Cuidados de Enfermagem: Orientação ao paciente Idoso e Hipertenso na adesão ao Tratamento para controle da Pressão Arterial



1 – Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Anhembi Morumbi.

2 – Aluno do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Anhembi Morumbi.

3 – Enfermeira Doutora Docente da Universidade Anhembi Morumbi e Orientadora do Trabalho.

INTRODUÇÃO

 

Este artigo busca realizar ações educativas para a recuperação e/ou manutenção da saúde de idosos com hipertensão arterial que é frequentemente um distúrbio assintomático caracterizado pela elevação persistente da pressão arterial. Observada com as leituras diastólicas superiores a 90 mmHg e leituras sistólicas superiores a 140 mmHg. Uma aferição de pressão arterial elevada não é qualificada como um diagnóstico de hipertensão, porém se o enfermeiro se a leitura estiver alta durante a primeira aferição o paciente é encorajado a retornar para outra avaliação no período de dois meses.

Os idosos tendem a ter um aumento na pressão sistólica relacionado a uma elasticidade reduzida da veia, entretanto a pressão arterial superior a 140/90 mmHg aumenta o risco de hipertensão no idoso e outras doenças relacionadas.

Pessoas com histórico familiar de hipertensão estão sob risco significativo. A obesidade, tabagismo, grande consumo de álcool, alta ingestão de sódio (sal), estilo de vida sedentário e exposição contínua ao estresse estão também ligados a hipertensão.   A incidência da hipertensão é maior em pacientes diabéticos, idosos e afro americanos (Potter e Perry, 2006).

A patologia tem causa multifatorial e assintomático onde os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sanguínea sofrem influência ambiental e pessoal. Diferente de elevações ocasionais da pressão quando aferidas pós nervosismo, exercícios, ingestão de álcool, fumo ou drogas. Torna-se sintomática quando lesa um órgão vital devido a abrupta elevação na pressão nas artérias aumentando risco para acometimento por Acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio, lesão renal ou ruptura de aneurisma (Guyton & Hall, 2006).

O papel do enfermeiro deve ser o de educador, orientador e motivador a fim de modificar hábitos de vida, fatores de risco cardiovascular e incentivar o uso ininterrupto de medicamentos quando necessário. Os recursos disponíveis vão desde contato individual até a realização de palestras e reuniões com auxílio audiovisual se estiver disponível, devendo sempre ser consideradas as particularidades regional para a aplicação da qualquer método educativo (V Diretrizes de Hipertensão Arterial,2009, e43).

O enfermeiro deve conhecer a bagagem cultural e crenças do paciente, sua capacidade para entender as instruções desenvolvidas numa língua que não seja de sua língua nativa. A diversidade cultural de pacientes cria um grande desafio para o enfermeiro que tenta prestar cuidados culturalmente sensíveis (Bastable, 2003).

 

OBJETIVOS

Auxiliar na recuperação e ou manutenção da saúde dos idosos com hipertensão arterial realizando ações educativas e atuantes na área da Enfermagem para grupo de idosos hipertensos, usando estratégias de educação referente ao diagnóstico de hipertensão, a fim de que o esquema terapêutico seja cumprido, repercutindo no controle da pressão arterial e prevenindo complicações do aumento pressórico.

 

METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de modelo descritivo, quantitativo em ambiente interno em Universidade na Cidade de São Paulo, no período de 40 dias durante disciplina de Programa Interdisciplinar Comunitário desenvolvido pela própria instituição de ensino visando benfeitorias ao grupo existente juntamente com alunos do curso de graduação em Enfermagem. Para constituição da amostra foi apresentado aos interessados o Programa de Hipertensão, onde foram inscritos 13 idosos com o diagnóstico referido. A amostra foi do tipo não probabilístico.

 

RESULTADOS

Os pacientes na sua totalidade apresentavam déficit de informações referente a cuidados na ingestão de tais medicamentos. Isso lhes gerou patologias decorrentes dos tratamentos medicamentosos como gastrite, piora nos quadros ósseos, e insônia. O que esses pacientes acreditavam era que podiam ingerir o medicamento a qualquer hora, originando distúrbios no padrão de sono, havendo aumento das eliminações urinárias noturnas (nictúria).

Aos idosos que fazem uso de medicamentos repositores de carbonato de cálcio, nunca lhes foi orientado a dieta necessária para que a vitamina D seja metabolizada sem ter sua eficácia interrompida com a ingestão de alimentos que possuam vitamina K como folhas verdes, fibras e leite. Sendo esse tipo de alimento um antagonista do cálcio e existindo a interação medicamentosa, gerando assim a piora da osteoporose, aumentando o risco de quedas e fraturas que na terceira idade trazem muito mais complicações, justamente pela perda óssea significativa.

 

CONCLUSÃO

Após o término do projeto integrando alunos de graduação em Enfermagem da instituição de ensino e os idosos voluntários nas pesquisas, foram comprovado pela mensuração pressórica a constante nos valores. Com abordagem empática foi possível envolver o grupo na importância de erradicar as práticas culturais e aderir ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso com rigor seguindo esquema de horários, e na devida ingesta alimentar que lhes foi fornecido. A observação direta do comportamento do paciente é útil para determinar como o paciente agirá no futuro.

Todas as interações medicamentosas lhes foram detalhadamente explicadas, sendo sanadas todas as dúvidas e as respostas deles foram de melhor qualidade de vida, pois já não sentiam azia, nem tinham mais o desconforto de ter que levantar de noite para urinar e, com isso, perdendo completamente o sono. É incontestável a necessidade de orientar detalhadamente pacientes que recebem receitas médicas para tratamento de hipertensão, atentando para idosos que dificilmente questionarão o que lhes foi prescrito.

Ao ensinar idosos, o enfermeiro deve estabelecer metas de curto prazo. Familiares que assumirão responsabilidades pelo cuidado parcial ao paciente idoso devem ser incluídos no ensino. A avaliação reforça os comportamentos corretos, ajuda o paciente a compreender como ele deve alterar comportamentos impróprios e ajuda o enfermeiro a determinar a eficácia do ensino em saúde.

 

 

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

·         AME – Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem – 10 anos: 2009/2010. RJ: EPUB, 2009, Edição Ouro.

·         Bastable S: Nurse as educator: principles of teaching and learning for nursing practice, Sudburry, Mass, 2003, Jones &Bartlett.

·         Cronbach LJ:Educational psychology, ed 3, New York, 1977, Harcourt Brace Jovanovich.

  • Guyton, A, C & Hall, J, E: Tratado de fisiologia médica, ed 11, Elseiver, 2006.
  • Potter, P, A. Fundamentos de Enfermagem. Rio de janeiro(RJ), Elseiver, 2005.

·         V Diretrizes brasileiras de Hipertensão Arterial 2009 – Sociedade Brasileira de Cardiologia.


Autor: Karine Carvalho Possi


Artigos Relacionados


Os Vômitos

A Chegada

Suplica A Mãe Pátria

Solo Abençoado

IntocÁvel

Sorriso De Criança

Amigo É...