção de novos padrões na relação sociedade-natureza.

Considerando tais princípios, acredita-se que o papel da EA no tocante às desigualdades sociais nos grandes centros é a de uma práxis social que contribua para o processo de construção de uma sociedade pautada por patamares societários, pela sustentabilidade da vida, atuação política consciente e construção de uma ética que se afirme como ecológica (LOUREIRO, 2002).

Com tais finalidades, é possível um fazer educativo ambiental coerente com a tradição teórica crítica da EA pela adoção de procedimentos participativos e dialógicos num processo de sistematização-ação e de apreensão da realidade a partir do contexto no qual se enuncia. Uma EA emancipatória e transformadora que parta da crise sobre a coisificação de tudo e de todos, da banalização da vida e da alienação do ser humano enquanto espécie para ultrapassar a desigualdade de classes, as relações de dominação e a exclusão social.

No Brasil as atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) vem sendo desenvolvidas em linhas de atuação, necessariamente inter-relacionadas: educação ambiental no ensino formal e não-formal; formação de recursos humanos; desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações; produção e divulgação de material educativo; mobilização social; gestão da informação ambiental; monitoramento, supervisão e avaliação das ações.

Não há dúvida que a educação e a ética regula essa discussão de priorizar a educação formal e a EA paralelamente, inclusive por meio de códigos de conduta entre os educadores ambientais. Assim, a EA tem a responsabilidade de construir essa nova ética com a finalidade de buscar a hegemonia na sociedade e no modo como esta produz e se reproduz, possibilitando a problematização de valores vistos como absolutos e universais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A finalidade dessa discussão foi a de apresentar algumas idéias sobre numa opção teórica e crítica da EA e o espaço urbano com uma discussão enviesada pelos problemas ambientais causados na disputa pelo espaço. Para tanto, buscou-se através da literatura consultada uma reinterpretação crítica dos vários pensares sobre sociedade e natureza numa concepção dialética. Trabalhou-se no presente texto partindo das contribuições que foram se configurando no espaço das diversas áreas de conhecimento na perspectiva da compreensão de que a EA no seu pluralismo de pontos de vista influencia no estilo de desenvolvimento do espaço urbano tendo por base a prudência ecológica diversidade cultural e justiça social.

Desse modo, na tentativa de modelagem das impressões finais resultantes do estudo realizado constatou-se que: a EA aliada ao espaço urbano contribui para a compreensão dos problemas ambientais e provocar a sensibilização dos habitantes deste espaço, incorporando o caráter crítico e emancipatório de suas ações; o termo EA, constitui uma pluralidade de concepções e conceitos que desafiam as abordagens ambientais; o espaço urbano como produto histórico de determinadas condições sociais que estabelecem o diálogo com a EA.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

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Autor: Edinete Lima


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