O novo Ensino Médio, a reforma de Ensino que não aconteceu



Os jovens precisam sentir que a escola é o seu espaço, local onde as ações pedagógicas estejam direcionadas e focadas num processo ensino aprendizagem capaz de responder a esse mundo que exige rapidez, capacidade, autonomia intelectual e competitividade.

Cumpre também destacar, que o professor precisa reconsiderar suas teorias, refletir sobre sua prática pedagógica, agindo como condutor, socializador, facilitador e promotor de valores e atitudes que possam somar na formação humanística desses jovens.

Para que possamos de fato implantar a Reforma do Ensino Médio nas Escolas Públicas de Mato Grosso, com a adesão da unidade escolar, seus segmentos, constituídos e somados aos atores do seu entorno, fazem-se necessário rever o Currículo do Ensino Médio do Estado de Mato Grosso, para que sabiamente possamos estar sintonizados com as emergentes necessidades dos jovens contemporâneos.

Acreditando na possibilidade de promover uma transformação na prática pedagógica do professor, oferecendo subsídios teóricos e metodológicos que contribuirão com as discussões coletivas quanto ao fazer pedagógico do currículo, que desafie o jovem a quer aprender, aprender a conhecer, aprender a viver juntos, aprender a fazer e aprender a ser .

Diante das proposituras explicitas neste anteprojeto, posso afirmar que o objeto de pesquisa que ora proponho trata – se de um campo fértil para estudo e análise, considerando que apesar da Reforma do Ensino Médio do Estado de Mato Grosso ter sido deflagrada em 2000, sabemos, que até hoje pouco ou quase nada foi produzido nesse contexto.

É fundamentada na certeza de novos horizontes para o Ensino Médio deste estado é que este estudo terá como aporte metodológico a pesquisa qualitativa, com levantamento documental tendo em vista a importância da prática pedagógica do professor para um currículo cuja trajetória está pautada na construção conjunta de todos os envolvidos os envolvidos na construção da identidade do Ensino Médio para jovem.

Em face às expectativas aqui consideradas, acreditamos que durante o percurso da pesquisa possamos visualizar diferentes caminhos que venham contribuir com as discussões em torno dessa problemática, compreendendo-a como um movimento contínuo é significativo para a escola, para o professor e para o jovem.

Como pensar em uma escola para jovens que não os ofereça espaço na construção do próprio conhecimento?
Como imaginar o desenvolvimento da autonomia do aluno em um lugar onde ele não tem vez nem voz, onde seu currículo é desenhado sem considerar seus interesses e expectativas?

Neste sentido, o trabalho com projetos representa uma excelente estratégia metodológica que propicia a problematização de contextos ligados à vida do jovem a construção coletiva do conhecimento e. Através da vivência de situações de aprendizagem diversificada, onde o aluno se depara com o diferente, conhecimentos de várias disciplinas são mobilizados e competências são desenvolvidas.

Trabalhar com projetos, significa romper com velhos paradigmas educacionais, que colocam o foco no conteúdo e não no processo ensino aprendizagem. Implica em não ser rigorosa (o) com a linearidade e a fragmentação de conceitos das disciplinas curricular impostos muitas vezes pelos professores, sob a égide da simples listagem de conteúdos dos livros didáticos.

Essa estratégia metodologia, flexibiliza a organização dos tempos e espaços escolares, tradicionalmente arraigados nas antigas grades curriculares, sendo que as atividades pedagógicas utilizada pelo professor (a) precisam a passar uma profunda transformação deve permear diferentes possibilidades, para além da sala de aula.

A, faz-se necessária desmistificada a idéia de que uma visita ao museu, exposição, assistir um filme, não sejam situações de aprendizagem.

Como exige negociação e cooperação, trabalhar com projetos possibilita uma reflexão sobre as relações de poder na escola. Leite (1994), no trabalho com projetos não cabem "alunos-esponjas", que devem absorver conteúdos prontos, dados pelo professor, seja em seu quadro de giz ou em um trabalho de campo.

A articulação as diferentes disciplinas das áreas de conhecimento, é a lógica do trabalho por projetos, e por isto representam ótimos espaços para que a interdisciplinaridade aconteça de modo efetivo.
Autor: Iza Aparecida Saliés


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